Persuasão em versão latina

A leitora Maria Izabel Oliveira me enviou a notícia abaixo (do blog Televisa Brasil):

Carla Estrada pode produzir “Persuasión”

Carla Estrada
A produtora Carla Estrada já está buscando por sua próxima novela que será produzida em meados do ano que vem quando ela deixará a produção do programa matutino “Hoy”.
Com a novela “A La Luz del Ángel” vetada por conta de ter um custo muito alto a produtora de “Amor Real” e “Sortilegio” já está a procura de uma nova historia para produzir.
Entre as historias está a de “Persuasión” (“Persuasão”), da escritora inglesa Jane Austen, escrita entre os anos de 1815 e 1816, e que se trata de uma historia de época e que poderia ter a atriz Adela Noriega como protagonista.
 Adela Noriega (possível Anne Elliot) 
Mais informações, leia aqui.

Livros de 1853 para download

Mais uma vez apresento a vocês alguns livros disponiblizados pela University of Oxford. Desta vez é uma publicação de Northanger Abbey e Persuasion publicados em 1853 pela The Parlour Library.

Persuasão no Teatro

Segundo o site Going to Tahiti Productions

A peça estará em cartaz entre os dias 26 de junho a 8 de julho de 2012 no The Secret Theatre no distrito de Long Island em New York City (44-02 23rd Street, LIC, NY) . Curioso é que bem pertinho de onde morei na rua 34).

Abaixo, em ordem alfabética, os atores:

Dina Ann Comolli*,
Katharine McLeod*,
Mark Montague*,
Costa Nicholas,
Patrick Daniel Smith,
Jenny Strassburg*,
Brad Thomason*,
Ashley Wickett*

Direção de Jessica Ammirati 
Adaptação de Laura Bultman  
Alguns fotos do espetáculo:
 Anne Elliot (Jenny Strassburg)
Captain Wentworth (Patrick Daniel Smith) e Louisa Musgrove (Katharine McLeod)
 Mary Musgrove (Ashley Wickett), Charles Musgrove (Mark Montague) e Anne (Jenny Strassburg)
 
Se algum leitor deste blog estiver em Nova York durante este período, acho que é uma ótima oportunidade, clique aqui para comprar os tickets.  Maiores informações sobre a peça, clique aqui.

 

Abadia de Northanger e Persuasão no Teatro!

Acabo de saber de uma novidade: Abadia de Northanger e Persuasão serão apresentados no Teatro Mago Hunt Center da Universidade de Portland, Estados Unidos.

Persuasão foi adaptado por Connor Keens e as apresentações acontecerão entre os dias: 26 a 29 de junho, 3 / 5 / 9 / 12/ 17 e 18 de julho.

A Abadia de Northanger, também adapatdo por Connor Keens, terá apresentações nos dias: 1, 2, 4, 10, 11 e 19 de julho.

Os tickets custam entre 20 a 18 dólares.
Para maiores informações clique aqui.

Captain Wentworth’s diary (Amanda Grange)

Olá todo mundo! Meu nome é Natallie Chagas. Paraense, leitora inveterada, dona do blog Meu Cantinho Literário, leio de tudo um pouco. Apaixonada por Jane Austen faz algum tempo, tento transmitir essa paixão pela autora Pará afora. Como minha primeira contribuição ao blog, escolhi a resenha do livro Captain Wentworth’s diary. O motivo? Bom, leiam e vocês vão saber 🙂

Título: Captain Wentworth’s diary
Autora: Amanda Grange
Editora Berkeley Trade, 304p.

Anne, always Anne. 

