Encontro JASBRA no Recife – fotos

Pessoal, o Encontro JASBRA em Comemoração aos 235 anos de nascimento de Jane Austen em Recife foi um sucesso! As meninas já me enviaram as fotos e apresento abaixo algumas. Parabéns Janeites!
Aproveito o post para agradecer à Livraria Saraiva por ceder o espaço e nos prestigiar com a recepção calorosa! Contamos com a participação de Terry Hubener – representante da JASNA regional Flórida!
Terry Hubener  (JASNA – Flórida) nossa convidada de honra
JASBRA e JASNA reunidas!
Livros e DVDs
Debate
Sorteio
Luana Campelo (nossa mascote no Recife)
Almoço e presentes
Aguardem os próximos posts pois divulgaremos as fotos dos outros encontros JASBRA!

Jane Austen não sabia escrever?

Após ler várias vezes as mensagens do google alerta e também após receber um aviso por e-mail das amigas Raquel Oliveira e Luciana Campelo, resolvi escrever sobre uma notícia que a mídia (inclusive brasileira) resolveu espalhar na internet como se fosse o achado do século. 
Vejam as manchetes das nossas digníssimas mídias brasileiras, que só copiaram o que saiu na AFP (Fonte de notícias internacionais):
Este é o pior, pois utiliza uma imagem da PBS (rede de TV), como se fosse a faculdade de Oxford ou algo parecido…. – Escritora Jane Austen era péssima em ortografia”, diz especialista de Oxford (Correio do Povo)

Manchetes internacionais:

Jane Austen’s notes ‘messy’ (Stuff da Nova Zelândia)

Pride, prejudice and poor punctuation (The Guardian do Reino Unido)

Este último ao menos citou os exemplos da fala da pesquisadora que estudou mais de 1000 manuscritos de Austen. Farei meu comentário a seguir. Porém, eu gostaria de falar um pouco sobre a função da pesquisa acadêmica antes!

Em defesa da pesquisa acadêmica

Muitas pessoas, acham que as pesquisas acadêmicas são unanimidades e fatos consumados. Ora, a ciência não é exata! Quando uma pesquisadora da Faculdade de Letras, em 1998, pesquisou a utilização de cê e ocê pelos mineiros da capital, ela apenas estava fazendo um levantamento dos usos destas palavras para substituir a palavra você. Jânia Marinho chegou a conclusão de que muitos universitários usavam ‘cê’ (Cê vai lá em casa hoje), enquanto as pessoas com um nível escolar inferior usavam mais ‘ocê’ (Ocê é de Belo Horizonte?). Nem por isso a pesquisadora quis dizer que quem usava/usa estas variações de palavras é analfabeto ou iletrado. A pesquisa serviu para clarear algumas coisas, mas sequer afirmar que todos os unviersitários dizem assim ou assado. Entendem agora, qual é o objetivo de uma pesquisa acadêmica? É mostrar a realidade daquele determinado momento, espaço pesquisado. A pesquisa acadêmica não faz generalizações se se concentra apenas em um grupo pesquisado.
Para conhecer uma pesquisa de doutorado de Edenize Ponzo Peres, orientada por Júnia Marinho, a respeito ‘O Uso de Você, Ocê e Cê em Belo Horizonte: Um Estudo em Tempo Aparente e em Tempo Real’ clique aqui – no banco de dados de teses e dissertações da UFMG.
O trabalho de Kathryn Sutherland
A pesquisa da Professora Kathryn Sutherland da Faculdade de Língua e Literatura da Universidade de Oxford. Para quem não conhece Kathryn, ela é autora de Jane Austen’s Textual Lives (2005)
Leia aqui uma resenha do livro, escrita por Laurie Kaplan para o JASNA News em 2007.
Leia aqui o artigo completa da Oxford University: Austen’s famous style may not be hers after all
Discussão sobre a pesquisa de Kathryn
Abaixo, vocês poderão ler alguns trechos que traduzi do artigo publicado pela Oxford University.
A verdade universalmente reconhecida – A prosa polida de Emma e Persuasão foi produto da intervenção de um editor, descobre uma pesquisadora da Universidade de Oxford.
Minha pergunta: alguém, mesmo nos tempos de Austen, publica um livro sem revisão ou sem autorização do editor?

