Mansfield Park nas livrarias

Pessoal, já se encontra nas livrarias o livro Mansfield Park! Uma grata surpresa justo no dia do tradutor! Na livraria saraiva já está à venda há uns quinze dias, na livraria da travessa devem publicar ainda hoje.
Para os amigos e leitores que quiserem o livro com uma dedicatória minha é só enviar um email para adriana@jasbra.com.br para saber maiores detalhes sobre o depósito e o envio do livro.
Obrigada à todos pelo carinho e felicitações! Dedico essa vitória aos meus pais, pela humildade e educação que recebi!

Palácio das Ilusões (1999)

Frances O’Connor como Fanny Price
Já é madrugada de segunda-feira e ainda navegando na internet em busca de subsídios para uma pesquisa sobre internet e ensino de idiomas. Enfim, o que isso tem a ver com Jane Austen? Não venham me perguntar como, mas acabei encontrando um artigo da Isabela Boscov da Veja a respeito de Palácio das Ilusões/Mansfield Park (1999). Tenho que confessar que esse livro não me sai da cabeça por motivo óbvios, não é mesmo? Assim, tudo que for possível publicarei aqui a respeito de Mansfield Park e suas adaptações para o cinema e a tv. Segue abaixo a avaliação de Isabela sobe o filme:
“Jane Austen (1775-1817) é talvez a mais perfeita escritora da língua inglesa, mas nem ela era infalível. Seu romance Mansfield Park tem uma heroína tão insípida que fica difícil torcer por ela. Isso não vale, porém, para Palácio das Ilusões (Mansfield Park, Inglaterra/Estados Unidos, 1999), que se baseia nessa obra e estréia na sexta-feira em São Paulo e no Rio. A mocinha Fanny Price exibe aqui uma verve e uma inteligência irresistíveis. Lembra muito a própria Austen, dona de uma língua afiadíssima. Explica-se: a diretora Patricia Rozema reavivou a personagem com falas tiradas das cartas que a escritora enviava, entre outros, à sua irmã. Fanny (Frances O’Connor) é uma menina pobre que vive de favor com seus parentes ricos. Não é tratada como uma igual pelo seu tio austero (o dramaturgo Harold Pinter) e suas primas fúteis, mas encontra um aliado no primo Edmund, por quem alimenta uma paixão platônica. Essa vidinha é perturbada pela chegada dos irmãos Mary e Henry Crawford (o ótimo Alessandro Nivola). A moça conquista Edmund, e Henry, um cafajeste galante, encanta-se com Fanny – que, para revolta dos parentes, recusa suas atenções. A diretora tomou várias liberdades. A tia de Fanny é viciada em ópio, seu tio nutre sentimentos um bocado intensos pela sobrinha e há até uma cena de adultério explícito. Os puristas se arrepiaram com essa falta de sutileza. Patricia, contudo, preserva o que a autora tem de fundamental: o tom perversamente satírico e o olhar sempre alerta, que não deixa escapar nada.”
Poster que encontrei no site: Movieposter
Em cena:  Jonny Lee Miller(Edmund Bertram) e Embeth Davidtz(Mary Crawford)
Fanny Price e Sir Bertram
Neste filme o tema escravidão e abolição é tratado com mais profundidade que nas outras versões que conheço: 1983 e 2007. É um excelente tema para discussões e pesquisas, não acham?
Edmund Bertram e Fanny Price
** Em tempo: O ator que faz o papel de Edmund Bertram nesta versão de 1999 é o Jonny Lee Miller, que também participou de Mansfield Park (1983 – série da BBC) quando era muito novinho. Jonny fez o papel de um dos irmãos de Fanny Price, o Charles Price, que só aparece nos dois últimos capítulos da série. Jonny atualmente está gravando Emma 2009 como Mr. Knightley. O rapaz parece que gosta mesmo de clássicos de Jane Austen!
Encontrei um trailer do filme em espanhol para quem ainda não conhece e não é fluente em inglês:

