University of Oxford
Edições de 1883 para download
‘A Dead Silence’: Reading Jane Austen’s Mansfield Park
Para fazer o download da parte 1 e parte 2 é necessário uma requisição no próprio site.
Um projeto da theenglishfaculty.org patrocinado por:
http://www.theenglishfaculty.org/plugins/content/jw_allvideos/includes/js/mediaplayer/player.swf
Part 2
Na segunda parte de sua palestra Richard De Ritter faz uma análise a respeito da discussão realizada por Edward Said a respeito da escravidão presente na narrativa de Austen.
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Podcasts da Oxford University
Clique abaixo para assistir cada um deles:
– A professora Kathyrn Sutherland fala a respeito dos manuscritos de Jane Austen e sobre o que podemos aprender sobre a autora e sua família, além de suas técnicas e estilo de escrita.
Jane Austen’s Manuscripts Explored
– Desta vez a professora Kathyrn Sutherland conduz sua palestra a respeito do livro The Watsons
The Watsons: Jane Austen Practising
Jane Austen não sabia escrever?
Manchetes internacionais:
– Pride, prejudice and poor punctuation (The Guardian do Reino Unido)
Em defesa da pesquisa acadêmicaMuitas pessoas, acham que as pesquisas acadêmicas são unanimidades e fatos consumados. Ora, a ciência não é exata! Quando uma pesquisadora da Faculdade de Letras, em 1998, pesquisou a utilização de cê e ocê pelos mineiros da capital, ela apenas estava fazendo um levantamento dos usos destas palavras para substituir a palavra você. Jânia Marinho chegou a conclusão de que muitos universitários usavam ‘cê’ (Cê vai lá em casa hoje), enquanto as pessoas com um nível escolar inferior usavam mais ‘ocê’ (Ocê é de Belo Horizonte?). Nem por isso a pesquisadora quis dizer que quem usava/usa estas variações de palavras é analfabeto ou iletrado. A pesquisa serviu para clarear algumas coisas, mas sequer afirmar que todos os unviersitários dizem assim ou assado. Entendem agora, qual é o objetivo de uma pesquisa acadêmica? É mostrar a realidade daquele determinado momento, espaço pesquisado. A pesquisa acadêmica não faz generalizações se se concentra apenas em um grupo pesquisado.Para conhecer uma pesquisa de doutorado de Edenize Ponzo Peres, orientada por Júnia Marinho, a respeito ‘O Uso de Você, Ocê e Cê em Belo Horizonte: Um Estudo em Tempo Aparente e em Tempo Real’ clique aqui – no banco de dados de teses e dissertações da UFMG.
A pesquisa da Professora Kathryn Sutherland da Faculdade de Língua e Literatura da Universidade de Oxford. Para quem não conhece Kathryn, ela é autora de Jane Austen’s Textual Lives (2005)Leia aqui uma resenha do livro, escrita por Laurie Kaplan para o JASNA News em 2007.Leia aqui o artigo completa da Oxford University: Austen’s famous style may not be hers after all
Discussão sobre a pesquisa de KathrynAbaixo, vocês poderão ler alguns trechos que traduzi do artigo publicado pela Oxford University.“A verdade universalmente reconhecida – A prosa polida de Emma e Persuasão foi produto da intervenção de um editor, descobre uma pesquisadora da Universidade de Oxford.“Minha pergunta: alguém, mesmo nos tempos de Austen, publica um livro sem revisão ou sem autorização do editor?
A pesquisa de Kathryn Sutherland foi baseada em um estudo de 1100 páginas manuscritas por Jane Austen, ainda não publicadas.Estes manuscritos fazem parte da herança que Cassandra Austen (irmã da escritora) deixou em 1845. A professora Sutherland afirmou: “É amplamente difundido que Austen tinha um estilo perfeito – seu irmão Henry, em uma fase muito conhecida, disse, em 1818: “Tudo foi editado por Austen” e muitos estudiosos compartilham esta visão ainda hoje. Após a leitura dos manuscritos, Kathyn pode perceber que toda essa perefeição na existia. “Pude perceber muitos erros, correções e até manchas. Ela passou por cima de muitas regras de escrita da língua inglesa. Especialmente em Emma e Persuasão, podemos ver que a pontuação tão cuidadosa não estava presente nos manuscritos.”Minha pergunta: Estão acusando Austen de escrever manuscritos e deixá-los com marcas de correção e sujeiras de tinta? Ora, naquela época o papel custava caro, não se faziam bolas de papel e simplesmente as jogavam no lixo só porque erraram uma linha do texto. E se este manuscrito conter apenas a primeira de algumas versões? Só eu sei o quanto sofri ao traduzir Mansfield Park, porque recebi a versão de 1814 (só fiquei sabendo disso após o livro ser publicado), sendo que a atual corrigida e modificada por Jane Austen e Chapman é a de 1816.
