AMOR E MITO

Artigo escrito por Lúcia Helena Galvão Maya[1] publicado na Revista Literausten, edição 02/2017.

 Nestes dias, encontrei, por acaso, o conhecido quadro “Independência ou Morte”, do pintor Pedro Américo e, com essa mania que os filósofos têm de querer refletir sobre tudo, comecei a pensar sobre a cena. Todos sabem que havia um jogo de interesses por trás, que a cena já havia sido “encomendada” por D. João VI antes de partir, e que aquele príncipe não era lá o que se poderia chamar de um primor de moral. Mas, diante desta bela obra, todas estas coisas se desvalorizam, e nasce o mito: um príncipe, um dia, sacou de sua espada e declarou, em alto e bom tom, que os filhos desta terra (nós!) somos amantes da independência, ou seja, da autonomia, da capacidade de nos impormos sobre as circunstâncias adversas, e que só tememos a morte indigna. Se ele não era digno de dizê-lo, problema dele; nós somos dignos de vivê-lo, e o tornamos real, através de nossas lutas diárias, às margens de tantos “Ipirangas”, e sua espada corajosa e desafiadora é símbolo de nossa disposição ante as dificuldades… e necessitamos deste símbolo. Tantas vezes, Platão fala da necessidade do mito; tantos povos o souberam e viveram, mas nós permanecemos indiferentes ante esta realidade, como crianças que se acham muito maduras porque já não crêem em Papai Noel. Agora, crêem nos shoppings e no dinheiro de seus pais… Que tipo de realidade estamos criando? Sim, porque, como sempre, a realidade é criada pela imaginação dos homens, seja ela mítica ou não, e é ela que vai concretizando os fatos.

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[1] Maya, Lúcia Helena Galvão: é professora da Nova Acrópole do Brasil, membro há 29 anos, além de diretora e fundadora do Abrigo de crianças Nova Acrópole, em Valparaíso de Goiás. Atua como instrutora do curso regular de Filosofia à Maneira. Possui mais de cem 150 palestras disponíveis no Canal de Nova Acrópole no YouTube, com excelente repercussão. Mantém os blogs luciahga.blogspot.com.br e observações matinais.blogspot.com.br e a página pública do facebook “Poesia filosófica da Profª Lucia Helena”, com 85.000 curtidas.

Literausten número 02 – 2017 from Adriana Sales Zardini

A [IN]DESCRIÇÃO DE JANE AUSTEN

Artigo escrito por Larissa Pereira de França[1], Publicado na Revista Literausten, edição 06/2019.

Se a um leitor assíduo das obras de Jane Austen é pedido para que trace um perfil de algumas das personagens dos romances Austeneanos, com sucesso esse leitor será capaz de fazê-lo. Facilmente, um pode traçar o perfil do Sr. Collins – um homem pedante, repugnante, bajulador e, como muitos dizem um “mala”. Ou da Sra. Bennet – uma senhora falante, ignorante, fútil e fofoqueira que vive por casar as filhas e não se cansa de reclamar da vida. Ou de Sir Walter Elliot – um baronete quase falido, porém prepotente, vaidoso e orgulhoso.

Porém, ao refletir, esse leitor percebe que nos perfis que traçou não havia sequer uma característica física. Ele percebe que não sabe a cor dos olhos do Sr. Collins, a estatura da Sra. Bennet ou se Sir Walter Elliot era calvo. Não sabe porque Jane Austen não dá a ele essa informação. No entanto, é capaz de imaginar perfeitamente essas personagens. Isso porque a descrição física e material – preferida pela grande maioria dos escritores – para Jane Austen não aparenta ser o mais importante dentro de uma obra. Entretanto, a autora se destaca pela ausência dessa descrição – o que chamo de [in]descrição. O que é e a importância dessa [in]descrição constituem a preocupação deste artigo.


[1] Formada em Letras – Inglês/Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: larissa.p.franca@gmail.com.

Nova edição da Revista Literausten

Para o presente número da Revista LiterAusten  apresentamos um poema em homenagem a Jane Austen, escrito por Lúcia Leão, e, em seguida, um artigo traduzido pelas alunas do Ensino Médio do CEFET-MG – Campus Timóteo, sob orientação de Adriana Sales Zardini e Marcelle Santos Vieira Salles. Também apresentamos a tradução de um artigo muito interessante a respeito do relacionamento entre Tom Lefroy e Jane Austen, escrito, em inglês, pela Joan Ray (JASNA).  Além dos dois artigos traduzidos, apresentamos também o artigo de Larissa França, que traz uma análise sobre a descrição dos personagens Austen em duas: Orgulho e Preconceito e Persuasão. A partir desta edição, serão publicados artigos, ensaios e demais trabalhos sobre escrita de autoria feminina e todo o universo de pesquisas que retratem essa temática.

