JASBRA nas comemorações do 80º aniversário da Jane Austen Society United Kingdom (JAS)

Fui convidada para gravar um vídeo em homenagem aos 80 anos de fundação da Jane Austen United Kingdom. A comemoração acontecerá on-line e gratuita no próximo dia 11 de julho, domingo. Haverá um evento público on-line para comemorar os 80 anos da Jane Austen Society (JAS) do Reino Unido , a primeira sociedade literária histórica do mundo dedicada a Jane Austen, fundada em 1940 por um grupo de leitores apaixonados liderados por Ms Dorothy Darnell.
Para organizar a celebração importante e essencial é a Chawton House Library , a instituição da biblioteca com sede em Chawton House, ou “Great House”, como Jane Austen a chamava, e agora abriga a biblioteca dedicada aos escritores do passado.
Chawton House está localizado a uma curta distância da casa em que Jane viveu os últimos oito anos, caracterizada pela publicação de seus romances, e mais tarde se tornou museu da casa (Museu da Casa de Jane Austen), graças ao nascimento de JAS UK, que foi fundado com o objetivo específico de recuperar essa importante residência na vida e obra de Jane Austen.

A celebração durará a tarde toda, com eventos gratuitos acessíveis a todos. No encerramento, haverá uma celebração do mundo real, uma festa de aniversário  com o título sugestivo Loving Jane Austen Around the World (Amor por Jane Austen ao redor do mundo). E é com grande satisfação que a JASBRA terá a honra de representar os Austeneanos brasileiros na parte final do evento.

Links: Jane Austen SocietyJane Austen’s House MuseumChawton House
Todos estão convidados a acompanhar as celebrações on-line! No Canal no YoutubeConfira abaixo a programação:

Retrato da “Lydia original” é adquirido pelo Jane Austen’s House Museum

Texto originalmente traduzido e publicado por Marcela Santos Brigida (UERJ) no blog Literatura Inglesa.

Um retrato recém-descoberto de uma mulher que pode ter inspirado uma das personagens mais famosas de Jane Austen foi adquirido por um museu dedicado à obra e à vida da autora.

Retrato de Mary Pearson – supostamente a mulher que inspirou Lydia Bennet em Orgulho e Preconceito – foi adquirido pelo Jane Austen House Museum. | Foto: Jane Austen’s House

Mary Pearson foi noiva do irmão de Austen, Henry, por um breve período e acredita-se que ela tenha inspirado a construção de Lydia Bennett em Orgulho e Preconceito.

Na terça-feira (7), o Jane Austen’s House Museum, em Chawton, Hampshire, na Inglaterra, anunciou ter adquirido o único retrato conhecido de Pearson, objeto que lança nova luz sobre certos aspectos da biografia de Austen e do entendimento da autora sobre o casamento na sociedade em que vivia e sobre a qual escreveu em seus romances.

Sophie Reynolds, administradora de coleções e interpretações do museu, declarou que o retrato em miniatura, produzido por William Wood, é “um objeto belo e muito delicado” por si só, mas que também carrega “uma história maravilhosa”.

Austen conhecia Pearson razoavelmente bem porque a jovem foi noiva de seu irmão favorito. Henry, assim como George Wickham, era um membro da Milícia.

Mary e Henry ficaram noivos às pressas e as cartas do romancista revelam a dúvida de Austen quanto à continuidade do relacionamento. Ao escrever para sua irmã Cassandra em setembro de 1796, Austen observou: “Se a senhorita Pearson voltar comigo, peço que tome o cuidado de não esperar muita beleza.”

Henry, de fato, rompeu o noivado de forma pouco cerimoniosa após alguns meses. Por algum tempo, as duas mulheres mantiveram contato e Austen teve a tarefa de devolver todas as cartas que Pearson escreveu a seu irmão.

Acredita-se que o retrato recém-adquirido tenha feito parte da tentativa de Pearson de voltar ao mercado de casamentos após o fim do noivado.

Paralelamente, Austen estava escrevendo seu romance First Impressions, mais tarde renomeado como Pride and Prejudice.

“Há uma teoria de que ela teria sido a inspiração para Lydia Bennet e há semelhanças impressionantes entre as personagens”, disse Reynolds.

Lydia, descrita como uma garota de 15 anos “voluntariosa e descuidada”, ansiosa para encontrar um marido antes mesmo de suas irmãs mais velhas se casarem, desenvolve um vínculo romântico com Mr. Wickham e a fuga do casal quase arruína o nome da família Bennet, resgatada por Mr. Darcy. Fitzwilliam rastreou a dupla e assegurou que George e Lydia efetivamente se casassem antes que um escândalo se instaurasse.