A pesquisa de Kathryn Sutherland foi baseada em um estudo de 1100 páginas manuscritas por Jane Austen, ainda não publicadas.Estes manuscritos fazem parte da herança que Cassandra Austen (irmã da escritora) deixou em 1845. A professora Sutherland afirmou: “É amplamente difundido que Austen tinha um estilo perfeito – seu irmão Henry, em uma fase muito conhecida, disse, em 1818: “Tudo foi editado por Austen” e muitos estudiosos compartilham esta visão ainda hoje. Após a leitura dos manuscritos, Kathyn pode perceber que toda essa perefeição na existia. “Pude perceber muitos erros, correções e até manchas. Ela passou por cima de muitas regras de escrita da língua inglesa. Especialmente em Emma e Persuasão, podemos ver que a pontuação tão cuidadosa não estava presente nos manuscritos.”
Minha pergunta: Estão acusando Austen de escrever manuscritos e deixá-los com marcas de correção e sujeiras de tinta? Ora, naquela época o papel custava caro, não se faziam bolas de papel e simplesmente as jogavam no lixo só porque erraram uma linha do texto. E se este manuscrito conter apenas a primeira de algumas versões? Só eu sei o quanto sofri  ao traduzir Mansfield Park, porque recebi a versão de 1814 (só fiquei sabendo disso após o livro ser publicado), sendo que a atual corrigida e modificada por Jane Austen e Chapman é a de 1816.  

A professora Sutherland acrescenta: “Isto sugere que alguém esteve bastante envolvido no processo de edição que houve até a versão final (a impressa) dos livros. Além de cartas entre o John Murray II (dono da editora) e o editor William Gifford, onde o John salientava a necessidade de correção nos escritos de Austen. John Murray II, que também publicou obras de Byron, publicou os livros de Austen nos últimos dois anos da carreira de apenas 7 anos de livros publicados de Austen, tendo publicado: Emma, a segunda edição de Mansfield Park (1816) e Persuasão. A professora Sutherland explica: “Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e a primeira edição de Mansfield Park (1814) não foram publicações de Murray e foram previamente vistas por alguns críticos como exemplos de péssima escrita – na realidade, o estilo de escrita destes romances ficam muito próximos dos manuscritos de Austen!”
Ao estudar os manuscritos não publicados de Austen pela primeira vez, ofereceu uma oportunidade para a Professora Sutherland ficar mais íntima dos talentos da escritora. Sutherland diz: “os manuscritos de Austen revelam que ela era uma escritora inovadora e que gostava de experimentar, constantemente tentando novas coisas, demonstrando que ela era muito melhor em diálogos e conversas do que no estilo descritivo“. “Além de tudo, ela é uma romancista cujo siginificantes efeitos podem ser observados em diálogos e representações dramáticas dos personagens através da fala. Os manuscritos estão sem parágrafos, fazendo com diferentes falas se misturem umas às outras; palavras sublinhadas e uso aleatório de letras maiúsculas nos dão a direção de que são palavras ou frasese que deveriam ser falas.”… “Certamente estes manuscritos mostram uma outra face de Austen, bem diferente da que vimos e lemos nos livros publicados.”
Isto então a torna menos gênio do que é?” – pergunta a professora Kathryn e em seguida ela mesmo responde: “Eu creio que não, de fato, isso a torna ainda mais interessante, e muito mais moderna e inventiva do que pensávamos.” “O estilo de austen é muito mais íntimo e relaxado, tende mais para o lado da conversa.” … “Sua pontuação é muito mais desleixada, muito parecida com a que os nossos alunos fazem e insistimos para que eles não o façam.”…. “Jane usava letras maiúsculas e sublinhava palavras que ela achava importante, de uma maneira que nos aproxima mais da linguagem falada do que a da impressa.”
A Edição Digital de Jane Austen publica on-line os Manuscritos da Ficção de Austen, até então não publicados, e disponibiliza gratuitamente para qualquer pesquisador ou pessoa interessada.
Minha pergunta: Onde nossos queridos jornalistas de plantão estavam onde apenas republicaram uma notícia pela metade? Isso só demonstra que eles nem sequer tentaram entender o estudo sobre Austen, apenas retransmitiram, ou, se estivessem no Twitter, apenas retuitaram sem sequer levar à sério a questão.
Austen seria aprovada se vivesse no século XXI?
Certamente não… nem ela, nem os reis da Europa ou estudiosos do século XIX. E se pensarmos no ENEM? Também não, pelo simples fato de que esta prova não é só uma prova de múltipla escolha, cobra também uma redação. O aluno que pretende fazer Enem deve estar preparado para responder questões contemporâneas e multdisciplinares e não apenas questões gramatiqueiras. As questões desta prova não são objetivas, são perguntas elaboradas que exigem reflexão e raciocínio, assuntos que não são ensinados em nossas escolas, pois nossos alunos estão ‘programados’ para responder questões simples e as respostas são facilmente decoradas pela leitura de livros.  
A minha indignação é sobre como as pessoas fazem muito barulho por nada! O estudo da professora Kathryn Sutherland em nada desqualifica a obra de Austen, pelo contrário, mostra que para se chegar à um livro publicado é preciso muita revisão. Além disso, a maioria das pessoas em 1817 eram analfabetas ou não possuíam letramento o suficiente para ler livros; então os livros de Austen eram lidos em voz alta, por aqueles que podiam ler (vemos isso nos filmes e séries de tv), sendo assim, para a maioria de seus fãs daquela época, a ortografia não era importante.

