A Editora Principis lançou também uma edição de Orgulho e Preconceito em 2017, medindo 23 x 16 cm. Entretanto, não consegui encontrar o nome do tradutor.
Resumo da editora:
A história de Orgulho e Preconceito gira em torno das cinco irmãs Bennet, que viviam na área rural do interior da Inglaterra, no século XVIII. Aborda a questão da sucessão em uma família sem herdeiros homens, dentro de uma sociedade patriarcal, onde o casamento era fundamental para as mulheres. Assim, quando um homem rico e solteiro se muda para os arredores, a vida pacata da família entra em ebulição.
Olá pessoal! Vocês estão sabendo que está rolando um sorteio em parceria com o Clube do Livro BH lá no Instagram? Em homenagem aos 200 anos de publicação de #Persuasão #Persuasion, iremos sortear dois livros!
Para participar vocês devem ler com cuidado as regras e seguir as orientações, depois é só comentar no ig do Clube do Libro BH.
Primeiro, temos a evidência das orações de Austen. Sua irmã, Cassandra, preservou as orações que Jane escrevia em suas devocionais noturnas. Elas falavam de um desejo fervoroso por Deus. Uma delas inicia-se assim:
Dá-nos graça, Deus todo poderoso, para orar a ponto de merecermos ser ouvidos, nos direcionarmos a ti com nossos corações, assim como com nossos lábios. Tu estás presente em todo lugar e nada a Ti está oculto. Que tal conhecimento possa nos ensinar a fixar nossos pensamentos em Ti, com reverência e devoção.
No clímax desta oração, Jane implora a Deus: “Desperta nossa percepção da Tua misericórdia na redenção do mundo”, e ainda “pela nossa própria negligência, desperdiçar a salvação que nos destes, nem sejamos cristãos apenas pelo nome.”
Qualquer tentativa de retratar Jane Austen como um frequentadora de igreja ou cristã nominal cai por terra. Era exatamente contra isso que ela orava.
A vida de Jane Austen
Segundo, temos evidências da vida de Jane. Como Irene Collins descreveu: “Nenhum biógrafo questionou a sinceridade de sua fé, a qual ela constantemente testemunhava e pela qual se fortificava durante sua dolorosa doença.”
Depois de sua morte, um de seus irmãos, que era sacerdote, descreveu-a como “completamente religiosa e devota” e nas ocasiões em que se ausentava dos cultos matutinos e vespertinos aos domingos, ela conduzia um culto à noite em sua casa.
O trabalho de Jane Austen
Temos também evidências em seus trabalhos publicados. Com certeza, Jane Austen não tinha medo de satirizar os sacerdotes. O Sr. Collins em Orgulho e Preconceito transbordava auto-justificação, adoração a uma classe social e falta de autoconsciência contra aquilo que Jane orava (“Oh, Deus, e nos salva-nos do engano da nosso orgulho e vaidade próprios”). Mas enquanto a incomparável popularidade de Orgulho e Preconceito fazem do Sr. Collins um dos sacerdotes mais famosos de Jane Austen, ele está entre os maiores exemplos positivos. Na verdade, os heróis de seus três romances — Edward Ferrars (Razão e Sensibilidade), Edmund Bertram (Mansfield Park), and Henry Tilney (Northanger Abbey) — estão buscando servir na igreja.
Mas talvez a mais sutil e convincente evidência se encontra em seu último romance publicado pouco depois de sua morte em 18 de julho de 1817, Persuasão, o qual mostra uma figura que idolatra a si mesmo:
Sir Walter Elliot, de Kellynch Hall, em Somersetshire, era um homem que, para sua própria diversão, nunca pegava outro livro senão o Baronetage; ali encontrava ocupação em seu tempo ocioso e consolação nas horas aflitas; (…) e ali, se houvesse alguma página que fosse insignificante, ele podia ler sua própria história com um interesse que jamais falhava.
