Chamada de resumos para GT – Jane Austen no Brasil: leitura, tradução e circulação de textos

Convite especial para pesquisadoras e pesquisadores!

O GT 21 – Jane Austen no Brasil: leitura, tradução e circulação de textos está com envio de resumos aberto até 27/10 aqui neste link.

O grupo integra o XIV Seminário Nacional sobre Ensino de Língua Materna, Estrangeira e de Literaturas (SELIMEL) e propõe discutir como a obra de Jane Austen circula, é traduzida, adaptada e reinterpretada no contexto brasileiro — da crítica acadêmica às mídias contemporâneas, passando por leitores, tradutores e criadores.

As coordenadoras do GT são:
– Adriana Sales (JASBRA / CEFET-MG)
– Bianca Rossato (IFSUL – Gravataí)
– Lilia dos Anjos (PMJP – SEDEC)

Envio de resumos até 27/10
Mais informações e link para submissão no QR Code da imagem.

Venha fazer parte dessa conversa sobre Austen no Brasil, suas traduções, leituras e reinvenções! 💕

Resumo do GT 21 – Jane Austen no Brasil: leitura, tradução e circulação de textos

A presença de Jane Austen no Brasil oferece um rico campo para analisar obras literárias que se adaptam e circulam em contextos culturais distintos do original. Desde as primeiras traduções na década de 1940 até versões contemporâneas, a recepção de Austen evidencia não apenas o apreço por sua crítica social e ironia, mas também a relevância de seus textos para debates sobre gênero e classe na sociedade. As traduções brasileiras buscam conciliar fidelidade linguística e adequação cultural, produzindo textos que dialogam com leitores locais, demonstrando o papel ativo da tradução na mediação entre culturas e a criação de novas experiências de leitura.

Além da tradução, a produção cultural inspirada em Austen no Brasil revela múltiplas formas de circulação de seus textos. A transposição de Orgulho e Preconceito para o cordel e de Razão e Sensibilidade para os quadrinhos, exemplificam a adaptação da narrativa clássica a suportes culturais locais, transformando o romance em uma experiência oral e visual, enquanto adaptações teatrais e musicais reinterpretam suas histórias para o palco, explorando a dimensão performativa da literatura. Por sua vez, a telenovela Orgulho e Paixão demonstra a capacidade de Austen de atravessar mídias, conectando enredos do século XIX a temas contemporâneos, reafirmando a relevância de seus romances na cultura popular e midiática brasileira.

A circulação de Austen também se manifesta no crescimento da crítica acadêmica, que investiga a modernidade de seus textos, sua influência em diferentes formas de circulação na cultura popular e a maneira como seus temas — o papel das mulheres, casamento, mobilidade social e relações de poder — ressoam globalmente. Esse processo evidencia práticas leitoras diversificadas, em que o público brasileiro não apenas consome traduções e adaptações, mas participa da reinvenção desses textos, contribuindo para a produção de significados novos e contextualmente situados.

Assim, a trajetória de Jane Austen no Brasil exemplifica como textos literários circulam entre diferentes suportes, desde livros impressos até mídias digitais e performativas, e como práticas leitoras se articulam com processos de tradução, adaptação e apropriação cultural. A análise desse fenômeno permite compreender a literatura como um campo dinâmico de produção e circulação, em que a obra de uma autora se transforma em objeto de estudo, entretenimento e inspiração criativa em um contexto não anglófono, destacando a dimensão global da circulação literária contemporânea.

Dessa forma, a experiência brasileira com a autora ilustra a articulação entre leitura, produção, tradução e circulação de textos literários e não literários em múltiplos suportes, reforçando a pertinência de estudar práticas leitoras e adaptação cultural como parte integrante da recepção literária transnacional.

Nesse horizonte, convidamos trabalhos que investiguem diferentes aspectos da presença de Jane Austen no Brasil, considerando práticas de leitura, traduções, adaptações e recriações em variados suportes. O objetivo é ampliar o debate sobre como sua obra continua a inspirar práticas leitoras, experiências estéticas e processos criativos, reafirmando a atualidade e a força de seus textos na cultura literária e midiática contemporânea.