Mansfield Park – Edição Bilingue

Antes de sair do forno, a primeira tiragem de MANSFIELD PARK já causa alvoroço. Há anos fora de catálogo no Brasil, a obra publicada em 1814 pela escritora inglesa Jane Austen (16 de dezembro de 1775 – 18 de julho de 1817) retorna ao mercado pelas mãos da EDITORA LANDMARK, traduzida por Adriana Zardini, mestre em educação, especialista em língua inglesa e presidente do Jane Austen Sociedade do Brasil.
Fruto da fase mais madura da autora, o romance traz a história de uma menina que é adotada por seus parentes ricos, apresentando conflitos que envolvem amor e contratos sociais, escravidão e civilidade, riqueza e autopercepção – sempre com o toque irônico de Austen, sua marca registrada.
O lançamento de “MANSFIELD PARK” pela EDITORA LANDMARK apresenta esta importante obra de Jane Austen em uma edição bilíngue, resgatando toda a magnificência e toda a preocupação social de uma das maiores escritoras inglesas.
Ainda que o livro aborde vários temas, a principal questão é a busca da identidade e do verdadeiro amor. Por mais de dois séculos o livro divide os leitores: por um lado, “MANSFIELD PARK” é o trabalho mais autobiográfico de Jane Austen, refletindo o mundo de pretendentes religiosos e proprietários de terra, das caçadoras de maridos, dos esnobes e dos tolos do interior – no qual a escritora viveu e procurou o amor. Entretanto, o texto parece entrar em conflito com as tradicionais heroínas de Austen, uma vez que Fanny Price é surpreendentemente contida e passiva, fato que tem aturdido por décadas os críticos e os fãs da autora.
As questões sociais também são discutidas na obra, sugere-se pela crítica especializada que o título se refere ao julgamento de Mansfield, a decisão inglesa legal e histórica tomada pelo chefe da Justiça Lorde Mansfield, segundo a qual foram estabelecidos os primeiros limites quando à escravidão na Inglaterra. No romance, Fanny surpreende sua família adotiva ao levantar a questão sobre o envolvimento deles com a escravidão. As cartas de Jane Austen escritas na época nos informam de uma paixão por Thomas Clarkson, um popular abolicionista, o que justificaria o envolvimento da autora com estas questões sociais.
Jane Austen, como os seus personagens, cresceu em uma zona rural na Inglaterra entre a classe abastada e religiosos, cujos hábitos e negócios ela observava com perfeição e, às vezes, com uma honestidade brutal e reveladora. A sua memorável linguagem, a sua sagacidade satírica, o seu delicado senso de humor e as complexas caracterizações de luta moral no coração das famílias, além das alianças românticas, contribuem para o estilo atemporal da autora.
O tema prevalecente na obra continua relevante: a necessidade de homens e mulheres encontrarem a sua identidade e fazerem as suas próprias escolhas – ainda que a sociedade, por sua natureza, tente os fazer seres dependentes, sem força e preconceituosos. Este foi o romance mais lucrativo de Austen, garantindo à autora 350 libras, uma fortuna na época.
A história já foi adaptada algumas vezes para o cinema e televisão, as mais conhecidas são as versões de 1983 pela BBC e as homônimas norte-americanas de 1999 e 2007.
MANSFIELD PARK integra a série de obras bilíngues que a EDITORA LANDMARK publica ao longo dos anos, figurando ao lado de “Orgulho e Preconceito”, “Persuasão” e “A Abadia de Northanger”, também de Jane Austen, “A Moradora de Wildfell Hall”, de Anne Brontë, “O Último Homem”, de Mary Shelley, entre outros clássicos da literatura mundial.
MANSFIELD PARK – JANE AUSTEN – EDIÇÃO BILÍNGUE
Editora Landmark – Brochura – 448 páginas
Tradução de Adriana Zardini
ISBN 978-85-88781-45-0 Preço de Capa R$49,90
Previsão de lançamento nas livrarias: 30/setembro/2009

Jane Austen em Hebraico

Em novembro do ano passado eu comentei aqui no blog sobre uma versão Israelense de Orgulho e Preconceito. Acabei encontrando o blog da Maya e ela estava justamente comentando sobre a nova edição de Orgulho e Preconceito traduzido para o hebraico por Irit Linor. Maya também comenta sobre a nova adaptação para a tv, diz que o primeiro capítulo dessa nova versão israelense foi ar no final de maio de 2009. Como se trata de uma adaptação, o script foi modificado e as irmãs Jane e Elizabeth (Anat e Elona) são duas irmãs divorciadas que mais parecem ter mais de 30 que 20 e poucos anos. Maya acrescenta que gostou das caracterizações de Bingley, Darcy, Caroline Bingley e Lydia (que nesta adaptação é filha de Elizabeth/Elona fruto de um casamento desastroso na adolescência). Ela conclui seu post dizendo que é bastante divertido ver como os fãs israelenses de Austen conseguiram adaptar o romance para a Israel Moderna! Espero que Maya possa responder meu e-mail nos contando mais detalhes sobre a série, já que por barreiras linguísticas fico impossibilitada de fazer pesquisas em hebraico.