A primeira sentença descreve em forma de paródia uma piedade puritana. O pai de Anne é descrito como um homem profundamente religioso, que restringe sua leitura a Bíblia, onde encontra consolo, ocupação e contentamento. Mais ao invés da Bíblia, Sir Walter constrói sua vida em torno do Baronetage — o livro que lista os nomes e biografias das classes altas. Na verdade, havia um baronete em particular que Sir Walter Elliot tinha fixação: “Essa era a página favorita a qual sempre estava aberta: ELLIOT OF KELLYNCH HALL.”
O herói de Sir Walter não era Jesus, mas ele mesmo.
Ansiedade em cultuar a si mesmo
Em seu vídeo, Allain de Botton observe que nós somos “a primeira sociedade que vive num mundo onde não cultuamos nada mais do que nós mesmos.” Ele aponta que isso cria uma ansiedade. Não podemos suportar a pressão de nos cultuar. Jane Austen, uma das escritoras mais bem sucedidas de todos os tempos, orava de forma rotineira: “Inclina-nos, ó Deus, a pensar de forma humilde a respeito de nós mesmos” e reconhecia diariamente “somos perdidos e dependentes.”
Alain de Botton nos convida a substituis as Escrituras peça cultura: “Obrigado Platão, obrigado Shakespeare, obrigado Jane Austen!” Mas Jane Austen, que emocionava nossos corações, encantava nossas mentes e mostrava os ideias platônicas na prosa, nos oferece um caminho diferente. Ela da forma a um crescimento cultural fértil em uma vida fundamentada nas Escrituras e na gratidão: “Obrigada Jesus, obrigada Cristo, obrigada Salvador.”
Em 2009 eu já escrevi sobre as preces escritas por Jane Austen – leia aqui. E também sobre Anglicanismo – leia aqui.
Para quem desejar se aprofundar mais sobre o assunto, há inúmeras publicações sobre Austen e religião:
A Revista Enunciação acabou de publicar um artigo de autoria de Marcos Balieiro com o título: ‘Sociabilidade, Sentimento e Formação: sobre as mulheres em Hume e em Jane Austen’.
Resumo:
Trata-se de comparar as perspectivas de Jane Austen e David Hume acerca da relação entre literatura e sociabilidade, especialmente no que diz respeito à formação do caráter das mulheres. Com isso, é possível mostrar que a literatura de Austen é pensada, em ampla medida, como resposta à maneira como a filosofia das luzes britânicas concebia a natureza e o caráter femininos, além de implicar uma recusa bastante contundente da tradição da galanteria.
Se me contassem há dez anos que eu estava prestes a criar o primeiro blog sobre Jane Austen em língua portuguesa e que ele se tornaria referência sobre a escritora no Brasil e até no exterior, certamente eu faria uma cara de espanto.
Com o objetivo de reunir apenas as poucas informações em nossa língua sobre Austen, decidi criar o Jane Austen Club para publicar as informações que eram sempre motivo de publicações e dúvidas no extinto Orkut. Naquela época, a comunidade Orgulho e Preconceito – em homenagem ao filme de 2005 – tinha mais de dez mil membros e eram bastante comum os membros publicarem suas dúvidas sobre quais eram os livros e quem os traduziu aqui no Brasil.
Assim começou a minha jornada digital como apreciadora da obra de Jane Austen e também como fã! Neste mês de fevereiro, o blog Jane Austen Brasil celebra dez anosde existênciae isso por si só já é um motivo tremendo para celebração!
Aguardem, ao longo desse ano farei vários sorteios para vocês leitores, amigos e companheiros de jornada nesse maravilhoso universo Austeneano.
Agradecimentos à Pollyana Coura que transformou minha ideia em banner para a nossa comunidade e fanpage no Facebook! Thanks my dear!
O Jornal o Globo divulgou novas fotos da próxima novela das 18:00 horas ‘Orgulho e Paixão’ baseada em quatro romances de Jane Austen: Orgulho e Preconceito, Abadia de Northanger, Emma, Razão e Sensibilidade.
Natália Dill já me encantou nessas duas fotos! Que sua Elizabeta (Elizabeth Bennet) seja ‘obstinate headstrong girl’!