Palavras-chave: Jane Austen; Traduções literárias; Adaptações culturais; Práticas leitoras; Circulação de textos; Recepção literária no Brasil.

Homenagem ao Legado de Jane Austen

A Jane Austen Sociedade do Brasil, em parceria com a Academia Mineira de Letras @amletras – tem o prazer de oferecer uma Homenagem ao Legado de Jane Austen! Evento gratuito e sem necessidade de inscrição! Será no dia 18 (data da morte da escritora) de julho às 19:30 na sede da Academia Mineira de Letras, localizada à Rua da Bahia, 1466, Belo Horizonte – MG. Serão emitidos certificados digitais aos participantes. Evento realizado com o apoio do grupo de pesquisas @mulheres_edicao e @anadigital do Posling do @cefetmg #janeaustenbrasil #poslingcefetmg #mulheresnaedição #janeaustensociedadedobrasil #legadodejaneausten #janeaustensocietyofbrazil #amletras #agendaamletras

Curso de Extensão Online: Virginia Woolf lê Jane Austen

Curso de Extensão Online: Virginia Woolf lê Jane Austen! Aberto também para a comunidade externa à UFAC e UFPB.

Formulário de inscrição para participação do Curso de Extensão, coordenado pela Profa. Dra. Patricia Marouvo.

O curso irá acontecer entre os dias 16 e 19 de novembro de 2021, via Google Meet. Para assistir a qualquer uma das palestras, é necessária a inscrição no curso. Palestrantes: Profa. Dra. Patricia Marouvo (UFAC), Profa. Dra. Maria A. de Oliveira (UFPB), Profa. Dra. Débora Rosa (UFPB) e Profa. Dra. Genilda Azerêdo (UFPB).

Horário: 10h-12h (Horário de Brasília)/ 8h-10h (Horário do Acre)
Inscrições até 14/11
Certificação de 20h.

Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSetMxnn9NfP4WR8Dt2G8syPHrrUIJLXFZrYCa0xuHhfO3iYSw/viewform

Revista LiterAusten edição 08 (2020)


Publicação da Jane Austen Sociedade do Brasil – ISSN 2526-9739literausten-08-2020Baixar

Na edição 8 da Revista LiterAusten apresentamos um artigo que discute Jane Austen sob o viés bíblico. Em seguida, um artigo analisando uma personagem da novela Orgulho e Paixão, inspirada em várias obras de Jane Austen. Os três artigos restantes exploram a obra Orgulho e Preconceito sob diferentes pontos de vista: a posição da mulher na sociedade aristocrática inglesa, Elizabeth Bennet em foco e, uma análise da adaptação cinematográfica de 1940.

Os artigos aqui apresentados são frutos de trabalhos e pesquisas acadêmicas que visam enriquecer nosso conhecimento a respeito da autora e suas obras.

Vejam os títulos das publicações desta edição:

JANE AUSTEN E A BÍBLIA: UM ENSAIO SOBRE A INFLUÊNCIA DA LEI DE MOISÉS NA OBRA ORGULHO E PRECONCEITO (Marcelle S. Vieira Salles)

A NOVA DASHWOOD: MARIANA BENEDITO EM ORGULHO E PAIXÃO (Diana de Melo Xavier)

A MULHER DA BAIXA ARISTOCRACIA EM ORGULHO E PRECONCEITO (Aline Benato Soares)

ELIZABETH BENNET E A MUNDIVIDÊNCIA ARTÍSTICA DE JANE AUSTEN (Andre Klojda)

PRIDE & PREJUDICE TRANSMUTADO PARA O SCREWBALL COMEDY DE 1940 (Ricelly Jáder Bezerra da Silva)


Revista LiterAusten edição 7 (2020)

A edição 7 da Revista LiterAusten traz artigos – frutos de pesquisas acadêmicas aqui no Brasil – que nos apresentam reflexões interessantes a respeito das personagens e histórias de Jane Austen.

