Abaixo, em ordem alfabética, os atores:
Dina Ann Comolli*,
Katharine McLeod*,
Mark Montague*,
Costa Nicholas,
Patrick Daniel Smith,
Jenny Strassburg*,
Brad Thomason*,
Ashley Wickett*
Abaixo, em ordem alfabética, os atores:
Dina Ann Comolli*,
Katharine McLeod*,
Mark Montague*,
Costa Nicholas,
Patrick Daniel Smith,
Jenny Strassburg*,
Brad Thomason*,
Ashley Wickett*
Persuasão foi adaptado por Connor Keens e as apresentações acontecerão entre os dias: 26 a 29 de junho, 3 / 5 / 9 / 12/ 17 e 18 de julho.
A Abadia de Northanger, também adapatdo por Connor Keens, terá apresentações nos dias: 1, 2, 4, 10, 11 e 19 de julho.
Os tickets custam entre 20 a 18 dólares.
Para maiores informações clique aqui.
Detalhes desta edição: Tradução de Fernanda Abreu, Notas de Fernanda Abreu e Juliana Romeiro, Apresentação do Prof. Dr. Ricardo Lísias. Eu li rapidamente a introdução e pude constatar o excelente trabalho de Ricardo Lísias. Além disso, as notas de rodapé (presentes em centenas de páginas) oferecem ótimas explicações e contextualizam o texto de Austen.
Deveria ter feito uma distinção – replicou Anne – Não deveria ter suspeitado de mim, agora; o caso é tão diferente, minha idade, outra. Se errei uma vez ao ceder à persuasão, lembre-se de que foi por esta ser exercida em favor da segurança, e não do risco. Quando me submeti, pensei que era este o meu dever; mas nenhum dever poderia ser chamado em auxílio no caso. Ao me casar com um homem indiferente a mim, incorreria em todos os riscos, e violaria todos os deveres. (AUSTEN, 2007, p. 289)
E como não houvesse nada para se admirar, o olhar do visitante se voltava para a invejável localização da cidade, a rua principal quase se precipitando na água, o passeio ao Cobb, suas antigas maravilhas e novos melhoramentos, com a linda linha de rochedos estendendo-se para leste da cidade. E seria um estranho visitante quem não visse encantos nas redondezas de Lyme, nem tivesse vontade de conhecê-la melhor! As paisagens nas suas redondezas, Charmouth, com suas terras altas e grandes extensões de campos, e ainda a suave baía retirada, emoldurada por escuros penhascos, onde fragmentos de rochas baixas, entre a areia, tornam-na o local mais propício para observar o fluxo da maré e sentar-se em incansável contemplação; as diferentes variedades de árvores da alegre vila de Up Lyme, e, principalmente, de Pinny, com suas verdes ravinas por entre tochas românticas, onde esparsas árvores de floresta e hortas luxuriantes indicam que muitas gerações se passaram desde a primeira queda parcial do rochedo preparasse o campo nesse aspecto, onde surge um cenário tão maravilhoso e adorável, que bem pode igualar qualquer paisagem da tão famosa ilha de Wight: esses lugares devem ser visitados e revisitados, para se compreender o valor de Lyme. (Idem, p. 125, 126)
Título: Captain Wentworth’s diary
Autora: Amanda Grange
Editora Berkeley Trade, 304p.
Anne, always Anne.
