Conversas sobre Jane Austen em Bagdá‏

Segundo o blog Beco Cultural, a Editora Reler publicará o livro Talking about Jane Austen em Bagdhdad (Conversando sobre Jane Austen em Bagdá), escrito por Bee Rowlatt e May Witwit, ainda neste semestre.
De acordo com o site da Reler Editora:
May é uma iraquiana de origem suni-xiita que mora em Bagdá, se esquiva dos tiros antes do café da manhã, regateia sapatos de salto alto nos bazares bombardeados e foge dos bloqueios para encontrar suas alunas nas aulas sobre Jane Austen.
Ela também é uma falante compulsiva e fumante inveterada, além de conferencista em inglês.
Bee, entretanto, é uma londrina, mãe de três meninas, que luta contra a catapora dos filhos, foge dos encontros da Associação de Pais e Professores e faz acrobacias entre o trabalho e a família; isso quando não se vê discutindo com o marido que, se não está viajando, deixa suas meias espalhadas pela casa.
May e Bee não deveriam ter nada em comum, mas quando um simples email as une, elas descobrem uma amizade que supera todas as suas diferenças de cultura, religião e idade.
Conversando sobre Jane Austen em Bagdá é a história de duas mulheres que partilham risos e choros, e trocam confidências, sonhos e medos.
Entre as granadas explodindo, elas fofocam, brincam e contam segredos. E também traçam um plano engenhoso para ajudar May a escapar dos bombardeios, em Bagdá…

Dicas para conservar seus livros!

Olá a todos! Aqui é a Priscila Murlik!
Nós, amantes de livros, sempre tentamos conservá-los e mantê-los arrumadinhos né? Afinal, pra alguns, são praticamente da família. 🙂
Foto retirada do blog Jane Austen Portugal http://janeaustenpt.blogs.sapo.pt/
Mas então, no blog Livros e Afins o Alessandro Martins nos mostrou 21 dicas para conservarmos nossos livros e biblioteca!
 Segue abaixo as 21 dicas:
1. Grandes quantidades de livros são pesadas. Dê atenção a espessura das prateleiras;
2. O livro deve ser constantemente manuseado. O virar das páginas oxigena o material, impede a acumulação de microrganismos que atacam o papel e colabora para que as folhas não fiquem ressecadas e quebradiças;
3. Folheie rapidamente, mas cuidadosamente, o livro sempre que for colocá-lo de volta na prateleira. Isso vai arejá-lo;
4. Não guarde os livros acondicionados em sacos plásticos, pois isto impede a respiração adequada do papel;
5. Evite encapar os livros com papel pardo ou similar. Essa aparente proteção contra a poeira causa, na realidade, mais dano do que benefício ao volume em médio e curto prazo. O papel tipo pardo, de natureza ácida, transmite seu teor ácido para os materiais que estiver envolvendo (migração ácida);
6. Faça uma vistoria anual. Retire todos os livros, limpe-os com um pano seco. Limpe a estante com um pano úmido. Evite passar produtos fortes do tipo lustra-móveis, já que seus resíduos podem infiltrar no papel;
7. Deixe sempre um espaço entre estantes e parede. A parede pode transmitir umidade aos livros. E, com a umidade, surgem os fungos;
8. Armários e estantes devem ser arejados. Estantes fechadas devem ser periodicamente abertas;
9. Estantes de metal são preferíveis do ponto de vista da conservação dos livros;
10. Não use clipes como marcadores de páginas. O processo de oxidação do metal mancha e estraga o papel;
11. Em estantes de madeira, pense em revestir as prateleiras com vidro. Não use tintas a base de óleo;
12. Bibliotecas devem ser freqüentadas. Nem pense em porões. Baixa freqüência de pessoas aumenta a insidência de insetos. Considere um tratamento anual contra traças;
13. Não guarde livros inclinados. Aparadores podem mantê-los retos;
14. Encadernações de papel e tecido não devem ser guardadas em contato direto com as de couro;
15. Na prateleira, os livros devem ficar folgados. Sendo fáceis de serem retirados, duram mais. Comprimidos nas prateleiras, induzem a sua retirada de maneira incorreta, o que danifica as lombadas e fatalmente leva ao dano da encadernação. Livros apertados também favorecem o aparecimento de cupins;
16. Quando tirar um livro da prateleira, não o puxe pela parte superior da lombada, pois isso danifica a encadernação. O certo é empurrar os volumes dos dois lados e puxar o volume desejado pelo meio da lombada;
17. A melhor posição para um livro é vertical. Livros maiores devem ter prateleiras que permitam isso. Em último caso deixe-os horizontalmente, tomando-se o cuidado de não sobrepor mais de 3 volumes;
18. Luz do sol direta nem pensar. O sol desbota e entorta as capas;
19. Se for um livro antigo ou de algum outro valor ou de maior sensibilidade, lave as mãos antes de folheá-lo, já que mãos engorduradas contribuem para a aceleração da decomposição do papel. Evite umedecer as pontas dos dedos com saliva para virar as páginas do livro;
20. Ao ler um livro, evite abri-lo totalmente, como por exemplo, em cima de uma mesa. Isto pode comprometer a estrutura de sua encardenação;
21. Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado.