Orgulho e Preconceito em Hebraico

Algumas imagens da nova adaptação:

Abaixo, por sugestão de Maya, um vídeo promocional de Orgulho e Preconceito Israelense:

Como disse anteriormente, por barreiras linguísticas não consegui encontrar todos os livros em hebraico, nem sequer sei se já foram traduzidos para o hebraico. Abaixo, alguns exemplares que encontrei:

Persuasão em Hebraico:

Mansfield Park em Hebraico:

Razão e Sensibilidade em Hebraico:

Jane Austen em Alemão

Há algum tempo eu conheci uma coleção alemã dos livros de Austen através do blog da Noemi Bragança. Na época eu havia lhe pedido que me enviasse as fotos dos livros, já no blog só era possível ver o box. Como promessa é dívida, a Noemi acabou me enviando as fotos dos livros e me disse que misteriosamente o Razão e Sensibilidade resolveu desaparecer, justo na hora que ela estava tirando as fotos. 🙂

Adorei a caixa dos livros, e as capas! Ah… as capas! São de encher os olhos! Mas como não sei quse nada de alemão, me resta contemplar as belíssimas capas.

Com vocês Jane Austen em alemão:

Persuasão e Mansfield Park

A Abadia de Northanger – Emma – Orgulho e Preconceito

Noemi, só falta agora você nos contar como foi ler Jane Austen em alemão!!

As três peças de Jane Austen

Apesar do pai de Jane ter sido um pastor, isso não impediu que seus filhos pudessem conhecer as peças teatrais da época. Jane chegou a escrever três textos que podem ser chamadas de peças teatrais. Os irmãos de Austen talvez tenham começado a gostar de teatro quando viveram em Oxford, resultando numa série de atuações domésticas no período de 1782 a 1790. De acordo com Claire Tomalin, as peças fizeram parte da educação de Jane e Cassandra. Além disso, a leitura de peças era algo absolutamente normal na casa de Jane, tornando-se um dos passatempos prediletos da família: ler em voz alta e até mesmo improvisar um pequeno teatro em casa. A verdade é que desde a infância, Jane lia peças, analisava os personagens e certamente os reproduzia em suas primeiras experiências como escritora.

Os escritos da juvenília de Austen incluem três paródias escritas em forma de pequenas peças: ‘The Visit’, ‘The Mystery’ e ‘The First Act of a Comedy’ (textos ainda sem tradução para o português). Encontrei as três peças no livro Catherine and other writings abaixo:


‘The Visit’ (uma comédia em dois atos), assim como as outras duas, foi escrita nos moldes de uma peça, com indicações e instruções para os movimentos dos atores. A mini-peça foi dedicada ao Reverendo James Austen (irmão da escritora) e consiste apenas de quatro páginas. Os personagens são: Sir Arthur Hampton, Lady Hampton, Lord Fitzgerald, Miss Fitzgerald, Stanly, Sophy Hampton, Willoughby (sobrinho de Sir Arthur) e Cloe Willoughby.

‘The Mystery’ (uma comédia inacabada), possui apenas duas páginas e foi dedicada ao pai de Austen, o Reverendo George Austen. Os personagens são: Coronel Elliott, Fanny Elliott, Sir Edward Spangle, Mrs. Humbug, o velho Humbug, o jovem Humbug, Daphne e Corydon.

Em ‘The First Act of a Comedy’ Jane faz uma paródia de uma burletta (opereta cômica). Os personagens são: Popgun, Maria, Charles, Pistoletta, Postilion, Hostess (anfitriã), coro de Ploughboys e Strephon, Cook and Chloe.
Em outros textos de Austen é possível ver a influência do teatro em sua vida. Em Mansfield Park, por exemplo, Jane cita diversas peças ao longo do livro e, de fato, assistiu algumas dessas peças.