Natália Dill como Elizabeta. Foto: Raquel Cunha / Globo
Foto: Raquel Cunha / Globo
De um lado, uma jovem camponesa que precisa aprender a se entregar à paixão. Do outro, um aristocrata que precisa vencer o orgulho e acreditar que o amor pode superar as diferenças sociais. Orgulho e Paixão, nova novela das seis da Globo, é baseada não em um, mas em quatro livros da escritora inglesa Jane Austen.
Com previsão de estreia em março deste ano, a novela escrita e dirigida por Marcos Bernstein traz os atores Nathalia Dill e Thiago Lacerda como os personagens Elisabeta e Darcy, casal protagonista da trama que se passa no início do século 20.
Mas ela é uma jovem com desejos de liberdade e não de casamento — comportamento que bate de frente com os planos de sua mãe, intepretada pela atriz Vera Holtz.
A matriarca vivida por Vera Holtz vai fazer de tudo para ver as filhas bem-casadas. Foto: João Miguel Júnior / GloboO ricaço Darcy, vivido pelo ator Thiago Lacerda, não esperava se encantar por uma camponesa. Foto: João Miguel Júnior / GloboGabriela Duarte integra elenco da novela. Foto: Mauricio Fidalgo / GloboVera Holtz e Tato Gabus Mendes contracenam como pais das cinco irmãs. Foto: João Miguel Júnior / GloboChandelly Braz vive Mariana, irmã de Elisabeta. Foto: João Miguel Júnior / Globo
A Lizz Betts publicou que está a pleno vapor a confecção da colcha em homenagem a Jane Austen! Eu tive o prazer de ser convidada pela Chawton House Museum para participar dessa homenagem maravilhosa! Para quem ainda não viu, clique aqui para maiores detalhes sobre a contribuição brasileira para o projeto Jane Austen Community Quilt. Veja o vídeo aqui, com maiores detalhes quadrado bordado por mãos mineiras enviado à Inglaterra!
Essa semana o pessoal responsável pela união dos quadrados enviados por pessoas do mundo inteiro estão juntando as peças para mais tarde unirem os pedaços e costurá-los em uma única colcha. Veja a contribuição da Jane Austen Brasil no final da imagem à direita (marcado em verde)
A Editora Nova Fronteira está lançando agora no início do ano mais uma edição de Orgulho e Preconceito, sob selo Clássicos de Ouro. Eu já solicitei informações a respeito do lançamento e tradutor para a editora e assim que souber informações publico aqui no para vocês.
Eu descobri esse lançamento por acaso, quando visitava o site da Livraria da Travessa. A previsão de entrega é 20 dias úteis e o preço… ah o preço… na promoção por R$ 14,90.
Acabo de ler que Ary Fontoura, veterano ator global, passou por um processo de envelhecimento para ‘entrar’ no personagem ‘Afrânio Cavalcante’, o conhecido Barão de Ouro Verde, um homem de aparência. A família do senhor está à beira da falência e ele insiste em esconder de tudo e todos.
Ema (Agatha Moreira) vive a neta apaixonada pelo avô e que desconhece a fase ruim que o Barão vive. Ema será a casamenteira oficial do fictício Vale do Café, vilarejo no interior de São Paulo. Pelo que tudo indica, Emma Woodhouse virou Ema Cavalcante e o personagem de Ary Fontoura, que deveria ser o pai de Ema, se transformou no avô. Diferentemente da história de Austen, Ema Cavalcante possilvelmente passará por problemas financeiros.
Ary Fontoura estará na novela Orgulho e Paixão. (Foto: Raquel Cunha/Rede Globo/Divulgação)
Mais informações sobre a trama da nova novela das 18:00, leia aqui no site TV Foco.
Vejam que capa linda! É o lançamento ‘Ordinary, extraordinary Jane Austen – the story of six novels, three notebooks, a writing box, and one clever girl’ – previsto para o dia 23 de janeiro, em sistema de pré-venda na Livraria Saraiva por 69,70 reais. A autora dessa biografia juvenil é Deborah Hopkinson, com ilustrações de Qin Leng, publicação da Editora Harper Teen USA.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.