Agora há pouco tive uma surpresa agradável ao receber a notícia de minha amiga
Lilia dos Anjos de que a Editora Landmark está a todo vapor para publicar os outros livros de Jane Austen em português do Brasil. E pensar que tudo isso começou porque comentei com Lilia sobre uma edição de um livros das irmãs Bronte da editora Wordsworth e ela acabou encontrando uma edição bilíngue da
editora Landmark.
Agradeço muito pela dica
Lilia! De modo que este post é mais teu do que meu!!
Voltando ao que realmente interessa! As novas edições!


FUTUROS LANÇAMENTOS
Na página da editora já estão disponíveis as capas e resumos dos novos livros traduzidos. No entanto, não há indicação de quem fez a tradução nem cita quando será o lançamento.
A Abadia de Northanger

Resumo da Editora Landmark:
“A ABADIA DE NORTHANGER” acompanha a trajetória de Catherine Morland, sua família e amigos, quando de sua visita ao balneário de Bath, na Inglaterra, local sempre freqüentado por Austen e sua própria família. Em sua estadia, Catherine passa seus dias visitando seus mais novos amigos e freqüentando bailes na cidade e acaba por se envolver com dois jovens da cidade, John Thorpe e Henry Tillney que a envolve com seu conhecimento de literatura e história. O pai de Henry, general Tillney, a convida para visitar uma de suas propriedades, a Abadia de Northanger. Catherine que na história está lendo o romance gótico, “Os Mistérios de Udolpho”, de Ann Radcliffe, fica fascinada com a perspectiva de ingressar em um ambiente antigo, fantástico e sombrio. A Abadia de Northanger representa toda a capacidade de Jane Austen em se fazer a critica social de seu tempo, bem como a de realizar a análise moral de seus personagens. Com o seu costumeiro e agradável senso de humor, a autora critica os romances góticos e seus excessos que tangenciam o ridículo, e introduz sua história em um cenário cotidiano e plausível.
O Parque de Mansfield

Resumo da Editora Landmark:
Por mais de dois séculos o livro tem dividido os leitores: por um lado, “O PARQUE DE MANSFIELD” é o trabalho mais autobiográfico de Austen, refletindo o mundo de pretendentes religiosos e proprietários de terra, das caçadoras de maridos, dos esnobes e dos tolos do interior – no qual a escritora viveu e procurou o amor – o texto parece entrar em choque com a costumeira descrição das heroínas criadas por Austen, uma vez que a personagem de Fanny Price, que no romance é surpreendentemente contida e passiva, tem aturdido por décadas os críticos literários e os fãs de Austen. As questões sociais também são amplamente discutidas em “O PARQUE DE MANSFIELD”: sugere-se pela crítica especializada que o título se refere ao julgamento de Mansfield, a decisão inglesa legal e histórica tomada pelo chefe da Justiça Lorde Mansfield, segundo a qual foram estabelecidos os primeiros limites quando à escravidão na Inglaterra. No romance, Fanny surpreende sua família adotiva, os Bertrams, ao levantar a questão sobre o envolvimento deles com a escravidão. As cartas de Jane Austen escritas na época nos informam de que ela tinha se apaixonado por Thomas Clarkson, o abolicionista mais popular da época, o que justificaria o envolvimento da autora com estas questões sociais. Austen, como os seus personagens, cresceu em uma zona rural na Inglaterra entre a classe abastada e religiosos cujos hábitos e negócios ela observava com perfeição e, às vezes, com uma honestidade brutal e reveladora. A sua memorável linguagem, a sua sagacidade satírica, o seu delicado senso de humor e as suas complexas caracterizações de luta moral no coração das famílias, além das alianças românticas, contribuem para o estilo de Austen, que não envelhece, e o resistente microcosmo da natureza humana que ela aborda. O tema que mais prevalece na obra de Austen permanece relevante na nossa época: a necessidade de homens e mulheres de encontrarem a sua identidade e de fazerem as suas próprias escolhas – ainda que a sociedade, por sua natureza, tente fazer deles seres dependentes, sem força e preconceituosos.
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Nota: Só não agradei do título acima ser: O parque de Mansfield!! 🙂
Como Mansfield park é uma designação para toda a propriedade dos Bertram, acho que não foi apropriado chamar de parque (pois em inglês o significado destes nomes de propriedades é diferente). Dá a impressão que o livro fala de um belo parque.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.