Queremos as Damas de Época de Volta!

Damas de Época

Pessoal, alguém se lembra da coleção Damas de Época, lançada há alguns anos pela Planeta Deagostini? A coleção, lançada no Brasil em 40 fascículos, abordava o mundo do colecionismo, além de trazer a história das bonecas antigas e sua fabricação. Cada fascículo trazia um livreto, com informações sobre a coleção e sobre a personagem feminina de um livro famoso e uma boneca, em porcelana, representando esta personagem.

Jane Austen teve 5 personagens de seus livros representadas na coleção: Elizabeth Bennet, Emma Woodhouse, Anne Elliot, Fanny Price e Elinor Dashwood. (A Adriana Sales chegou a fazer uma publicação sobre a coleção anteriormente).

Infelizmente, ainda não há nenhuma notícia de que esta coleção será relançada. Mas alguns leitores nos deram a dica de que a editora Planeta DeAgostini está aceitando sugestões sobre quais coleções lançar e relançar. Então, vamos espalhar a notícia e pedir o relançamento da coleção Damas de Época. Façam suas sugestões neste link!

Texto: Pollyana Coura

Projeto Colcha de Retalhos Jane Austen

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Ao longo de 2017, como parte das celebrações do museu, pelo Bicentenário do Legado de Jane Austen, houve uma grande atividade entre as bordadeiras locais e do resto do mundo, trabalhando para produzir uma colcha coletiva da comunidade austeniana. A colcha foi financiada através de uma bolsa da Heritage Lottery e inspirada no trabalho de patchwork, criado por Jane, sua mãe e irmã, exibido no Museu, após sua recente restauração. Cada retalho da colcha foi individualmente projetado e criado por representantes de mais de quarenta grupos [sobre Jane Austen], em todo o mundo, incluindo grupos na América do Norte, Austrália, Paquistão e Brasil, bem como na vila de Chawton. Cada retalho explorará um tema diferente de Jane Austen, que quando combinados, formarão um patchwork de histórias, narrando a vida, o trabalho e o legado da escritora; e à medida que o Outono se aproxima, também se aproxima o momento em que estes retalhos – tão significativos, retornarão para Chawton.

No início da Primavera, a Casa Museu Jane Austen recrutou a designer de colchas, com residência em Brighton, Elizabeth Betts, como nossa designer da colcha, supervisionando a produção final dos sessenta retalhos da colcha, criados individualmente.

Ao longo dos próximos meses, Liz e eu [Lucy Bailey] estaremos atualizando, semanalmente, sobre o progresso do projeto da colcha, que ainda inclui: oficinas de patchwork, bibliotecas locais, centros de mesa, palestras e muito mais!

Lucy Bailey, Supervisora do Projeto

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Quando você descobriu seu interesse em Jane Austen?
Meu interesse em Austen se desenvolveu na adolescência, quando, de repente, os garotos já não eram mais um incômodo, mas potenciais interesses amorosos. Meu melhor amigo e eu costumávamos assistir as adaptações de Austen obsessivamente. Minha amiga Saskia e eu também passamos um fim de semana em Bath, no Baile da Regência, onde fizemos nossos próprios vestidos, e a parte mais emocionante do evento, foi ver os oficiais, andando por Bath e correndo atrás deles como Lydia e Kitty. Como posso me explicar – nós tínhamos dezenove anos!

O que você mais gosta sobre o trabalho na Casa Museu Jane Austen?
Eu gosto de estar no campo. No fundo, eu sou uma garota do interior e gosto de sair, pela porta do escritório, e encontrar ar fresco e verde.

Em sua opinião, qual é o aspecto mais emocionante do projeto da colcha?
A parte mais emocionante do projeto, para mim, é a mistura de grupos. Adoro o fato de que participam do projeto, não apenas especialistas em Austen, mas crianças da escola, bordadeiras profissionais, pessoas que nunca bordaram antes e grupos ao redor do mundo.

Elizabeth Betts, Designer da Colcha

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Quando você descobriu seu interesse em Jane Austen?
Oh, eu gostaria de poder dizer algo inteligente, mas tudo começou com a adaptação da BBC, em 1995, de Orgulho & Preconceito. Eu tinha terminado o 2º grau e adorava ler, no entanto, eu não estava interessada em ler os textos para as provas, então eu lia, principalmente, novelas da década de 1950. Eu caí de cabeça e me apaixonei pelas histórias, os personagens, os cenários – simplesmente tudo. Lizzie foi o modelo perfeito para uma adolescente: atenciosa, inteligente e direta e, mesmo agora, se eu sair para uma longa caminhada, gosto de pensar que caminhar fará com que meus olhos pareçam mais brilhantes! Depois disso, consumi tudo o que ela escreveu e, ainda hoje, tenho meus clássicos da editora Pinguin em casa. Eles estão meio desgastados, mas nunca os abandonarei. No entanto, como designer de estampas, estou de olho em uma bela coleção da Penguin Clothbound Classics.