Vejam os títulos das publicações desta edição:

SUBMISSÃO OU SUBVERSÃO? UM FEMINISMO POSSÍVEL PARA ELIZABETH BENNET (Francisco Edinaldo De Pontes e Aldinida De Medeiros Souza)

JANE AUSTEN, LEITURA DE NINAR PARA GAROTAS REBELDES E FEMINISTAS (Cristiane de Mesquita Alves)

FANNY PRICE: DE HEROÍNA INVISÍVEL A NOVO IDEAL FEMININO (Maria Luiza Ribeiro Buzian)

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DAS OBRAS DE JANE AUSTEN POR HOMENS: DE C.S. LEWIS A WILLIAM DERESIEWICZS (Bárbara G. Gonçalves Borba)

A IRONIA EM LADY SUSAN, DE JANE AUSTEN (Maíra da Silva Botelho, Thallita Mota de Oliveira)

A [IN]DESCRIÇÃO DE JANE AUSTEN

Artigo escrito por Larissa Pereira de França[1], Publicado na Revista Literausten, edição 06/2019.

Se a um leitor assíduo das obras de Jane Austen é pedido para que trace um perfil de algumas das personagens dos romances Austeneanos, com sucesso esse leitor será capaz de fazê-lo. Facilmente, um pode traçar o perfil do Sr. Collins – um homem pedante, repugnante, bajulador e, como muitos dizem um “mala”. Ou da Sra. Bennet – uma senhora falante, ignorante, fútil e fofoqueira que vive por casar as filhas e não se cansa de reclamar da vida. Ou de Sir Walter Elliot – um baronete quase falido, porém prepotente, vaidoso e orgulhoso.

Porém, ao refletir, esse leitor percebe que nos perfis que traçou não havia sequer uma característica física. Ele percebe que não sabe a cor dos olhos do Sr. Collins, a estatura da Sra. Bennet ou se Sir Walter Elliot era calvo. Não sabe porque Jane Austen não dá a ele essa informação. No entanto, é capaz de imaginar perfeitamente essas personagens. Isso porque a descrição física e material – preferida pela grande maioria dos escritores – para Jane Austen não aparenta ser o mais importante dentro de uma obra. Entretanto, a autora se destaca pela ausência dessa descrição – o que chamo de [in]descrição. O que é e a importância dessa [in]descrição constituem a preocupação deste artigo.


[1] Formada em Letras – Inglês/Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: larissa.p.franca@gmail.com.

O ROMANCE UNILATERAL DE JANE AUSTEN E TOM LEFROY

Tradução inédita do artigo escrito por Joan Klingel Ray[1] com tradução de Adriana Sales Zardini (tradução)[2], Publicado na Revista Literausten, edição 06/2019.

A ânsia de introduzir um romance apaixonado na vida de Jane Austen – seja com o jovem irlandês Tom Lefroy ou com outra pessoa – não é novidade. Em uma palestra proferida em 1925, na Sociedade Real de Literatura dos Estados Unidos sobre a “lacuna” na produtividade literária de Austen entre 1797 (Primeiras Impressões) e o “dilúvio” de romances após 1811, H. W. Garrod advertiu sensatamente:

 
Os biógrafos de Miss Austen procuraram a explicação do mistério em um caso de amor. Mas talvez uma explicação mais simples [seja]. . . que, apesar de ter escrito seus três primeiros romances até o final de 1798, não havia encontrado uma editora para nenhum deles até 1811. Um gênio, o mais fértil, necessariamente sente seus ardores bastante amortecidos pelo infortúnio de três filhos natimortos. (GARROD, 1935: 27-28). Com o lançamento do filme “Amor e Inocência” pela Miramax, em 2007, essa especulação se espalhou pelo mundo dos fãs de Austen para o público do cinema. Muitos cineastas podem acreditar que não apenas Lefroy era o “muso” romântico de Austen, mas também que ele mantinha um lugar em seu coração.



[1] Joan Klingel Ray (email: jray@uccs.edu) é professora de inglês e pesquisadora da Universidade do Colorado, em Colorado Springs, Presidente dos amigos norte-americanos da  Chawton House Library.  Foi Presidente da JASNA (Jane Austen Society of North America) de 2000 a 2006.

[2] Adriana Sales Zardini (email: aszardini@gmail.com) é doutora em Estudos Linguísticos pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), professora de inglês no CEFET-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) e Presidente da JASBRA (Jane Austen Society of Brazil) desde 2009.