Pearson, por sua vez, permaneceu solteira por duas décadas após o noivado com o irmão de Austen.

“Lydia é uma personagem fantástica”, disse Reynolds. “Ela fica muito feliz com o fato de se casar primeiro, ela acredita que seja um verdadeiro triunfo. É muito fácil para a nossa sociedade ver essa obsessão pelo casamento como um tipo de problema, mas naquela época era absolutamente o que você precisava fazer.”

A miniatura foi comprada de Philip Mold pelo museu com apoio de fundos do Beecroft Bequest e do Art Fund. A obra chegou ao destino esta semana, mas não pode ser visitada ainda por causa do lockdown no Reino Unido (devido à pandemia do COVID-19), então vídeos curtos de novas aquisições foram postados no canal do museu no YouTube.

Os itens recém-adquiridos incluem retratos da família Digweed, que estavam entre os vizinhos mais próximos da família Austen em Steventon, Hampshire, e um leque moderno criado por Aafke Brouwer com uma representação de Colin Firth como Mr. Darcy.

O retrato, por sua vez, é uma aquisição importante, segundo Reynolds. “Aqui no museu, temos um grande interesse ​​em preencher as lacunas da vida de Jane Austen e oferecer objetos visuais para os visitantes compreenderem a estética do mundo dela é muito útil.”

“Todos gostamos de pensar em quem inspirou qual personagem. Sempre tem muita gente escrevendo novas teorias.”

Com informações do The Guardian.

Visite a casa museu de Jane Austen com áudio em espanhol

Obrigada pela dica Cláudia Cristino! Para quem ainda não visitou o chalé onde Austen viveu seus últimos dias de vida, antes de ir para Winchester para se tratar da doença. Vejam que belezura!

Projeto Colcha de Retalhos Jane Austen

Projeto Colcha de Retalhos 01

Ao longo de 2017, como parte das celebrações do museu, pelo Bicentenário do Legado de Jane Austen, houve uma grande atividade entre as bordadeiras locais e do resto do mundo, trabalhando para produzir uma colcha coletiva da comunidade austeniana. A colcha foi financiada através de uma bolsa da Heritage Lottery e inspirada no trabalho de patchwork, criado por Jane, sua mãe e irmã, exibido no Museu, após sua recente restauração. Cada retalho da colcha foi individualmente projetado e criado por representantes de mais de quarenta grupos [sobre Jane Austen], em todo o mundo, incluindo grupos na América do Norte, Austrália, Paquistão e Brasil, bem como na vila de Chawton. Cada retalho explorará um tema diferente de Jane Austen, que quando combinados, formarão um patchwork de histórias, narrando a vida, o trabalho e o legado da escritora; e à medida que o Outono se aproxima, também se aproxima o momento em que estes retalhos – tão significativos, retornarão para Chawton.

No início da Primavera, a Casa Museu Jane Austen recrutou a designer de colchas, com residência em Brighton, Elizabeth Betts, como nossa designer da colcha, supervisionando a produção final dos sessenta retalhos da colcha, criados individualmente.

Ao longo dos próximos meses, Liz e eu [Lucy Bailey] estaremos atualizando, semanalmente, sobre o progresso do projeto da colcha, que ainda inclui: oficinas de patchwork, bibliotecas locais, centros de mesa, palestras e muito mais!

Lucy Bailey, Supervisora do Projeto

Projeto Colcha de Retalhos 05

Quando você descobriu seu interesse em Jane Austen?
Meu interesse em Austen se desenvolveu na adolescência, quando, de repente, os garotos já não eram mais um incômodo, mas potenciais interesses amorosos. Meu melhor amigo e eu costumávamos assistir as adaptações de Austen obsessivamente. Minha amiga Saskia e eu também passamos um fim de semana em Bath, no Baile da Regência, onde fizemos nossos próprios vestidos, e a parte mais emocionante do evento, foi ver os oficiais, andando por Bath e correndo atrás deles como Lydia e Kitty. Como posso me explicar – nós tínhamos dezenove anos!

O que você mais gosta sobre o trabalho na Casa Museu Jane Austen?
Eu gosto de estar no campo. No fundo, eu sou uma garota do interior e gosto de sair, pela porta do escritório, e encontrar ar fresco e verde.

Em sua opinião, qual é o aspecto mais emocionante do projeto da colcha?
A parte mais emocionante do projeto, para mim, é a mistura de grupos. Adoro o fato de que participam do projeto, não apenas especialistas em Austen, mas crianças da escola, bordadeiras profissionais, pessoas que nunca bordaram antes e grupos ao redor do mundo.