O que você mais gosta sobre o trabalho na Casa Museu Jane Austen?
A Casa nos passa um sentimento encantador e, toda vez que eu a visito, me sinto privilegiada por estar lá. Eu amo sua história e ela realmente ganha vida, quando você conhece a conexão que um lugar tem com um tempo e uma pessoa específicos. Como designer e mulher, a combinação da escrita de Jane Austen, com sua vida doméstica, o que se esperava dela e o comportamento das mulheres na época, nunca deixa de me inspirar.

Em sua opinião, qual é o aspecto mais emocionante do projeto da colcha?
Foi satisfatório fazer a transição do projeto, de um conceito a algo que agora tem um plano, para que seja levado adiante. A escala do projeto e o nível de entusiasmo de todos os envolvidos fazem com que eu mal possa esperar para ver a colcha acabada.

Participação do Brasil no Projeto

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Como a presidente da JASBRA, Adriana Zardini, já havia informado anteriormente, pelo Instagram, o Brasil está participando do Projeto Colcha de Retalhos Jane Austen. A própria Adriana, mostrando seus dotes também com a agulha, trabalhou no retalho, que será enviado para Chawton e que comporá a colcha, do projeto.

Nós, da JASBRA, estamos muito orgulhosos de poder enviar um pedacinho de nosso trabalho, eu escolhi as cores da bandeira do Brasil, para homenagear a Jane Austen, e faz parte de um projeto, chamado Jane Austen Quilt, que a Chawton House está comandando”, revelou Adriana, em 25 de setembro.

Confiram mais sobre o retalho brasileiro, que fará parte do projeto oficial da Casa Museu Jane Austen no Instagram da JASBRA!

Tradução e Texto: Pollyana Coura
Fonte: jane-austens-house-museum

Um Pedaço da Inglaterra em Valparaíso

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Acredito que todo o fã de Literatura segue buscando pistas dos escritores e livros que admira, em todos os lugares do mundo. Em minha viagem de 2016, eu tive o privilégio de seguir um roteiro “austeniano”, na Inglaterra. Desta vez, em minha viagem para o Chile, nada mais natural do que visitar as casas de Pablo Neruda, em Santiago e Valparaíso. Mas não é que a janeite em mim conseguiu encontrar rastros de Jane Austen, mesmo na litorânea e colorida Valparaíso?

Ainda no Brasil, enquanto planejava minha viagem, aperfeiçoando trajetos, traçando roteiros e escolhendo onde ficar, me chamou a atenção um hotelzinho em Valparaíso, listado na seleção do site Booking, chamado Brighton. Todo bom austeniano sabe que Brighton, além de ser uma cidade de veraneio famosa na época de Jane Austen – a cidade era uma das favoritas do Príncipe Regente na época, sendo bastante visitada e favorecida pela corte -, também foi ponto de partida da fuga dos personagens Wickham e Lydia Bennet, no livro Orgulho e Preconceito. Nem preciso explicar que o hotel já tinha toda minha atenção, né?

Assim, em seguida busquei o site do hotel, para procurar mais informações. Eu já sabia que Valparaíso, uma cidade chilena fundada há mais de 500 anos, tivera forte presença das comunidades inglesa, alemã e italiana, em sua História, mas um pedacinho de mim queria acreditar que o nome do hotel tinha, de algum modo, relação com Jane Austen.

Entrando no site do hotel (http://brighton.cl/) para minha feliz e grande surpresa, descobri que todos os quartos do estabelecimento tinham nomes de escritores ingleses e, entre eles, Jane Austen! Com vistas para o mar tínhamos: Virginia Woolf, Jane Austen, Agatha Christie e William Shakespeare. Com vistas para cidade, Emily Brontë, Oscar Wilde, Charles Dickens e George Elliot. E com vista para os famosos cerros, Daphne Du Maurier.

Continuei pesquisando a página do hotel, para saber mais do lugar onde pretendia me hospedar, mas interiormente eu já sabia que já me decidira! Infelizmente o hotel é bastante procurado – o que se justifica pelo seu belo edifício, situado ao lado de um dos mais famosos pontos turísticos da cidade: o Passeio Atkinson – e só havia disponível o quarto George Elliot. Sem demora eu reservei o quarto.

Durante minha estadia, na 2ª quinzena de setembro, eu procurei saber quem havia roubado reservado o quarto Jane Austen, e descobri que um [sortudo] casal italiano, visitando o Chile, tinha ficado no MEU quarto. Para minha sorte, eles deixaram a cidade antes de mim e, com a aquiescência das camareiras, eu tive a oportunidade de conhecer o quarto. E tirar fotos!

Posso dizer que o quarto Jane Austen é o melhor quarto do hotel. Bastante amplo, o quarto, com cama de casal, papel de parede florido e móveis delicados, fica no último andar e tem janelas tanto com vista para cidade, quanto com vistas para a baía. Enquanto eu andava pelo quarto, já ficava imaginando minha estadia ali, em minha próxima visita à cidade. Nem sei se isto vai acontecer, mas não custa sonhar, certo?