*Leia aqui o texto indignado de Vic Sanborn (Jane Austen’s World) sobre esta questão.
** Também estamos discutindo o assunto lá no Fórum JASBRA.
*** O link para os manuscritos estão disponíveis aqui (post publicado em maio deste ano)

Reunião da JASNA no Kentucky

A regional da JASNA (Jane Austen Society of North America) no Kentucky – JASNA in Louisville –  promoveu o terceiro encontro anual neste último final de semana!
Meu amigo Tim Bullamore, da Revista Jane Austen’s Regency World, esteve lá neste dois dias e me disse que foi um evento maravilhoso! Muitos participantes vestidos com roupa de época! Ainda segundo Tim, Festival Jane Austen, não foi algo parecido com uma conferência. Por outro lado, ofeceram workshops, danças, vendas de produtos, autógrafos de livros, entre outros.  Além disso, o canal local fez uma entrevista com duas participantes do evento, como vocês poderão assistir no vídeo abaixo.
No site da JASNA in Louisville vocês podem ver as fotos dos outros anos.

2010 Regency Exhibition Ball

Pam Leigh, membro da Jane Austen Society North America- Michigan Region, foi eo 2010 Regency Exhibition Ball e nos presenteia com algumas fotos do evento! Thanks dear!!
Pam
o esposo
Os participantes
Pam me disse que irá ao Regency Masquerade Ball (baile de máscaras) em agosto. Dá para imaginar? Dois bailes assim no mesmo ano? 🙂
Dear Pam, thanks for your permission to publish your pictures here! We hope next august you can take a lot of them to show us!