Vejam os títulos das publicações desta edição:

JANE’S HAPPY ENDINGS (Lúcia Leão)

JANE AUSTEN, HANNAH MORE E O DRAMA DA EDUCAÇÃO  (Jane Baron Nardin, Vitória Martins de Souza e Maria Clara Coura)

O ROMANCE UNILATERAL DE JANE AUSTEN E TOM LEFROY (Joan Klingel Ray e Adriana Sales Zardini)

A [IN]DESCRIÇÃO DE JANE AUSTEN (Larissa Pereira de França)

CONTRIBUIÇÕES DO FANDOM DIGITAL DE JANE AUSTEN PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ACERCA DA ESCRITORA

Já está disponível para download e leitura o artigo que escrevi para o 2o Simpósio Internacional Subjetividade e Cultura Digital sobre o fandom digital de Jane Austen aqui no Brasil. O meu artigo começa na página 416 do arquivo. Esse artigo faz parte da minha pesquisa do doutorado em estudos linguísticos na UFMG, vocês podem acessar a tese aqui.

Quinta edição da Revista Literausten

É com muita satisfação que terminamos o ano de 2019 com a publicação de mais uma edição da Revista Literausten! Desta vez, contamos com a colaboração dos alunos da disciplina “Jane Austen, Crítica Literária e Cultura Popular”, oferecida na Universidade de São Paulo – USP, Departamento de Letras Modernas, pela Dra Maria Clara Pivato Biajoli no primeiro semestre de 2019.

Segundo Maria Clara Biajoli, são apresentados “três artigos sobre Razão e Sensibilidade, um sobre Lady Susan, um sobre Emma e um sobre Amor e Amizade, os quais abordam temáticas diferentes mas que dialogam com o tema geral do curso e com a proposta de trazer um olhar crítico e questionador para a obra de Austen – e, no caso específico do artigo de Débora Spacini Nakanishi, sobre adaptações. São trabalhos acadêmicos de qualidade, apoiados em bibliografia especializada e que contribuem com o desenvolvimento da pesquisa sobre Austen no Brasil. As alunas – graduadas, mestrandas e doutorandas – estão de parabéns pelos resultados e merecem esse espaço de divulgação científica que a LiterAusten fica feliz de propor.

ADAPTANDO UM “HERÓI’ DE AUSTEN: TRÊS VERSÕES DE EDWARD FERRARS – Débora Spacini Nakanishi

A INSTITUIÇÃO FAMILIAR EM RAZÃO E SENSIBILIDADE – Beatriz Rodrigues Ramos

EMMA WOODHOUSE E A AUTORIDADE FEMININA EM CHEQUE – Gabriele Cristina Borges de Morais

Lições para uma vida – Milene de Almeida Silva

RAZÃO E SENSIBILIDADE: RESSIGNIFICAÇÕES LINGUÍSTICAS NA NARRATIVA Dayse Paulino de Ataide

“THE FEMALES OF THE FAMILY ARE UNITED AGAINST ME”: LADY SUSAN EM PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Yuriko Bezerra Lima Yogi

Revista Literausten Edição 03

Queridos leitores, é com muita satisfação que anuncio a publicação da terceira edição da revista Literausten! Os textos e artigos são super interessantes! Espero que gostem!

Vejam os assuntos tratados nessa edição. Para baixar o arquivo em pdf, basta acessar a página da revista, clicando aqui.

capa literausten

ENSAIO

  • ORGULHO E PAIXÃO: PRIMEIRAS IMPRESSÕES (Flávia Luciene A. O. Lima e Luana Oliveira Lima)

 

RESENHA

  • ESCRITOS DA JUVENTUDE, ESCRITOS DA VIDA ADULTA: A IMPORTÂNCIA DA JUVENILIA PARA SE ENTENDER JANE AUSTEN (Maria Clara Pivato Biajoli)

 

ARTIGOS

  • THE LIZZIE BENNET DIARIES: umA ADAPTAÇÃO DE ORGULHO E PRECONCEITO PARA O SÉCULO XXI EM FORMATO DE WEBSÉRIE  (Daiane da Silva Lourenço)
  • JANE AUSTEN NO SÉCULO XXI: CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA, RUPTURAS E PERMANÊNCIAS NA WEB SÉRIE THE LIZZIE BENNET DIARIES (Giovana Montes Celinski)
  • ORGULHO E PRECONCEITO: A MULHER INGLESA E O MATRIMÔNIO (1797- 1813 (Natália Cristiane Oliveira dos Santos e Nency Netaly Gomes Furlan)

Sociabilidade, Sentimento e Formação: sobre as mulheres em Hume e em Jane Austen

intro

A Revista Enunciação acabou de publicar um artigo de autoria de Marcos Balieiro com o título: ‘Sociabilidade, Sentimento e Formação: sobre as mulheres em Hume e em Jane Austen’.

