Laurie Viera Rigler
Gazeta de Longbourn Apresenta: Confessions of a Jane Austen Addict/Rude Awakenings of a Jane Austen Addict
“I do not know how I have come to be in this time, in this place, in this body. But I do know that any place where there are six novels by the author of Pride and Prejudice must be a very special sort of heaven.”
Ao início de Confessions of a Jane Austen Addict, após terminar o compromisso com o noivo que a traía, seguida de uma concussão e um porre de vodca, Courtney Stone acorda num quarto que não lhe pertence. Pior: ela também está num corpo que não lhe pertence. Aparentemente, o álcool estava vencido ou talvez a batida na cabeça tenha sido mais forte do que ela imaginara, porque repentinamente Courtney era Jane Mansfield, vivendo numa mansão no interior da Inglaterra à época da publicação de Orgulho e Preconceito.
A princípio, Courtney acredita que está vivendo algum sonho – ou pesadelo, a depender do ponto de vista. Pouco a pouco, contudo, ela percebe que não, ela não está dormindo e sim, ela viajou no tempo, trocou de corpo e está vivendo a vida de outra pessoa, num cenário que em tudo lembra seus romances favoritos – com direito inclusive a mães manipuladoras, cavalheiros misteriosos de casaca e estadias em Bath.
Só que o passado não é apenas flores. Acostumada às facilidades da vida moderna, Courtney se vê às voltas com costumes e situações impensáveis em sua Los Angeles original – a falta de água encanada, a mania dos médicos de sangrarem seus pacientes, a etiqueta sufocante.
Viver na Inglaterra dos romances de Austen não é nada fácil. Especialmente quando você tem um Mr. Edgeworth para confundi-la ainda mais e começa a ter memórias de uma vida que não é bem a sua.
Mas não basta ver como Courtney se vira para se adaptar à vida que teoricamente, era a de seus sonhos – especialmente depois de ter o coração partido pelo noivo mau-caráter. Afinal, o que aconteceu com a verdadeira Jane Mansfield?
A resposta vem em Rude Awakenings of a Jane Austen Addict.
Enquanto Courtney foi parar no período da Regência, Jane está em seu corpo, em sua vida e, a depender das amigas, prestes a ser forçada a entrar na terapia. A salvação de Jane é Wes, melhor amigo de Frank (o ex-noivo), que no final das contas se revela apaixonado pela mocinha.
Nessa confusão de identidades, memórias, passado e presente, o que mais me divertiu foi ver como Courtney e Jane iam se adaptando à realidade em que tinham caído, acostumando-se pouco a pouco com um ritmo de vida que era completamente diferente para cada uma delas.
As duas viviam profundamente insatisfeitas com suas vidas, com suas aspirações, consigo mesmas. Esse talvez tenha sido um dos poucos pontos que me irritou nas duas histórias – eu acho que após passarem pela troca, elas deveriam ter enfrentado cada uma seus próprios problemas e não simplesmente ‘deletarem’ uma vida passada e todas experiências que as moldaram ao longo da vida.
Mas se filosoficamente não concordo com a forma como elas terminam, isso não me tirou o prazer da leitura dos dois livros. Divertidos e inteiramente familiares para todos os fãs de Austen – vocês certamente serão capazes de encontrar muitas passagens que revisitam os temas habituais de nossa autora favorita – Confessions e Rude Awakenings são uma boa pedida se você está procurando algo mais leve para ler no fim de semana. Ou para levar nas férias, que já estão à vista…
* Lu Darce (JASBRA-PE) está à cata de uma máquina do tempo para organizar uma excursão à mansão dos Mansfield – mandei uma carta para Mr. Wells, mas ele ainda não me respondeu. Enquanto esperamos, essas e outras viagens, vocês podem encontrar em Coruja em Teto de Zinco Quente.
Clássicos da literatura recriados no Twitter viram livro
Quem é o melhor Mr. Darcy?