 O jovem Frederick Wentworth conhece Anne Elliot em uma pequena reunião. Ele primeiro pensa que ela é dama de companhia de Elizabeth Elliot, mas logo descobre seu engano. Primeiro com a intenção de flertar com Anne (sem dúvida, penalizado com a situação da moça desconsiderada pelo pai e pela irmã), mas o jeito delicado de Anne o encanta. Encontros casuais fazem com que a afeição por ela cresça a cada dia. Nesse meio tempo, Lady Russel começa a perceber a (e desgostar da) atenção que Wentworth dá a Anne sempre que eles estão no mesmo local. Mesmo ciente desse fato, o então comandante resolve não desistir de Anne. Então, ele a pede em casamento. Anne aceita e seu pai consente (em termos não muitos amigáveis). A felicidade é enorme, até a moça cancelar tudo. Graças à Lady Russel. Wentworth a confronta, mesmo magoado. Ele parte. 
Anos depois, agora já capitão, Wentworth recebe um convite da irmã para se hospedar na casa dela, antiga propriedade de Sir Elliot. Suas lembranças afloram, e mesmo tentando parecer indiferente ao destino de Anne, ele não consegue segurar sua curiosidade. Ele fica feliz ao descobrir quem realmente é Mrs. Musgrove. Finalmente, eles se encontram novamente, mas tudo que Wentworth pode sentir é desgosto, pois Anne não demonstra mais ter todo o brilho que um dia ele conheceu. Vendo a constante desatenção sofrida pela moça, ele tem vontade de defendê-la. Mesmo conversando com outros e sendo requisitado por todos, sua atenção permanece com Anne. Wentworth começa a perceber que continua dedicando a moça os mesmos sentimentos de antes. Mais do que isso, seus sentimentos agora também são contraditórios: raiva, frustração, esperança. E ciúmes, muito ciúmes. Até finalmente perceber que Anne nunca saiu de sua cabeça e que ele continua querendo-a como esposa. 

Me surpreendi quando ele primeiramente pensou em Anne como um simples flerte. Mesmo que ele estivesse penalizado pela pouca consideração que o pai e a irmã tinham dela, fiquei com raiva porque isso não parecia um bom motivo para flertar (ato que eu considero, ao ler as novelas de Austen, como um homem querendo se divertir à custa dos sentimentos de uma jovem) e acabei me lembrando de Wickham e Willoughby. 
Outra coisa que me irritou terrivelmente foi Lady Russel. Mesmo que suas intenções tenham sido as melhores, já que Anne era muito jovem, não consigo deixar de pensar nos motivos que a levaram a aconselhar Anne a não se casar. No confronto que se segue, adoro a menção à inconstância de sentimentos femininos e masculinos, discussão em Persuasão que eu me derreto todas as vezes que leio. Outro ponto alto: Wentworth estava desesperançado com a inconstância de Anne e queria se apaixonar por uma jovem determinada. Achando que fosse encontrar isso em Louisa Musgrove, mais tarde percebe que uma determinação incansável pode não ser, afinal de contas, uma grande qualidade. Como se não precisasse de mais nada para ele direcionar seu pensamento para Anne. Também gostei de Amanda ter mantido Wentworth como o homem determinado e com os sentimentos intensos (os quais só temos real consciência na carta) que Jane Austen nos presenteia. Um livro muito bom, uma leitura maravilhosa. Muito recomendado.

O olhar de Anne Elliot

O seguinte guest post de Rita Paschoalin é sobre Persuasão!