Ironia. Essa é a primeira palavra que me vem à cabeça agora, poucas horas depois de concluir a leitura do delicioso Persuasion, da britânica Jane Austen. O livro me deixou com vontade de reler outros dois de seus romances – Pride and Prejudice e Sense and Sensibility – que li durante a faculdade, como tarefa de casa da disciplina Literatura Inglesa. Lembro-me de que gostei muito, especialmente de Pride and Prejudice, cuja leitura foi feita quase que inteiramente durante a madrugada que antecedia a avaliação (é, eu sei). A lembrança que tenho era de que, à medida que lia, lamentava não dispor de mais tempo para me envolver com a história, para apreciá-la com a atenção devida. Normalmente sou uma leitora lenta e nunca perdi a impressão de que li Pride and Prejudice aos trancos e barrancos. E acabei nunca lendo nada da Austen outra vez. Agora, depois de Persuasion, tenho motivos para revisitar o que já li e para degustar outras obras suas.Persuasion foi o último romance escrito por Austen, só publicado após sua morte. Vejo várias razões para indicar o livro: a escrita de Austen nos conduz de um parágrafo a outro sem grandes percalços, tudo fluindo suave como em um bom filme de época (sério, com um pouquinho de esforço a gente ouve a trilha de violinos), com personagens muito bem construídos que saltam das páginas em diálogos absolutamente perfeitos. Se eu soubesse escrever diálogos assim, ah (suspiro longo), não seria blogueira, obviamente. E é ali, nas falas dos Elliots, Musgroves e Crofts que a ironia refinadíssima de Austen nos abraça de vez e não conseguimos mais parar de ler. Em Persuasion, várias famílias se cruzam em relações sociais construídas sobre valores que, aos olhos da protagonista Anne Elliot, não poderiam ser mais equivocados: os nomes, as tradições, os títulos, tudo que compõe as altas rodas sociais dos confins da Inglaterra no final do século XVIII e início do século XIX tem primazia sobre sentimentos e caráter, retidão e sensibilidade. O olhar de Anne é aguçado, seu coração é generoso e seus valores vão muito além da superficialidade que ronda sua família e seu círculo social. O desconforto é maior ou menor, dependendo das circunstâncias, claro, mas ela carrega consigo o peso de ter tido sua vida marcada, talvez de maneira irreversível, pelos mesmos valores que tanto questiona. A história começa oito anos após Anne ter rompido com o amor de sua vida, Frederick Wentworth, graças aos apelos de sua família que não via nele alguém “à altura” de uma Elliot. Agora, com as finanças da família Elliot em apuros, Wentworth volta à cena e Anne tem a chance de fazer valer os valores em que acredita – resta saber se os sentimentos de Wentworth ainda resistem depois de tanto tempo – tchan-ans!O forte de Persuasion, repito, está nas falas das personagens, que deixam transparecer a mesquinharia, a superficialidade, a boa e velha falta de noção de quem acredita que o mundo é feito apenas de rendas e títulos. Mas também há aqueles trechos descritivos em que Austen nos mostra a alma de suas personagens, com aquela sutileza em que a boa literatura é, via de regra, tão generosa; como quando Anne, para fugir dos diálogos insuportáveis durante os inevitáveis saraus noturnos, entrega-se ao piano. Ela sabe que ninguém está realmente ouvindo o que ela toca, que sua presença ali sequer é devidamente notada; mas mergulhada na melancolia que a cerca desde a separação de seu amor, há tantos anos, Anne já se vira bem sozinha:“She knew that when she played she was giving pleasure only to herself; but this was no new sensation.”Anne parece mesmo estar sozinha o tempo todo. As pessoas com quem convive enxergam prazer onde ela vê desgosto, regozijam-se naquilo que a enfada. Em certo momento, seu primo, Mr. Elliot, tenta fazê-la ver que, ainda que família tal não tenha lá muitos atrativos, são pessoas de valor pelas relações sociais que mantêm. A reposta de Anne é um retrato de sua personalidade:“My idea of good company, Mr. Elliot, is the company of clever, well-informed people, who have a great deal of conversation; that is what I call good company.”É uma delícia (daquelas de rir alto) quando Jane Austen aproxima em sua trama esse disparate de visões de mundo. Em certo momento, a irmã de Anne, Elizabeth, encontra-se maravilhada pela aproximação com a nobreza local, enquanto Anne festeja intimamente um breve encontro que acabara de ter com seu querido Wentworth. Ambas estão felizes, mas as motivações para essa sensação têm natureza tão distinta que seria justo se houvesse palavras diferentes para descrevê-las. Austen fala assim:“… it would be an insult to the nature of Anne’s felicity to draw any comparison between it and her sister’s; the origin of one all selfish vanity, of the other all generous attachment.”Quando a gente já ama Anne completamente, Austen ainda lhe confere certos traços feministas (claro, estamos falando do final do século XVIII). Imaginando as circunstâncias que cercavam aquelas mulheres, naquela época, acho um trunfo que a personagem perceba que sua visão de mundo e sua relação com os sentimentos amorosos sejam fruto do confinamento em que elas viviam, enquanto os homens desbravavam o mundo em seus navios. Na reta final da história, Anne questiona as afirmações categóricas de seu amigo Captain Harville sobre a inconstância dos sentimentos femininos. Quando Harville cita o fato de que qualquer livro que se abra dirá algo sobre “woman’s inconstancy”, Anne rebate:“… if you please, no reference to example in books. Men have had every advantage of us in telling their own story. Education has been theirs in so much higher a degree; the pen has been in their hands. I will not allow books to prove anything.”Como não torcer por Anne? Muito amor pela Jane Austen.