Elizabeth Betts, Designer da Colcha

Projeto Colcha de Retalhos 06

Quando você descobriu seu interesse em Jane Austen?
Oh, eu gostaria de poder dizer algo inteligente, mas tudo começou com a adaptação da BBC, em 1995, de Orgulho & Preconceito. Eu tinha terminado o 2º grau e adorava ler, no entanto, eu não estava interessada em ler os textos para as provas, então eu lia, principalmente, novelas da década de 1950. Eu caí de cabeça e me apaixonei pelas histórias, os personagens, os cenários – simplesmente tudo. Lizzie foi o modelo perfeito para uma adolescente: atenciosa, inteligente e direta e, mesmo agora, se eu sair para uma longa caminhada, gosto de pensar que caminhar fará com que meus olhos pareçam mais brilhantes! Depois disso, consumi tudo o que ela escreveu e, ainda hoje, tenho meus clássicos da editora Pinguin em casa. Eles estão meio desgastados, mas nunca os abandonarei. No entanto, como designer de estampas, estou de olho em uma bela coleção da Penguin Clothbound Classics.

O que você mais gosta sobre o trabalho na Casa Museu Jane Austen?
A Casa nos passa um sentimento encantador e, toda vez que eu a visito, me sinto privilegiada por estar lá. Eu amo sua história e ela realmente ganha vida, quando você conhece a conexão que um lugar tem com um tempo e uma pessoa específicos. Como designer e mulher, a combinação da escrita de Jane Austen, com sua vida doméstica, o que se esperava dela e o comportamento das mulheres na época, nunca deixa de me inspirar.

Em sua opinião, qual é o aspecto mais emocionante do projeto da colcha?
Foi satisfatório fazer a transição do projeto, de um conceito a algo que agora tem um plano, para que seja levado adiante. A escala do projeto e o nível de entusiasmo de todos os envolvidos fazem com que eu mal possa esperar para ver a colcha acabada.

Participação do Brasil no Projeto

Projeto Colcha de Retalhos 07

Como a presidente da JASBRA, Adriana Zardini, já havia informado anteriormente, pelo Instagram, o Brasil está participando do Projeto Colcha de Retalhos Jane Austen. A própria Adriana, mostrando seus dotes também com a agulha, trabalhou no retalho, que será enviado para Chawton e que comporá a colcha, do projeto.

Nós, da JASBRA, estamos muito orgulhosos de poder enviar um pedacinho de nosso trabalho, eu escolhi as cores da bandeira do Brasil, para homenagear a Jane Austen, e faz parte de um projeto, chamado Jane Austen Quilt, que a Chawton House está comandando”, revelou Adriana, em 25 de setembro.

Confiram mais sobre o retalho brasileiro, que fará parte do projeto oficial da Casa Museu Jane Austen no Instagram da JASBRA!

Tradução e Texto: Pollyana Coura
Fonte: jane-austens-house-museum

Visitando a casa de Jane Austen – por Rachel Dodge

Fonte: Visiting Jane Austen’s Home: Celebrating 200 Years in Hampshire, Rachel Dodge

Chawton Cottage, Jane Austen’s house sign. Image @ Rachel Dodge

A Vic Sanborn acaba de publicar um post sobre a visita que Rachel Dodge fez aos condados de Hampshire e Chawton! Fotos de encher os olhos!

JASBRA marcando presença em Chawton House Library

Em outubro passado tive o prazer de conhecer pessoalmente Mary Guyatt (Jane Austen´s House Museum) e Gillian Dow (Chawton House Library) para realizar a doação oficial dos primeiros livros em língua portuguesa que hoje fazem parte do acervo da Chawton House Library.

Em conversa por e-mail Gillian, descobri que não haviam ainda exemplares de edições em língua portuguesa na biblioteca da mansão que pertenceu ao irmão de Jane Austen. Sendo assim, como tradutora de alguns livros e presidente da JASBRA há 7 anos desde a fundação, decidi oferecer a coleção de seis livros e as duas edições especiais publicadas pela Editora Martin Claret.

Particularmente, estou muito feliz com essa doação porque Gillian me disse que faz pesquisas sobre traduções de Jane Austen em outras línguas e que não havia um exemplar sequer em língua portuguesa. Então, agora estamos representados pelas tradução do Roberto Leal, Alda Porto e minha (Adriana Sales Zardini)

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Momento da entrega dos livros em português para Gillian Dow (Chawton House Library)

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Divulgação feita pela Chawton House Library na página no Facebook, agradecendo a doação feita pela JASBRA.