Ironia. Essa é a primeira palavra que me vem à cabeça agora, poucas horas depois de concluir a leitura do delicioso Persuasion, da britânica Jane Austen. O livro me deixou com vontade de reler outros dois de seus romances – Pride and Prejudice e Sense and Sensibility – que li durante a faculdade, como tarefa de casa da disciplina Literatura Inglesa. Lembro-me de que gostei muito, especialmente de Pride and Prejudice, cuja leitura foi feita quase que inteiramente durante a madrugada que antecedia a avaliação (é, eu sei). A lembrança que tenho era de que, à medida que lia, lamentava não dispor de mais tempo para me envolver com a história, para apreciá-la com a atenção devida. Normalmente sou uma leitora lenta e nunca perdi a impressão de que li Pride and Prejudice aos trancos e barrancos. E acabei nunca lendo nada da Austen outra vez. Agora, depois de Persuasion, tenho motivos para revisitar o que já li e para degustar outras obras suas.
Persuasion foi o último romance escrito por Austen, só publicado após sua morte. Vejo várias razões para indicar o livro: a escrita de Austen nos conduz de um parágrafo a outro sem grandes percalços, tudo fluindo suave como em um bom filme de época (sério, com um pouquinho de esforço a gente ouve a trilha de violinos), com personagens muito bem construídos que saltam das páginas em diálogos absolutamente perfeitos. Se eu soubesse escrever diálogos assim, ah (suspiro longo), não seria blogueira, obviamente. E é ali, nas falas dos Elliots, Musgroves e Crofts que a ironia refinadíssima de Austen nos abraça de vez e não conseguimos mais parar de ler. Em Persuasion, várias famílias se cruzam em relações sociais construídas sobre valores que, aos olhos da protagonista Anne Elliot, não poderiam ser mais equivocados: os nomes, as tradições, os títulos, tudo que compõe as altas rodas sociais dos confins da Inglaterra no final do século XVIII e início do século XIX tem primazia sobre sentimentos e caráter, retidão e sensibilidade. O olhar de Anne é aguçado, seu coração é generoso e seus valores vão muito além da superficialidade que ronda sua família e seu círculo social. O desconforto é maior ou menor, dependendo das circunstâncias, claro, mas ela carrega consigo o peso de ter tido sua vida marcada, talvez de maneira irreversível, pelos mesmos valores que tanto questiona. A história começa oito anos após Anne ter rompido com o amor de sua vida, Frederick Wentworth, graças aos apelos de sua família que não via nele alguém “à altura” de uma Elliot. Agora, com as finanças da família Elliot em apuros, Wentworth volta à cena e Anne tem a chance de fazer valer os valores em que acredita – resta saber se os sentimentos de Wentworth ainda resistem depois de tanto tempo – tchan-ans!
O forte de Persuasion, repito, está nas falas das personagens, que deixam transparecer a mesquinharia, a superficialidade, a boa e velha falta de noção de quem acredita que o mundo é feito apenas de rendas e títulos. Mas também há aqueles trechos descritivos em que Austen nos mostra a alma de suas personagens, com aquela sutileza em que a boa literatura é, via de regra, tão generosa; como quando Anne, para fugir dos diálogos insuportáveis durante os inevitáveis saraus noturnos, entrega-se ao piano. Ela sabe que ninguém está realmente ouvindo o que ela toca, que sua presença ali sequer é devidamente notada; mas mergulhada na melancolia que a cerca desde a separação de seu amor, há tantos anos, Anne já se vira bem sozinha:
“She knew that when she played she was giving pleasure only to herself; but this was no new sensation.”
Anne parece mesmo estar sozinha o tempo todo. As pessoas com quem convive enxergam prazer onde ela vê desgosto, regozijam-se naquilo que a enfada. Em certo momento, seu primo, Mr. Elliot, tenta fazê-la ver que, ainda que família tal não tenha lá muitos atrativos, são pessoas de valor pelas relações sociais que mantêm. A reposta de Anne é um retrato de sua personalidade:
“My idea of good company, Mr. Elliot, is the company of clever, well-informed people, who have a great deal of conversation; that is what I call good company.”
É uma delícia (daquelas de rir alto) quando Jane Austen aproxima em sua trama esse disparate de visões de mundo. Em certo momento, a irmã de Anne, Elizabeth, encontra-se maravilhada pela aproximação com a nobreza local, enquanto Anne festeja intimamente um breve encontro que acabara de ter com seu querido Wentworth. Ambas estão felizes, mas as motivações para essa sensação têm natureza tão distinta que seria justo se houvesse palavras diferentes para descrevê-las. Austen fala assim:
“… it would be an insult to the nature of Anne’s felicity to draw any comparison between it and her sister’s; the origin of one all selfish vanity, of the other all generous attachment.”
Quando a gente já ama Anne completamente, Austen ainda lhe confere certos traços feministas (claro, estamos falando do final do século XVIII). Imaginando as circunstâncias que cercavam aquelas mulheres, naquela época, acho um trunfo que a personagem perceba que sua visão de mundo e sua relação com os sentimentos amorosos sejam fruto do confinamento em que elas viviam, enquanto os homens desbravavam o mundo em seus navios. Na reta final da história, Anne questiona as afirmações categóricas de seu amigo Captain Harville sobre a inconstância dos sentimentos femininos. Quando Harville cita o fato de que qualquer livro que se abra dirá algo sobre “woman’s inconstancy”, Anne rebate:
“… if you please, no reference to example in books. Men have had every advantage of us in telling their own story. Education has been theirs in so much higher a degree; the pen has been in their hands. I will not allow books to prove anything.”
Como não torcer por Anne? Muito amor pela Jane Austen.

Rita, eu sou suspeita para falar de Anne Elliot já que Persuasão é o meu livro favorito…. E vocês leitores? Concordam com a Rita?

Persuasão no Teatro

Esteve em cartaz entre os dias 16 de março a 1o de abril deste ano, uma peça baseada na obra ‘Persuasão‘ de Jane Austen no Teatro T. Earl And Kathryn Pardoe da Universidade Brigham Young em Utah, Estados Unidos.