No meu último dia no hotel, enquanto fechava minha conta, perguntei aos funcionários sobre o nome do hotel e a razão por trás dos quartos terem nomes de escritores ingleses. A funcionária Kátia, bastante simpática, me informou que o hotel pertencia a uma colombiana e um chileno, os dois já velhos, mas disse não saber a razão por trás do nome do hotel. Bem, na minha cabeça, eu forjei a história de que os donos, a colombiana e o chileno, certamente um casal apaixonado, escolheram o nome do hotel e os nomes dos quartos devido ao seu amor e admiração pela Literatura Inglesa. E, claro, o Jane Austen – o melhor quarto do hotel – tinha este nome, por ser o da escritora preferida do casal. Não sei se esta versão é a verdadeira, mas esta é a que mais me agrada.

Então, assim acaba meu conto, em Brighton, digo, Valparaíso! E pra quem for para cidade, não deixem de dar uma olhadinha no hotel, que é bem charmoso. Quem sabe um de vocês não consegue se hospedar com Jane Austen?

Texto e Imagens: Pollyana Coura

Fotos do terceiro dia do VI Encontro Nacional da JASBRA

Prezados leitores,

segue abaixo o vídeo com as fotos do último dia do VI Encontro Nacional da Jane Austen Sociedade do Brasil, em 04 de Junho de 2017.

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Lisboa homenageia Jane Austen

Depois de ter acolhido o Lisbon Week em 2016, Alvalade prepara-se agora para ser a centro da leitura em Lisboa. Com o lema “Conversar sobre os livros é ler com os amigos”, serão apresentados entre os dias 2 e 14 de maio de 2017, várias iniciativas relativas à literatura.

Estão sendo organizados programas que incluem apresentações de livros e uma exposição exclusiva sobre a obra de Jane Austen, produzida pela Faculdade de  Sociais e Humanas de Lisboa.

Mais um evento para comemorar o bicentenário do falecimento de Austen!

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https://nit.pt/coolt/livros/alvalade-vai-ser-o-centro-da-literatura-em-lisboa

Jane Austen na novela Sol Nascente

Minha cunhada Samanta e a amiga Carmen me avisaram ontem que Jane Austen foi citada na novela “Sol Nascente”. Obviamente fui correndo procurar o vídeo! Não pude fazer o upload para o youtube por uma questão de bloqueio por causa dos direitos da Rede Globo. A edição em destaque é da Editora Martin Claret volume rose contendo Razão e Sensibilidade, Orgulho e Precoceito e Persuasão.

Que graça essa cena do casal que está se conhecendo e a senhora ficar ainda mais encantada porque o pretendente é gosta de Jane Austen.  Porém, pelo que me informaram, a personagem de Nívea Maria não é honesta e está tentando dar o golpe…

Acho bom o personagem Tanaka reler Razão e Sensibilidade e Mansfield Park para se precaver contra Lucy Steele e Mary Crawford da vida! 🙂

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Brazil e Paquistão em Washington DC

Hoje meu post será sobre o encontro com Laaleen Sukhera-Khan (Jane Austen Society of Pakistan) e editora do livro com histórias inspiradas em Austen “Austenistan”! O livro será lançado em breve, mas tive o prazer de ouvir Laaleen contar um trecho e achei interessantíssimo!

No primeiro do evento, muita informação e muitas coisas para ser ver! Tive a grata oportunidade de compartilhar a minha estadia com Laaleen no JW Marriot e o prazer de reencontrar o amigo Tim Bullamore (editora da JARW).

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Laaleen Suhkera-Khan (JAS Pakistan), Tim Bullamore (Jane Austen´s Regency World Magazine) and Adriana Sales Zardini (JAS Brazil). Photo credits: Laaleen Suhkera-Khan/JASP

 

As fotos abaixo, são do sábado à noite, durante o jantar e o baile! Foram momentos maravilhosos! Pude encontrar pessoalmente aqueles amigos virtuais de longa data, como Deborah Barnum (colega do curso Jane Austen – Oxford University), Margaret Sullivan (autora), outros tantos que ainda publicarei no blog.

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Aproveitando o intervalo entre os pratos para uma selfie. Photo credits: Laaleen Sukhera-Khan/JASP
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Três mocinhas elegantes: Adriana Sales Zardini (JASBRA), Maliha Shaikh and Laaleen Sukhera-Khan (JASP) – Photo credits: Laaleen Sukhera-Khan/JASP

 

Como viviam as pessoas do século XIX

Acabo de ler um artigo do Observador em Portugal: Indecoroso. Do banheiro à noite de núpcias: a vida das mulheres no glamoroso século XIX.

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“Para onde estás a olhar?” Créditos: Library of the Congress

Leia aqui em português de portugal e se espante o quanto não era nada glamoroso viver no século XIX! E não… você não seria uma mocinha ou mocinho da classe média ou rica! O mais provável é que você fosse um empregado (a) ou escravo (a).

Para completar a leitura, sugiro uma publicação da BBC (em inglês)- Everyday life in the industrial era.

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