A professora Sutherland acrescenta: “Isto sugere que alguém esteve bastante envolvido no processo de edição que houve até a versão final (a impressa) dos livros. Além de cartas entre o John Murray II (dono da editora) e o editor William Gifford, onde o John salientava a necessidade de correção nos escritos de Austen. John Murray II, que também publicou obras de Byron, publicou os livros de Austen nos últimos dois anos da carreira de apenas 7 anos de livros publicados de Austen, tendo publicado: Emma, a segunda edição de Mansfield Park (1816) e Persuasão. A professora Sutherland explica: “Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e a primeira edição de Mansfield Park (1814) não foram publicações de Murray e foram previamente vistas por alguns críticos como exemplos de péssima escrita – na realidade, o estilo de escrita destes romances ficam muito próximos dos manuscritos de Austen!”Ao estudar os manuscritos não publicados de Austen pela primeira vez, ofereceu uma oportunidade para a Professora Sutherland ficar mais íntima dos talentos da escritora. Sutherland diz: “os manuscritos de Austen revelam que ela era uma escritora inovadora e que gostava de experimentar, constantemente tentando novas coisas, demonstrando que ela era muito melhor em diálogos e conversas do que no estilo descritivo“. “Além de tudo, ela é uma romancista cujo siginificantes efeitos podem ser observados em diálogos e representações dramáticas dos personagens através da fala. Os manuscritos estão sem parágrafos, fazendo com diferentes falas se misturem umas às outras; palavras sublinhadas e uso aleatório de letras maiúsculas nos dão a direção de que são palavras ou frasese que deveriam ser falas.”… “Certamente estes manuscritos mostram uma outra face de Austen, bem diferente da que vimos e lemos nos livros publicados.”“Isto então a torna menos gênio do que é?” – pergunta a professora Kathryn e em seguida ela mesmo responde: “Eu creio que não, de fato, isso a torna ainda mais interessante, e muito mais moderna e inventiva do que pensávamos.” “O estilo de austen é muito mais íntimo e relaxado, tende mais para o lado da conversa.” … “Sua pontuação é muito mais desleixada, muito parecida com a que os nossos alunos fazem e insistimos para que eles não o façam.”…. “Jane usava letras maiúsculas e sublinhava palavras que ela achava importante, de uma maneira que nos aproxima mais da linguagem falada do que a da impressa.”A Edição Digital de Jane Austen publica on-line os Manuscritos da Ficção de Austen, até então não publicados, e disponibiliza gratuitamente para qualquer pesquisador ou pessoa interessada.Minha pergunta: Onde nossos queridos jornalistas de plantão estavam onde apenas republicaram uma notícia pela metade? Isso só demonstra que eles nem sequer tentaram entender o estudo sobre Austen, apenas retransmitiram, ou, se estivessem no Twitter, apenas retuitaram sem sequer levar à sério a questão.
*Leia aqui o texto indignado de Vic Sanborn (Jane Austen’s World) sobre esta questão.
** Também estamos discutindo o assunto lá no Fórum JASBRA.
*** O link para os manuscritos estão disponíveis aqui (post publicado em maio deste ano)
Walking in her bedroom, standing on her grave
Last year I went to Bath, and visited the Jane Austen Centre, saw the house where she lived, and walked past the famous sites she must have seen too. After taking the Oxford University course on Jane Austen, and rereading her books and moreover, learning about her writing style, and taking in lots of background information, what must one do when returning to England? Right, visit other places where Jane Austen has been. During my first week in England I stayed in Oxford, and from there it is easy to drive to Chawton and Winchester. At Chawton she wrote Mansfield Park, Emma and Persuasion. And in Winchester, she died at the age of 41.Chawton is a small village near Alton, in Hampshire. It is close to a highway, but after parking the car, I noticed how calm and peaceful the place was. A couple of houses, a restaurant on the opposite side of the street. And then the cottage of Jane Austen. It is a museum nowadays, but it looks like a house where one could live in comfortably. On the inside, it looks both like a house and a museum. In some rooms, you could (almost) imagine Jane Austen walking in, and doing the things she is used to do. In other rooms, it feels more like a museum. When you observe the behaviour of the people working and visiting there, they behave like it’s a house. It’s treated with respect. Everything looks neat and cared after. The staff seems very devoted in keeping the memory of Jane Austen alive. And that’s why I liked it there. It’s not like Stonehenge with busloads of visitors, Buckingham Palace or Windsor. It’s a house where a very good writer lived. The guestbook says it all: people from all over the world come to Chawton. They are not ordinary visitors. They are people who enjoy the books of Jane Austen, the movies, the dancing and perhaps might want to live in her era. And some go as far as taking a course on Jane Austen at Oxford University 😉Next stop was Winchester. A lively town, packed with shops. And a cathedral. Because Jane Austen died in Winchester, she was to be buried there. Not because she was famous, most people didn’t know she wrote a couple of well-known books. Just because she died in Winchester, her grave is now in the cathedral. The text on the grave stone memorises her not as the writer she was. That was later corrected in a brass plague on the wall close to her grave. An exhibition on Jane Austen was on display. Most of it was familiar, but it was interesting to see the book where her death was noted, albeit the wrong date was written down: July 16 instead of 18! One can only wonder how that mistake could be made. It wasn’t certainly a mistake to visit the cathedral, and I’m glad I was there.
Viagem à Inglaterra – Parte 1
II Encontro Nacional da JASBRA – Parte II
Manuscritos de Jane Austen na Internet
Quem pesquisa literatura inglesa ou mesmo a presença de mulheres na literatura pode agora contar com uma fonte interessante: o site Jane Austen Fiction’s Manuscripts, que oferece acesso gratuito aos escritos originais desta proeminente autora inglesa.
Pelo site, é possível a consulta aos manuscritos no formato de fac-símile puro (como um arquivo de imagem), no formato texto, que apresenta a imagem do original mais uma transcrição do que está escrito na página em destaque, e também a nota explicativa sobre o arquivo visualizado.
Quero aproveitar a oportunidade e agradecer ao blog da USP por divulgar o link da JASBRA por lá.



