Da esquerda para a direita: Elise Osorio como Henrietta Musgrove, Eliot Wood como Captain Wentworth, Christie Clark como Louisa Musgrove, Anna Hargadon como Anne Elliot
Anne Elliot e Capitão Wentworth

Áudio Livros – Audio Books

O site Castlibrary está com uma oferta em áudio books de Jane Austen. Os livros são narrados e o comprador poderá baixá-los diretamente para seu computador e dispositivos eletrônicos. Algumas coleções existem também em formato tradicional, em formato CD, e estão à venda no Site Amazon. Entretanto, a dirença está no preço, para fazer o download você pagará cerca de 7,98 dólares, enquanto que para adquirir os CDs você pagará muito mais.
A Castlibrary tem outras coleções. Veja as que eu selecionei abaixo:
Clique em cada áudio livro para maiores detalhes:
Veja aqui a lista completa de áudio books.
Logo no início deste blog, em 2008, eu fiz uma série de posts sobre um projeto chamado Librivox, onde voluntários gravaram os livros de Austen em formato digital, todos disponíveis para download gratuito.

Tinker, Tailor, Soldier, Spy – 2011

Oi, como vão vocês? =D Quem escreve este post é a Priscila Murlik.
Tinker, Tailor, Soldier, Spy – que foi traduzido para português como ‘O espião que sabia demais – é baseado em um romance britânico de espionagem escrito por John Le Carré em 1974.   
O thriller foi dirigido por Tomas Alfredson e tem rostos muito conhecidos por nós! Entre eles está o Colin Firth (Pride & Prejudice 1995), Ciáran Hinds (Persuasion 1995) e Mark Strong (Emma 1997). Sem contar outros grandes atores como Gary Oldman (Bram Stoker’s Dracula e Harry Potter) , Tom Hardy (Inception) , Keanu Reeves (Matrix, entre tantos outros) e Ralph Fiennes(Wuthering Heights, Harry Potter, entre tantos outros). Como vimos o elenco é ótimo!!
Sinópise: A trama se passa durante o pós-guerra fria e gira em torno de um detetive-espião pertencente à patente mais alta do Serviço Secreto da Inteligência Britânica.
Quem tiver interesse em ler o livro, tem uma ótima resenha no Skoob sobre ele!
O filme tem sua estréia original marcada para dia 16/9/2011, porém não encontrei nenhuma data de confirmação para o Brasil! 😦
Segue algumas fotos da gravação do filme:

Vou ficar aguardando o trailer, quando receber mais noticias sobre o filme aviso vocês!!

E se vocês souberem de mais alguma coisa sobre o filme ou o livro, comenteem!

Beijos,


Priscila Murlik

Roupas Recicladas em Adaptações Parte 3

Bem, pessoal, esse é o terceiro post sobre a reciclagem de roupas em adaptações, sei que o post está meio atrasado, uma vez que fiquei devendo o da semana passada, mas o importante é que finalmente consegui fazê-lo.

No post de hoje vou abordar as versões de Persuasão. Então vamos ao que interessa!!

Sra Clay (Felicity Dean) em Persuasão (1995)

Veste a mesma roupa usada pela
Sra Kirkpatrick (Francesca Anis) em ‘Wives an Daughters'(1999)

E ainda no mesmo ano em ‘David Copperfield’,
é usado pela atriz Emilia Fox, que interpreta Clara Copperfield

O vestido usado pela Sra Croft(Georgine Anderson)
na versão de 71

É visto em ‘Horatio Hornblower:Loyalty’
sendo usado pela Sra Mason (Barbara Flynn)

O bolerinho verde usado pelo ‘extra’ à direita
de Anne Elliot (Sally Hawkings)

Foi usado anteriormente em Vanity Fair (1998)
por Becky Sharp (Natasha Little)

O bolerinho cinza com gola aveludada
usado por Anne Elliot (Sally Hawkings)

Já tinha sido usado em Orgulho e Preconceito (1995)
por Kitty Bennett(Polly Marbely)

E também foi usado por Lisa Braund, participante
de Regency House Party (2004)

O chapéu de Louisa Musgrove (Jennifer Higham)

Já tinha sido usado na versão de Emma para tv por
Samantha Morton que interpretou Harriet Smitn

A capa usada pela Sra Smith (Maisie Dimbley)
na versão de 2007

Foi também usada na versão de 1995
pela Sra Clay (Felicity Dean)

E ainda mais uma vez na versão de Emma (2009)
pela Sra Bates(Tamsim Greig)

Bem, esse post termina aqui,
até a próxima semana!!