Uma boa dica para conhecer mais sobre a relação de Austen com o teatro, indico o livro: Jane Austen and the Theatre.

Emma 2009 – Filmagens

Conforme eu mencionei no post do dia 30 de janeiro, teremos uma nova adaptação para Emma em 2009 realizada pela BBC! Hoje escrevo um artigo mais completo pois fiquei sabendo por intermédio da Karlinha que já foram escalados os atores para a mini-série e inclusive já gravaram o primeiro episódio!
Infelizmente todo o confete que jogamos (Jane Austen Club e AustenBlog) em cima do Richard Armitage não resultou em nada! Em novembro passado, após ler uma dica da Mags (AustenBlog) fiz um post aqui sugerindo uma campanha: Richard Armitage para Mr. Knightley. No entanto, creio eu, devido aos inúmeras gravações de Spooks e Robin Hood (séries de tv da Inglaterra), o Richard estaria muito ocupado!
Bem, vamos às novidades!
Quem fará o papel de Emma Woodhouse será a atriz Romola Garai, conhecida aqui no Brasil por atuações como: Desejo e Reparaçao (Atonement, 2007), Dirty Dancing 2 – Noites de Havana (2004), Feira das Vaidades (Vanity Fair, 2004), além de Jornada pela liberdade (Amazing Grace, 2006).

Obs: A foto acima é do filme Jornada pela liberdade
O pai de Emma, Mr. Woodhouse será interpretado pelo ator Michael Gambon – Jornada pela liberdade (Amazing Grace, 2006), Cranford (série de tv ainda sem título para o Brasil, 2007) e dois filmes de Harry Potter.
Para acalmar o desejo de saber quem será o mocinho da hístória, aqui vai a dica: o escolhido foi o ator Jonny Lee Miller, mais conhecido aqui no Brasil por sua atuação em Eli Stone (série de tv atualmente no ar no canal Sony). Jonny Lee Miller também fez o papel de Edmund Bertram na adaptação de Mansfield Park (1999). O filme Mansfield Park (1999) recebeu o título de: Palácio das Ilusões aqui no Brasil. Por favor, não me perguntem porque! Cada nome que colocam nos filmes aqui no Brasil!
Jonny Lee Miller

Curiosamente um outro ator que interpretou Edmund Bertram em Mansfield Park (2007 – série de tv) também foi escalado: Blake Ritson (Harry Potter e Rocknrolla, além de outros filmes interessantes porém sem divulgação aqui no Brasil). Blake fará o papel de Mr. Elton, um pastor que tem a intenção de se casar com Emma. Mais detalhes sobre os personagens no site Imdb e também no Blog Coffee & Movies.

Blake Ritson

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Nota: Jonny Lee Miller que fará o personagem Mr. Knightley tem a mesma idade do personagem em Emma, 37 anos. Porém, sendo muito jovem e recentemente fez um cirurgia para reparação da calvície ou está usando um aplique em Eli Stone, vai ser complicado convencer o público que ele é bem mais velho que Emma e inclusive já a carregou no colo, quando criança! 🙂

O Blake Ritson também não poderia ter sido escolhido porque tem apenas 32 anos e carinha de anjo. Já o Richard Armitage, 38 anos, cairia muito bem no papel, pois aparenta ser um homem mais maduro que os outros na telinha!

Feliz Páscoa! Happy Easter!

Fiz a montagem acima com uma carinha de coelho e cestinha da minha filha e as florzinhas são de verdade, do jardim aqui de casa.

De acordo com a revista do Jane Austen Centre, a páscoa na época de Jane Austen (incluindo os 40 dias seguidos – ascenção de Cristo)eram uma época para viajar e visitar a família. Como nessa época do ano é primavera no hemisfério norte, certamente é uma época mais propícia para que as famílias daquela época pudesse viajar em estradas secas e o clima estaria mais agradável. Todo tipo de referência à páscoa em seus livros e suas cartas involve viagens. Ainda segundo a revista do Jane Austen Centre, a passagem mais conhecida é quando Mr. Darcy chega em Rosings Park para visitar sua tia, Lady Catherine DuBourgh (Pride and Prejudice).
Enquanto observamos as citações de páscoa na obra de Jane, é interessante destacar que para a família Austen e os ingleses da época o período era celebrado com bastante discrição com um jantar em família seguido de meditação. Bastante diferente do que vemos hoje em dia, com a exploração da mídia e toneladas de chocolate sendo vendidos.