CAPA-V.2-N.2

Resumo:

Trata-se de comparar as perspectivas de Jane Austen e David Hume acerca da relação entre literatura e sociabilidade, especialmente no que diz respeito à formação do caráter das mulheres. Com isso, é possível mostrar que a literatura de Austen é pensada, em ampla medida, como resposta à maneira como a filosofia das luzes britânicas concebia a natureza e o caráter femininos, além de implicar uma recusa bastante contundente da tradição da galanteria.

Para ler o artigo completo, clique aqui.

Segunda Edição da Revista LiterAusten

Para começar bem o ano de 2018 uma ótima notícia: a 2a edição da Revista LiteraAusten (revista da Jane Austen Sociedade do Brasil) acaba de ser publicada!

Nessa edição foram publicados os seguintes textos:

  • Amor e mito (Lúcia Helena Galvão Maya)
  • Jane Austen circulando no Brasil no século XIX (Adriana dos Santos Sales)
  • Quem ri por último, ri melhor: a paródia póstuma de Jane Austen (Kathia Brienza Badini Marulli)
  • O poder do casting (Moira Biachi, Schirlei Rickli, Luciana Araújo)
  • Estética da recepção em sala de aula: Jane Austen, filme e obras em análise (Rosiane Maria Gusberti Franke)

Clique aqui para ter acesso ao pdf ou na imagem abaixo.

Ou clique aqui para ler a edição anterior.

literausten número 2, segundo semestre de 2017

 

 

Publique seu artigo na LITERAUSTEN!

literausten

Foi prorrogado para o dia 30 de novembro de 2017 o envio de artigos e resenhas relacionados à escritora Jane Austen.

Mais informações: https://janeaustenbrasil.com.br/literausten/normas-para-publicacao/

Edição 37 Persuasions on-line

A edição de Persuasions on-line (publicação semestral da JASNA) está disponível para leitura on-line. Os artigos são quase todos relacionados  ao Bicentenário de Publicação de Emma!

persuasions

Vejam abaixo os títulos dos artigos, e para leitura clique aqui na página da JASNA.

“The Encouragement I Received”: Emma and the Language of Sexual Assault
Celia A. Easton

“Could He Even Have Seen into Her Heart”: Mr. Knightley’s Development of Sympathy
Michele Larrow

Emma’s “Serious Spirit”: How Miss Woodhouse Faces the Issues Raised in Mansfield Park and Becomes Jane Austen’s Most Complex Heroine
Anna Morton

“Small, Trifling Presents”: Giving and Receiving in Emma
Linda Zionkowski

Oysters and Alderneys: Emma and the Animal Economy
Susan Jones

Epistolary Culture in Emma: Secrets and Social Transgressions
L. Bao Bui

Divas in the Drawing Room, or Italian Opera Comes to Highbury
Jeffrey A. Nigro
Andrea Cawelti

Mrs. Elton’s Pearls: Simulating Superiority in Jane Austen’s Emma
Carrie Wright

Multimedia Emma: Three Adaptations
Linda Troost
Sayre Greenfield

Jane Austen’s Emma at 200: From English Village to Global Appeal
Gillian Dow

MISCELLANY

Discerning Voice through Austen Said: Free Indirect Discourse, Coding, and Interpretive (Un)Certainty
Laura Moneyham White
Carmen Smith

“The Bells Rang and Every Body Smiled”: Jane Austen’s “Courtship Novels”
Gillian Dooley

Courtship and Financial Interest in Northanger Abbey
Kelly Coyne

Curious Distinctions in Sense and Sensibility
Ethan Smilie

“If Art Could Tell”: A Miltonic Reading of Pride and Prejudice
James M. Scott

Looking for Mr. Darcy: The Role of the Viewer in Creating a Cultural Icon
Henriette-Juliane Seeliger

Replacing Jane: Fandom and Fidelity in Dan Zeff’s Lost in Austen
Paige Pinto

Fanny Price Goes to the Opera: Jonathan Dove and Alasdair Middleton’s Mansfield Park
Douglas Murray

Austen at the Ends of the Earth: The Near and the Far in Persuasion
Katherine Voyles

Jane Austen Bibliography, 2015
Deborah Barnum