Esperam que tenham gostado!

Abraços,

O oponente: amor e posse em Jane Austen

Ontem eu descobri um blog interessantíssimo que vale à pena indicar: Na linha, escrito por Márcia Caetano. Como a própria Márcia disse, é um blog para quem gosta de literatura, cinema e música.
Márcia faz uma análise sobre amor e posse na obra de Austen. Segundo Márcia, sua intenção é falar:

“Não apenas o rival amoroso, mas aquele que precisa (?) ser mais: o inimigo da própria alma, aquele que costuma dar pimenta à história, render páginas e páginas a mais e tirar o sono do protagonista mais sóbrio, em suma, o canalha necessário.São aqueles que aparecem sutilmente quando o livro está andando, quase que imperceptivelmente e tomam conta da trama. São os excelentes e bem elaborados oponentes de Jane Austen. Sem eles, muitos livros da autora – senão todos – correriam o risco de ficar em um embate entre os sexos.”

Abaixo os posts escritos por Márcia. Clique em cada um dos links abaixo, pois eu só apresento um parágrafo resumindo de cada post.
William Elliot (Tobias Menzes) X Capitão Wentworth (Rupert Penry-Jones)

“A entrada estratégica e fundamental de William Elliot na história irá marcar uma reviravolta, não apenas no jeito que Wentworth age em relação à Anne, mas também como ela própria passa a mostrar um caráter mais decidido, afinal, ela está “insuflada” não apenas pelo vento, mas pela admiração deste que se julga ser um cavalheiro qualquer.”

“Em resumo, a função de William Elliot em Persuasão é bem clara: aproximar velozmente Anne de Frederick. Este, ao vê-la praticamente perdida nos braços do primo, revive todo o amor do passado. Ela, ao receber uma atenção especial do primo e voltar a ter diante de si uma perspectiva que tinha abandonado há muito tempo: a de se casar e de se tornar legítima herdeira da mãe, adquire a auto-confiança e o brilho necessários para a reconquista do seu Wentworth. O interessante é toda a construção de William como um jovem sensato, um cavalheiro, excelente sobrinho e pessoa de bom senso (já que corteja Anne e não Elizabeth) é virada do avesso, como acontece com vários oponentes de Jane Austen.” 

Wickham (Ruppert Friend)

“A função deste oponente é também aproximar os protagonistas, porém não se colocando como possível par amoroso (como é o caso de William Elliot), mas evidenciando os erros de juízo do casal. Lizzy percebe que se deixou levar durante muito tempo pelas aparências, favorecendo em seu julgamento aquele que acreditava a ser o menos afortunado, o mais franco, cavalheiro e doce dos dois; e Darcy percebe que julgava poder tê-la só para si, isolada da sociedade e da família de onde vinha, trazendo apenas seus dotes genéticos à linhagem dos Darcy.”

Willoughby (Greg Wise) e Marianne Dashwood (Kate Winslet)

“A questão que fica é: por que Jane Austen fez desse personagem tão maravilhoso um oponente, enquanto o Coronel Brandon é – assim como Elinor – alguém que age subliminarmente, nas sombras, em suma, tão apagado, comparado com o brilhante John Willoughby? Por que justamente Marianne foi a escolhida para se casar com o homem mais sensato de toda a história?”