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De acordo com alguns colegas da comunidade: Perguntas sobre Anglicanismo, a páscoa na Igreja Católica é bem parecida com a da Igreja Católica:

De acordo com o Rodrigo, os anglicanos brasileiros seguem “o calendário litúrgico da Quinta-feira em memória à Última Ceia, com o lava-pés, retirada dos adornos do altar, recolha do símbolo do Divino Espírito Santo…também a Sexta-feira da paixão, a vigília pascoal, e o Domingo da Ressurreição, claro, que o lado do Natal são as datas em funções das quais o calendário é organizado. A seqüência de todos os domingos do ano eclesiástico depende da data da Páscoa.Entre o Domingo da Ressurreição e o Pentecostes, celebra-se como se fosse uma festa só“.

Vale à pena consultar este tópico que abri no Orkut, para se entender melhor como é esta religião, principalmente aqui no Brasil.

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Abaixo algumas passagens dos livros de Austen que citam a páscoa – agradeço à minha amiga Lília dos Anjos pela pesquisa:

Razão e Sensibilidade, na ocasião em que “… os Palmer iriam voltar para Cleveland em fins de março, antes dos feriados da Páscoa…” (Razão e Sensibilidade, capítulo III).
Emma: “-Não sei, querida… mas é que faz tanto tempo que não vieram! A última vez foi por Páscoa, e só por muito poucos dias… que o senhor John Knightley seja advogado é um grande inconveniente… Pobre Isabella! Que triste é que tenha que estar separada de todos nós! E que pena terá quando vier e não encontre aqui à senhorita Taylor!” (Emma, capítulo IX).
Orgulho e Preconceito: “Deste modo tranquilo passaram os primeiros quinze dias da sua visita. Aproximava-se a Páscoa e a semana que a precedia traria uma pessoa a Rosings; e, numa família tão pequena, tal acréscimo não deixava de ser importante” (Orgulho e Preconceito, capítulo XXX).
Mansfield Park: “Setecentas libras por ano é uma bela renda para um irmão mais moço; e como ele continuará a viver na casa dos pais, tal renda se destinará por completo para seus “menus plaisirs”; e um sermão no Natal e um na Páscoa, creio eu, será toda a soma de seus sacrifícios” (Mansfield Park, capítulo XXIII).

Nota: Mansfield Park é o livro que mais cita a páscoa!

Amor e Amizade

Conversando hoje com Lilia dos Anjos (constante co-autora de alguns posts deste blog), cheguei à conclusão que falei muito pouco dos outros escritos de Jane Austen. Os seis principais livros da autora (Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Persuasão, Mansfield Park, Abadia de Northanger e Emma), estão sempre presentes nos meus posts aqui neste blog. Apesar dos seis livros já terem sido traduzidos para o português do Brasil, ainda assim não conseguimos comprar os exemplares de Mansfield Park e Abadia de Northanger – esgostados e ainda não re-editados. Pelo que sei, em 1991, a Editora Siciliano ganhou em leilão o direito de publicação da obra de Raquel de Queiroz. Mas ainda não decidiram re-publicar Mansfield Park, traduzido pela autora. Os fãs brasileiros que não são fluentes na língua inglesa esperam ansiosos os lançamentos da Editora Landmark ainda para este ano.

Acontece que a obra de Austen não se resume aos seis livros mais conhecidos. Apesar de ter falado aqui sobre os escritos da juvenília, Lady Susan, The Watsons e Santidion, ainda não comentei nada sobre as publicações de Austen em língua portuguesa, com ênfase, no português de Portugal. Sendo assim, resolvi escrever hoje sobre as traduções dos livros de Austen em Portugal!

Em Portugal, os tradutores procuram ao máximo domesticar o texto traduzido. Fazendo com o título, e consequentemente o texto original em inglês, sofram mudanças muitas vezes estranhas. A função do tradutor é ser quase que totalmente fiel ao texto original. No entanto, deve fazer algumas escolhas. Por exemplo, é possível manter alguns estrangeirismos como nomes próprios, nomes de cidades, residências, etc. Mas podemos ver textos domesticados, a ponto de traduzir Mary como Maria. Não existe uma regra fixa sobre este assunto.