Rita, eu sou suspeita para falar de Anne Elliot já que Persuasão é o meu livro favorito…. E vocês leitores? Concordam com a Rita?
Acabo de receber a newsletter da LPM confirmando o lançamento de Persuasão!
Anne Elliot, a heroína de Persuasão, é uma nem tão jovem solteira que, seguindo os conselhos de uma amiga, dispensara, sete anos atrás, o belo e valoroso (porém sem título nobiliárquico e sem terras) Frederick Wentworth. No entanto, o futuro sentimental e financeiro de Anne não é muito promissor, e quando o destino a coloca frente a frente com Frederick, agora um distinto capitão da Marinha britânica, reflexões, conjunturas e arrependimentos são inevitáveis.
Concluído um ano antes da morte de Jane Austen e publicado postumamente, seu último romance, que contém fortes elementos autobiográficos, aborda o risco de se dar conselhos – e de se segui-los. Com toda graça, humor, leveza, ironia e ousadia de estilo de suas obras mais conhecidas, Persuasão, originalmente publicado em 1818 num mesmo volume com A abadia de Northanger, é uma bela despedida daquela que pintou a vida e as agruras femininas em uma sociedade patriarcal como nunca antes e nunca depois
Fonte: Editora LPM
Bem, pessoal, esse é o terceiro post sobre a reciclagem de roupas em adaptações, sei que o post está meio atrasado, uma vez que fiquei devendo o da semana passada, mas o importante é que finalmente consegui fazê-lo.
No post de hoje vou abordar as versões de Persuasão. Então vamos ao que interessa!!
Sra Clay (Felicity Dean) em Persuasão (1995)
O vestido usado pela Sra Croft(Georgine Anderson)
na versão de 71
É visto em ‘Horatio Hornblower:Loyalty’
sendo usado pela Sra Mason (Barbara Flynn)
O bolerinho verde usado pelo ‘extra’ à direita
de Anne Elliot (Sally Hawkings)
Foi usado anteriormente em Vanity Fair (1998)
por Becky Sharp (Natasha Little)
O bolerinho cinza com gola aveludada
usado por Anne Elliot (Sally Hawkings)
Já tinha sido usado em Orgulho e Preconceito (1995)
por Kitty Bennett(Polly Marbely)
E também foi usado por Lisa Braund, participante
de Regency House Party (2004)
O chapéu de Louisa Musgrove (Jennifer Higham)
Já tinha sido usado na versão de Emma para tv por
Samantha Morton que interpretou Harriet Smitn
A capa usada pela Sra Smith (Maisie Dimbley)
na versão de 2007
Foi também usada na versão de 1995
pela Sra Clay (Felicity Dean)
E ainda mais uma vez na versão de Emma (2009)
pela Sra Bates(Tamsim Greig)
Bem, esse post termina aqui,
até a próxima semana!!
Deverá estar ligado para publicar um comentário.