Nova edição da Revista Literausten

Para o presente número da Revista LiterAusten  apresentamos um poema em homenagem a Jane Austen, escrito por Lúcia Leão, e, em seguida, um artigo traduzido pelas alunas do Ensino Médio do CEFET-MG – Campus Timóteo, sob orientação de Adriana Sales Zardini e Marcelle Santos Vieira Salles. Também apresentamos a tradução de um artigo muito interessante a respeito do relacionamento entre Tom Lefroy e Jane Austen, escrito, em inglês, pela Joan Ray (JASNA).  Além dos dois artigos traduzidos, apresentamos também o artigo de Larissa França, que traz uma análise sobre a descrição dos personagens Austen em duas: Orgulho e Preconceito e Persuasão. A partir desta edição, serão publicados artigos, ensaios e demais trabalhos sobre escrita de autoria feminina e todo o universo de pesquisas que retratem essa temática.

Vejam os títulos das publicações desta edição:

JANE’S HAPPY ENDINGS (Lúcia Leão)

JANE AUSTEN, HANNAH MORE E O DRAMA DA EDUCAÇÃO  (Jane Baron Nardin, Vitória Martins de Souza e Maria Clara Coura)

O ROMANCE UNILATERAL DE JANE AUSTEN E TOM LEFROY (Joan Klingel Ray e Adriana Sales Zardini)

A [IN]DESCRIÇÃO DE JANE AUSTEN (Larissa Pereira de França)

Revista Literausten Edição 03

Queridos leitores, é com muita satisfação que anuncio a publicação da terceira edição da revista Literausten! Os textos e artigos são super interessantes! Espero que gostem!

Vejam os assuntos tratados nessa edição. Para baixar o arquivo em pdf, basta acessar a página da revista, clicando aqui.

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ENSAIO

  • ORGULHO E PAIXÃO: PRIMEIRAS IMPRESSÕES (Flávia Luciene A. O. Lima e Luana Oliveira Lima)

 

RESENHA

  • ESCRITOS DA JUVENTUDE, ESCRITOS DA VIDA ADULTA: A IMPORTÂNCIA DA JUVENILIA PARA SE ENTENDER JANE AUSTEN (Maria Clara Pivato Biajoli)

 

ARTIGOS

  • THE LIZZIE BENNET DIARIES: umA ADAPTAÇÃO DE ORGULHO E PRECONCEITO PARA O SÉCULO XXI EM FORMATO DE WEBSÉRIE  (Daiane da Silva Lourenço)
  • JANE AUSTEN NO SÉCULO XXI: CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA, RUPTURAS E PERMANÊNCIAS NA WEB SÉRIE THE LIZZIE BENNET DIARIES (Giovana Montes Celinski)
  • ORGULHO E PRECONCEITO: A MULHER INGLESA E O MATRIMÔNIO (1797- 1813 (Natália Cristiane Oliveira dos Santos e Nency Netaly Gomes Furlan)

Jane Austen Day em Porto Alegre

Acabo de ler a respeito de mais um evento em homenagem à Jane Austen! Desta vez, em Porto Alegre!

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Para comemorar os 200 anos da morte de Jane Austen, o evento no dia 18 de julho, terça-feira, confira a programação:

MANHÃ – Instituto de Letras – UFRGS – Câmpus do Vale

10h-12h – Sessão de Pôsteres

TARDE – Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães

15h-18h30 – Sessões de Comunicações

NOITE – Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães

19h-21h – Mesa-redonda com participação de quatro especialistas na autora inglesa:

DIRETO DE LONDRES:
Deborah Simionato, doutoranda da UFRGS (em vídeo)

DIRETO DE SÃO PAULO:
Carol Chiovatto, tradutora de Orgulho e Preconceito pela Giz Editorial (em vídeo)

DIRETO DE PASSO FUNDO:
Bianca Rossato, doutoranda da UFRGS

DIRETO DE PORTO ALEGRE:
Ana Iris Ramgrab

E organizadora Elaine Indrusiak

Fonte: Página do Evento no Facebook