Elinor Dashwood (Emma Thompson) e Lucy Steele (Imogen Stubbs)
“Comparativamente aos outros oponentes citados nessa série, Lucy Steele parece ter menos influência sobre Elinor e Edward Ferrars do que aquela que ocorre com outros protagonistas. Levada por estas impressões, confesso que fiquei refletindo se estaria certo incluí-la entre a lista dos oponentes, uma vez que está claro que estas figuras surgem nos romances de Austen com a função de formar tramas paralelas ou contrárias à narrativa principal. (…) Tendo em vista o exposto, revi o seu caso e percebi o quanto eu estava errada e que, sem sombra de dúvida, deveria incluir Lucy Steele na lista dos oponentes de Austen. Pelas seguintes razões: ao surgir na trama e perceber que Elinor é querida por Edward, Lucy, em sua própria defesa, adota uma estratégia de guerra que envolve uma série de passos que irão desestabilizar tanto Elinor quanto Edward – que inclusive adia a visita à família das Dashwood com receio de se expor. Além disso, Lucy vai praticamente testar TODO o bom-senso e (até) sangue-frio de Elinor, que precisa mostrar uma coisa que não sente, participar como confidente de uma história que desejaria não conhecer e oferecer um exemplo de auto-controle à Marianne – afinal, ALGUÉM tem que fazer isso! Sem comentar o desenlace final, em que Lucy, persistente na sua ambição de subir nos degraus da escala social, dá um golpe fatal e muda de foco na família Ferrars. É preciso admitir que a moça é coerente e persistente com suas metas, do início ao fim (ao contrário de Willoughby, por exemplo, que acaba se envolvendo de fato com Marianne).”
Os posts de Márcia nos deixam com água na boca e gostinho de quero mais! Por favor, Márcia, escreva mais sobre Austen!

Lançamentos

A Editora Penguin, do Reino Unido, lançou uma coleção de livros chamada Penguin Classics RED. Trata-se de um projeto onde 50% das vendas destes livros serão enviadas para o fundo global de ajudar para eliminar a AIDS na África. Os primeiros livros são: Dracula (Bram Stocker), Notes from the underground (Dostoyevsky), Great Expectations (Charles Dickens), The House of Mirth (Edith Warthon),  The secret agent (Joseph Conrad), The Turn of the Screw (Henry James) e Thérèse Raquin (Émile Zola). Através de voto dos leitores do site, o livro escolhido para lançamento em dezembro será Wuthering Heights (Emile Bronte). Os outros livros que participaram da votação foram: Lady with the Little Dog, Silas Marner, Sentimental Education, Sons and Lovers, Little Women, Kidnapped e Vanity Fair. Mas como as capas destes livros já estão disponíveis no site, creio que eles os lançarão em breve. Resta a pergunta que não quer calar… quando publicarão os livros de Jane Austen? Agora é esperar a editora responder meu e-mail.

Lançamento de dezembro/2010
 
Para conhecer um pouco sobre o Projeto Red, assista ao vídeo abaixo:
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A Editora LP&M lançou Assassinato no Expresso Oriente, seguido de Morte no Nilo em quadrinhos. A nova versão dos livros de Agatha Christie foi traduzida por Alexandre Boide.
Para quem não conhece a obra de Agatha, aqui está um resumo que copiei do site da editora:

“Assassinato no Expresso Oriente e Morte no Nilo: duas das histórias policiais mais celebradas de Agatha Christie estão aqui reunidas, em formato de gaphic novel, adaptadas pela dupla François Rivière e Solidor. Publicados originalmente em 1934 e em 1937, os dois romances estão entre os mais famosos protagonizados por Hercule Poirot , um dos maiores personagens da Rainha do Crime. Neste volume, o detetive belga vê-se às voltas com crimes praticados nos cenários mais exóticos: a bordo do Expresso Oriente, luxuoso trem que liga Paris a Istambul, e, em seguida, no Egito, terra dos faraós – e justo durante suas férias…”

Box Jane Austen Trilogy

Jane Austen Trilogy é uma caixa com três DVDs de documentários sobre a vida e a obra de Jane Austen. Produzidos pela Artsmagic e dirigido por Liam Dale em 1997, cada documentário aborda um tema diferente: o primeiro, Jane Austen’s Life, fala da vida da escritora, mostrando os lugares onde esteve, como Steventon e Bath. O segundo, Jane Austen’s Works, enfoca separadamente cada obra da autora, explorando fatos e lugares que possivelmente inspiraram Jane a escrever seus livros. O último, Jane Austen’s Society, apresenta a época em que Jane viveu, os costumes, a maneira de pensar, a arquitetura, a religião, a música, o movimento Romântico, assim como as personalidades históricas do período da Regência.


A produção dos documentários é bastante simples e sem muita dinâmica, no entanto, valem a pena por serem muito informativos. Infelizmente, nenhum deles possui legendas, mas creio que quem tiver um inglês intermediário não terá grandes dificuldades, já que a dicção do narrador é muito boa.