Os seis livros mais famosos de Austen foram traduzidos assim em português de Portugal (alguns livros receberam títulos diferentes ao serem traduzidos):

Sensibilidade e Bom Senso,

Orgulho e Preconceito,

Persuasão, Sangue Azul,

Ema,

Abadia de Northanger, Mistério de Northanger,

O Parque de Mansfield

Abaixo, algumas imagens das capas dos livros:

AMOR E AMIZADE


Resumo que está no site Alfabarrista:

Escrito quando Jane Austen tinha apenas 15 anos, Amor e Amizade é o retrato do universo que a rodeia, mais precisamente, da adolescência, dos amores e desamores.Dividido em duas novelas epistolares e em cinco contos em forma de carta, um dos principais méritos desta obra é os paralelismos com a actualidade.Jovens preocupadas exclusivamente com coisas de jovens (iguais às jovens de hoje), monstros de hipocrisia enquanto fazem de tudo para serem boas, amuam, acusam, perdoam, choram, escarnecem, desmaiam, gritam de prazer ou de ultraje, seduzem e rejeitam, são bondosas e cruéis, intuitivas e, contudo, obtusas.Hoje em dia, usam os telemóveis para viverem a excitação do momento, há dois séculos escreviam cartas.Melhor do que ninguém, Jane Austen observou essa realidade e transformou-a no livro que marcou o início da sua carreia.Nascida em 1775, a escritora inglesa viria a falecer com 42 anos, vendo apenas publicadas em tempo de vida quatro das suas obras.Ficou conhecida por alguns dos mais notáveis romances: Orgulho e Preconceito, Sensibilidade e Bom Senso, O Parque de Mansfield, entre outros, todos eles publicados pela Europa-América.

Resumo que está no site da Planeta Editora:

Que obra deliciosa esta. Jane Austen fala da vida e amores de jovens em pequenos romances epistolares e contos brilhantes escritos em forma de carta, até hoje esquecidos, e que a Planeta edita na sua totalidade num só volume. Inspirou-se em Ligações Perigosas na sua Lady Susan, vítima de um maldoso escândalo. Enquanto um enredo dá lugar a outro, as heroínas trocam opiniões sobre adultério, fugas, divórcio e segundos casamentos. E o que mudou nestes duzentos anos? São as mesmas raparigas que hoje conhecemos queixando-se, acusando, perdoando, rindo, chorando, desmaiando, gritando encantadas ou ofendidas, quem sabe? Agora seduzem para logo rejeitarem, umas vezes bondosas, outras cruéis, intrusivas mas obtusas, desesperadamente barulhentas e, em geral, capazes de encantar e espantar quase ao mesmo tempo. Hoje em dia usam os telemóveis para melhor viverem as suas emoções; há dois séculos tinham de se contentar em escrever cartas e que cartas…

Neste volume: Amor e Amizade, Lady Susan, O Castelo de Lesley, Catharine ou o Caramanchão, História da Inglaterra…

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O Amor e Amizade acima é o mais recente e com certeza é muito interessante pois pela primeira vez vejo: Amor e Amizade, Lady Susan, O Castelo de Lesely, Catharine ou o Caramachão, História da Inglaterra (textos que fazem parte da Juvenília) todos em Português!!! Salve Portugal!! Ah, seu eu soubesse disse há um mês atrás… meu professor Heitor Carvalho acabou de voltar de Portugal (PHD studies). 🙂

Edição de Luxo da Penguin

Eu já tinha visto esta edição de luxo da Penguin há algum tempo, mas nos sites que naveguei não há uma imagem mais detalhada do livro.

Para minha surpresa as meninas das comunidades Orgulho e Preconceito e Orgulho e Preconceito Fanfics lá do Orkut, fizeram um orkontro no último dia 23 – em pleno carnaval!! Só Austen mesmo para reunir essas meninas! 🙂

Minha amiga Eveline, foi até a Livraria Saraiva lá no Shopping Paulista e fotografou a edição. Vejam as fotos abaixo:

Esta edição contém os livros em inglês: Orgulho e Preconceito, Sense and Sensibility, Persuasion, Emma, Mansfield Park, Northanger Abbey, e Lady Susan. Por baixo desta capa de proteçao (florzinhas) tem uma capa verde, com letras douradas!

Gostei muito do livro, pelo que vi nas fotos! O preço também é legal: em torno de R$ 74,00.