Da esquerda para a direita (parte superior): Elliot Cowan (2008), Colin Firth (1995) e Matthew Macfadyen (2005)
Da esquerda para a direita (parte inferior): Martin Henderson (2004), Laurence Olivier (1940) e David Rintoul (1980)
Vocês podem votar nas seguintes categorias:
1) Melhor ator em uma adaptação de Jane Austen (Best actor in a Jane Austen adaptation).
2) Melhor atriz em uma adaptação de Jane Austen (Best actress in a Jane Austen adaptation).
3) Melhor ator coadjuvante (Best Supporting Actor).
4) Melhor adaptação (Best New Adaptation)
5) Melhor livro de ficção – lançamento (Best New Fiction)
6) Melhor livro de não-ficção – lançamento (Best New Non-Fiction)
7) O Melhor Mr. Darcy de todos os tempos (The Jane Austen Sponsored Award – Best Ever Mr Darcy)
Eu já tenho os meus favoritos, e você?
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Dica: Minha amiga Laurie Vieira Rigler, autora do Confessions of a Jane Austen Addict está concorrendo ao prêmio de melhor livro de ficção!
Jane Austen e Twitter
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Novo livro de Laurie Viera Rigler
we, your brazilian friends and fans, wish you luck! I already voted!
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Querida Adriana,
Eu farei a primeira leitura do livro na livraria Vroman em Pasadena (EUA) em 22 de julho às 19:00, por favor reserve a data!. Adoraria vê-la!
Enquanto isso, aqui vão algumas notícias quentes:
Meu primeiro livro – CONFESSIONS OF A JANE AUSTEN ADDICT (tradução minha: Confissões de uma viciada em Jane Austen), acabou de ser lançado no Reino Unido, foi publicado pela editora Bloomsbury, com uma linda capa!
Além disso, fizeram uma crítica no jornais The Guardian e The Observer. Ainda me nomearam para a premiação do Jane Austen Centre: 2009 Regency World Award for Best New Fiction!
O prêmio The Regency World Awards é patricionado pelo The Jane Austen Centre in Bath (um lindo lugar que visitei quando fiz minhas pesquisas para escrever o livro), e os vencedores são eleitos pelo público.
Então, por favor VOTE AQUI!
Espero que as belezas da primavera lhe tragam muita felicidade,
Laurie
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Nota: Laurie fala de primavera, pois está se referindo ao hemisfério norte!
Hoje é aniversário do Blog
Sequência de Confessions of a Jane Austen Addict
Aguardem mais informações quando a Laurie voltar de viagem!
Comentário de fã: não está com pinta de adaptação para o cinema ou tv? Ainda mais que Laurie já escreveu uma sequência!!
Confissões de uma viciada em Jane Austen
Courtney não apenas está na vida de outra mulher, como também é forçada a fingir ser tal mulher; e apesar de não conhecer nada sobre esta mulher, ela consegue enganar até o meso o mais astuto observador. Nem mesmo seu profundo conhecimento como típoica Austen maníaca a preparou para sobreviver na Inglaterra do século XIX, mas deixou de lado a realidade de ser uma mulher solteira que deve resistir bravamente às companhias das mulheres casadas, sedutores e casamentos por conveniência.

Dedicatória: Para Adriana, copanheiro de vício em Austen – Feliz viagem à Inglaterra de 1813! Felicidades, Laurie Viera Rigler.
Perfil da autora:
Laurie é uma editora freelancer, dá workshops sobre escrita, vive em Los Angeles e é membro da Jane Austen Society of Norht America.
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Aguarde em breve mais novidades sobre o novo livro de Laurie e um pouco mais sobre a autora.
Você é viciada em Austen?
* Você se reconhece em alguma destas situações? Se afirmativo, então é hora de revelar!
* Sua melhor amiga pensa que você está de brincadeira, apesar de ter visto a última versão de Orgulho e Preconceito duas vezes. Ela, diferente de você, não tem nenhum problema para separar ficção da realidade.
* O seu amado lhe diz que encontraria sua marca favorita facilmente na lojinha mais próxima (com certeza ele não acertará) e acha um absurdo ter que andar de loja em loja porque acha desagradável.