Edições japonesas

Visitando a página da Amazon japonesa, encontrei algumas edições de DVDs e livros de Jane Austen publicadas no país. Por causa da barreira linguística não pude obter maiores informações sobre os DVDs, portanto, não posso dizer se diferem das edições inglesas e americanas:

E para quem gosta de colecionar diferentes edições dos livros de Jane Ausen existem várias no mercado editorial japonês, mas selecionei apenas as que achei mais interessantes:


Orgulho e Preconceito


Emma


Razão e Sesibilidade, Mansfield Park, Persuasão e Northanger Abbey

II Encontro Nacional da JASBRA – Parte II

Dando continuidade à série de posts sobre o II Encontro Nacional da Jane Austen Sociedade do Brasil, hoje apresento o vídeo exclusivo que a escritora Lynn Shepherd gravou para nós fãs brasileiros de Jane Austen. Lynn fala de seu novo livro ‘Assassinato em Mansfield Park’ (Murder in Mansfield Park), onde a história é narrada sob o ponto de vista de Mary Crawford. Espero que gostem! As legendas estão em português e é fruto do trabalho de Eveline Gomes e Luciana Viter. Meninas, muito obrigada!
Lynn Shepherd é Doutora em Literatura pela University of Oxford
Lynn, we would like to thank you for this such wonderful video! All participants of the JASBRA’s II National Meeting really enjoyed to know more about your book and your interesting idea to write a book using a different point of view! Thanks a lot! We wish you lots of success! And we hope that a brazilian edition of your book comes soon!

Exposição de livros que foram lidos por Jane Austen

Godmersham Park Library
Segundo informação de @pemberleydotcom via Twitter, nos dias 7 e 8 de outubro de 2010 será realizada a exposição Jane Austen’s Reading at Chawton and Godmersham Park, que irá mostrar uma coleção de livros que Jane Austen leu entre os anos de 1809 e 1917, em especial, livros que pertenceram à Godmersham Park Library, em Kent, cujo dono era Edward, irmão da escritora.
Chawton House Library
Os livros pertencem agora à Chawton House Library (antiga Chawton Great House – um solar elisabetano a cinco minutos de Chawton House – onde Edward e seus filhos passavam o verão), e por somente três dias estarão expostos em Godmersham Park, juntamente com uma série de manuscritos. Haverá, ainda, no dia 9 do mesmo mês, três palestras que terão como temas os livros que a escritora leu, a história dos pocket books e os leitores de Jane Austen que viveram de 1811 a 1945.
O flyer em inglês da exposição pode ser visualizado aqui.

The Jane Austen Digital Library

A notícia foi publicada no AustenProse por Laurel Ann e divulgo aqui um resumo:

The Jane Austen Digital Library (Biblioteca Jane Austen Digital) é um site criado por Kristin Whitman, uma estudante de Mestrado em Ciência da Informação da  Rutgers University, inclui uma coleção de recursos gratuitos da internet a respeito de Jane Austen, suas obras, vida e impacto sócio-cultural. Na página principal onde há um mecanismo de busca contém: os livros de Austen em formato digital, textos sobre análises críticas e uma lista de blogs a respeito da autora.

Leia o restante do post de Laurel Ann aqui.

Pride and Prejudice – Edição de Luxo

No ano passado eu comprei a edição de luxo de Orgulho e Preconceito da Penguin Classics. A capa é muito bonita e as orelhas do livro foram ilustradas também (conforme mostrarei nas imagens abaixo). Porém, ao receber o livro percebi que ele veio com defeito de fabricação, tentei entrar em contato com a Fnac por diversas vezes e só hoje recebo a notícia que eles farão a troca do livro após eu enviá-lo para a livraria. Detalhe: mais de um mês após a compra do livro! Vamos ver se eles devolvem uma edição decente.

Mas agora vamos falar do livro, vejam como é lindo!
Frente – capa extendida
Verso – capa extendida
Detalhes
Introdução
Ruben Toledo, o ilustrador, nasceu em Cuba em 1961, fez diversas ilustrações para as revistas Vogue, Harpers’ Bazar, The New Yorker, Visionaire, Paper, Interview e The New York Times, entre outras capanhas publicitárias. Ruben Toledo é casado com a desinger Isabel Toledo, cujo vestido foi escolhido por Michelle Obama na posse do presidente Barack Obama.
Agora os defeitos…
Vejam como as folhas estão irregulares, parecem dentinhos pontiagudos!