The Jane Austen Journal On-Line

A JASNA acaba de lançar o seu mais novo jornal. Encontra-se disponível on-line, acesse aqui.
Veja o conteúdo:
New Faces, New Understandings
– Part 1: New Faces – Isobel Grundy
– Part 2: New Understandings – Juliet McMaster
“Jane Austen” Today
– Lost In Austen and Generation-Y Janeites – Laurie Kaplan
– Austen’s Adventures in American Popular Fiction, 1996-2006 – Juliette Wells
– Austen Therapy: Pride and Prejudice and Popular Culture – Marilyn Francus
– Eyeing Mrs. Elton: Learning Through Pastiche – Diana Birchall
– Jane Austen and her Contemporaries – “Motionless Wonder”: Contemplating Gothic Sublimity in Northanger Abbey – Natasha Duquette
– What Happens at the Party: Jane Austen Converses with Charlotte Smith – Jacqueline Labbe
– Jane Austen’s Reading: The Chawton Years – Gillian Dow and Katie Halsey
Cultural Contexts
– “In the Place of a Parent”: Austen and Adoption – Eric C. Walker
– Dancing in a New Direction: Jane Austen and the Regency Waltz – Erin J. Smith
– Austen and Enclosure – Helena Kelly
– Reception and Adaptation – Why Austen cannot be a “classique” in French: New Directions in the French Reception of Austen – Valérie Cossy
– Jane Austen in Japanese Literature: An Overview – Ebine Hiroshi, Amano Miyuki, and Hisamori Kazuko
Sōseki’s Transformation of the Austenian Novel: From the Novel of Manners to the Psychological Novel – Amano Miyuki
– Elizabeth Bennet Turns Socialist: Nogami Yaeko’s Machiko – Hisamori Kazuko
– Experimenting with Jane Austen: Kurahashi Yumiko  – Ebine Hiroshi
– The Reception of Jane Austen in Japanese Literature: Beyond Adaptation – Ebine Hiroshi, Amano Miyuki, and Hisamori Kazuko
– “Read and reread until they could be read no more”: Charles Darwin and the Novels of Jane Austen -Elizabeth Bankes
Prelude and Postlude
– Unbecoming Jane: Genre and Craft in Austen’s Earliest Novels – Lesley Peterson
– Are We Ready for New Directions? Jane Austen’s The History of England & Cassandra’s Portraits – Annette Upfal and Christine Alexander
– “Three or Four Families”: Suggestions for New Directions in Biographical Research – Deirdre Le Faye
Fanny Caroline Lefroy: A Feminist Critic in the Austen Family – Alice Marie Villaseñor
© Jane Austen Society of North America, Inc. All rights reserved. Contributors retain their individual copyrights.
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Colocarei um selinho na barra direita do blog para o link direto com o jornal da JASNA.

Hoje é aniversário do Blog

Hoje é uma data muito importante para este blog! Comemoramos 1 ano de vida!! Dei início a este blog por causa de uma comunidade do orkut (Orgulho e Preconceito) – que participo desde 2006. No ano passado, havia muita gente criando tópicos com dúvidas parecidas a respeito de Jane Austen e seus livros. Então, decidi criar este blog para deixar registrado algumas assuntos básicos sobre Austen, seus livros e assuntos relacionados. Os dois primeiros posts, no mesmo dia inclusive, foram sobre: Pequena biografia de Austen e Os Livros em Inglês no formato eletrônico.

Acontence que de maio até dezembro de 2008, vivi um período criativo, cansativo e estressante de interpretação dos dados da minha pesquisa de mestrado, além da escrita da dissertação. Devido ao excesso de tarefas, o blog não recebeu muitas postagens mensais, mas continou recebendo visitas todos os dias.

Logo no início eu coloquei uma enquete para saber quantos livros de Austen os leitores do blog haviam lido. Abaixo segue a reprodução dos dados até o último dia que a enquete esteve no ar (03 de janeiro de 2009):

Hoje, só tenho a agradecer aos meus mais de 100 visitantes diários e suas contribuições deixadas neste blog!
Também desejo agradecer aos meus seguidores e aos amigos que me presentearam com os selinhos.
Um forte abraço à galera do Chá Cultural e do Chá com Jane Austen!
Abraços também aos novos amigos que fiz aqui! Abraços à Genilda Azeredo! Aos visitantes do exterior, e porque não, que de uma forma ou outra contribuem com este blog: Heather M. Laurence, Laurie Viera Rigler, Jeanne Kiefer, Mags do AustenBlog, Jane Austen Today, JASA, Professora Nadine do JASBA, Sheryl Craig do JASNA, Becky do Jane Austen UK!
Por causa de tantos visitantes este blog muitas vezes está no page rank de 10/10! Esta conquista não é só minha, e sim das pessoas que o visitam e participam! OBRIGADA!

Você é viciada em Austen?

Hoje eu vou falar de um assunto que todos nós já percebemos em nosso cotidiano de fãs: somos viciados em Jane Austen! Recentemente conheci a autora Laurie Viera Rigler através de seu site Jane Austen Addict. Laurie escreveu o livro ‘Confessions of a Jane Austen Addict’ (tradução livre: Confissões de uma viciada em Jane Austen). Laurie gentilmente me autorizou traduzir o texto ‘Signs of Addiction‘ – Sinais de Vício.
Sou viciada em Jane Austen – Sinais do vício

* Você se reconhece em alguma destas situações? Se afirmativo, então é hora de revelar!

* Você se esquece de pegar as roupas na lavanderia, mas consegue recitar de cor e salteado a carta do Capitão Wentworth’s para Anne Eliot.
* Seus amigos carregam fotos dos filhos e outras coisas significantes na carteira, enquanto no seu celular tem uma imagem do Colin Firth como Mr. Darcy (ou Matthew MacFadyen, dependendo do seu gosto pessoal).
* Se sua casa está em chamas, você deixa para trás o álbum de fotos da família e seu computador, mas salva sua bonequinha da Jane Austen, a camiseta do Mr. Darcy e o mapa de Bath.
* Enquanto seus amigos fantasiavam sobre o possível vencedor da Copa de 2006, o seu desejo era estar no encontro anual da Jane Austen Society em Tuscon. Contextualizando para as fãs do Brasil: enquanto seus amigos fantasiavam sobre a copa de 2006, você não via a hora de encontrar suas amigas virtuais no próximo orkontro regional.
* Você está com coisas atrasadas no trabalho, escola, organização da casa (complete o espaço em branco de acordo com a sua situação) porque gasta mais da metade do dia visitando os fóruns sobre Jane Austen discutindo se Fanny Price é o exemplo de moral em Mansfield Park ou se é mais chata personagem da história literária.
* Você gasta a outra metade do seu dia nos fóruns discutindo quem é o Mr. Darcy mais bonitão: Colin Firth ou Matthew MacFadyen.
* O ideal de riqueza dos seus amigos é uma casa nas montanhas de Hollywood. Você daria tudo pela primeira edição de Orgulho e Preconceito ou pelo menos uma edição de capa em couro. Falando sério… qualquer uma de nós ficaria feliz da vida com a coleção da Cambridge.
* Você está em uma multidão, numa boate irritante e alguém lhe convida para dançar, você logo responde: “num lugar como esse, seria insuportável” (referência à fala de Mr. Darcy: “At an assembly such as this, it would be insupportable”).
* Você é propenso a fazer citações de romances e filmes, na maioria das vezes fora do contexto (veja citação acima).
* Para seus amigos fazer alguma atividade física significa caminhar ou praticar yoga. Para você é fazer aulas de dança típica da Inglaterra. Quer dizer, se pudesse arrumaria alguém para ir junto com você!

* Sua melhor amiga pensa que você está de brincadeira, apesar de ter visto a última versão de Orgulho e Preconceito duas vezes. Ela, diferente de você, não tem nenhum problema para separar ficção da realidade.

* O seu amado lhe diz que encontraria sua marca favorita facilmente na lojinha mais próxima (com certeza ele não acertará) e acha um absurdo ter que andar de loja em loja porque acha desagradável.

* Você tem apelidos secretos baseados nos personagens de Austen para pessoas importantes em sua vida. Até batiza os animais de estimação em homenagem a um dos personagens. O seu chefe, por exemplo, é o Sr. Noris (referência a tia de Fanny em Mansfield Park). A gata de Laurie se chama Georgiana, em homenagem à irmã de Darcy. Seu marido é o Capitão Harville sempre que ele resolve mexer na caixa de ferramentas, constrói uma prateleira ou pendura um quadro. (E ainda por cima, ele tem que referir-se desse modo também, apesar de nunca ter lido persuasão).
* Você julga os atores e suas respectivas atuações nas adaptações para o cinema e TV dos livros de Austen. Por exemplo, Laurie achou bastante desagradável lembrar-se de Persuasão (1995) quando viu o Ciaran Hinds fazer o papel de um pedófilo na série Prime Suspect series. Captain Wentworth nunca faria tal coisa, ela fez uma tempestade em um copo d’água e logo desligou o DVD. Que vergonha!!
*Por favor, envie seus sinais de vício em Jane Austen! Postarei os meus favoritos aqui no blog! Mas espere, tem mais… amanhã farei um post sobre o artigo de Jeanne Kiefer.
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Este post é de direito autoral de Adriana Sales Zardini e Laurie Veira Rigler, se for citar a tradução favor linkar este blog e/ou fazer citação, como abaixo:
ZARDINI, A.S.; RIGLER, L. V. Sou viciada em Jane Austen. Disponível em: www.janeaustenclub.blogspot.com Acessado em: (coloque a data)