Nova Coleção da Cambridge

A Editora Cambridge lançará agora no início do ano uma nova coleção de livros de capa dura da Jane Austen: The Cambridge Edition of the Works of Jane Austen 9 volume HB set.
Serão 9 livros com comentários dos mais respeitados acadêmicos como Peter Sabor, Barbara Benedict, Dorothy McMillan, Jane Todd, Linda Bree, Richard Cronin e John Wiltshire.
Esta versão moderna, composta por 9 volumes: os seis livros publicados (Sense and Sensibility, Pride and Prejudice, Mansfield Park, Emma, Northanger Abbey and Persuasion), acompanhados de por dois manuscritos de Jane, escritos em sua adolescência. Cada livro é editado por renomados estudiosos de Austen e inclui informações a respeito das circunstâncias de criação e publicação dos trabalhos, assim como as críticas recebidas na época, além de notas textuais e explicativas. O conjunto de livros oferece também artigos sobre a vida, trabalho e sobre a época de Jane.

Conteúdo

– Juvenília editado por Peter Sabor;

– Northanger Abbey editado por Barbara Benedict and Deirdre Le Faye;

– Sense and Sensibility editado por Edward Copeland;
– Pride and Prejudice editado por John Wiltshire;
– Emma editado por Richard Cronin and Dorothy McMillan;

– Persuasion editado por Janet Todd and Antje Blank;

– Manuscritos editados por Janet Todd and Linda Bree;

– Jane Austen em contexto editado por Janet Todd.

Após todas essas novidades … infelizmente tenho que lhes dizer que os livros apesar não lançados oficialmente, no site da Cambridge está por 800,00 dólares ou 475,00 libras (já com desconto no site da amazon.uk). A previsão de lançamento segundo o site da amazon.uk é para 31 de janeiro.

Não coloquei a capa aqui neste post porque a capa que está no site é a antiga.

Falando de Cambridge, aproveito o post para agradecer ao meu amigo Marcelo – representante da Cambridge em Minas Gerais pela linda agenda (com citações diárias no rodapé).

And so this is Christmas

Blackmore`s night – We wish you a merry christmas
http://www.mp3tube.net/play.swf?id=29475d5f0949cda7feca337cb616949b

O Natal só foi proclamado feriando nacional na Inglaterra após 1834 – dezessete anos depois da morte de Jane. Porém, durante a vida de Jane já havia uma observância da data e as pessoas costumavam saudar umas às outras com desejos alegres e afetuosos, repletos de rituais, supertições e idas à Igreja. No entanto, o natal celebrado por Jane e seus contemporâneos em nada se parece com o que vivemos: correria e tumulto em lojas, pois na época não havia o apelo comercial para a data.

(Texto traduzido e modificado após minha leitura no site: Jane Austen no Reino Unido)

Eu fiz uma busca em 6 livros da Jane e encontrei em todos citações sobre a data:

“… This is quite the season indeed for friendly meetings. At Christmas every body invites their friends about them, and people think little of even the worst weather. I was snowed up at a friend’s house once for a week. Nothing could be pleasanter. I went for only one night, and could not get away till that very day se’nnight.” Chapter XIII – EMMA

“A verdade é que esta é a estação do ano mais adequada para as reuniões amistosas. No Natal todo mundo convida a seus amigos e a gente não se preocupa muito com o tempo, embora seja muito frio. Estava nevando e fiquei sitiado na casa de um amigo por uma semana. Nada poderia ser mais agradável. Eu fui para permanecer por uma noite, e não pude sair por sete dias seguidos.”
“… Luckily the visit happened in the Christmas holidays, when she could directly look for comfort to her cousin Edmund; and he told her such charming things of what William was to do, and be hereafter, in consequence of his profession, as made her gradually admit that the separation might have some use. Edmund’s friendship never failed her…” Chapter II – MANSFIELD PARK
“… Felizmente isto se deu justamente nas férias de Natal, de forma que Fanny pôde encontrar consolo junto ao primo Edmund; e ele lhe falou com tanta simpatia de William, das coisas formidáveis que ele iria fazer em razão da profissão que abraçara, que finalmente ela se convenceu de que a separação só poderia lhe ser útil. A amizade de Edmund por ela foi sempre sincera…”

“… The very first day that Morland came to us last Christmas–the very first momentI beheld him–my heart was irrecoverably gone…” Chapter XV – Northanger Abbey

No Natal passado, no dia em que o Morland veio à nossa casa, assim que o vi, o meu coração ficou irremediàvelmente perdido de amor.
“… They had left Louisa beginning to sit up; but her head, though clear, was exceedingly weak, and her nerves susceptible to the highest extreme of tenderness; and though she might be pronounced to be altogether doing very well, it was still impossible to say when she might be able to bear the removal home; and her father and mother, who must return in time to receive their younger children for the Christmas holidays, had hardly a hope of being allowed to bring her with them…” Chapter XIV – PERSUASION
Quando vieram embora, Louisa já se sentava, mas a sua cabeça, embora lúcida, estava extremamente fraca, e os seus nervos demasiado sensíveis; e, embora se pudesse dizer que, de um modo geral, a recuperação decorria muito bem, ainda era impossível dizer quando estaria em condições de suportar a viagem de regresso a casa; e o pai e mãe, que tinham de voltar a tempo de receber os filhos mais novos para as férias de Natal, acalentavam poucas esperanças de a trazerem com eles.
“… I sincerely hope your Christmas in Hertfordshire may abound in the gaieties which that season generally brings, and that your beaux will be so numerous as to prevent your feeling the loss of the three of whom we shall deprive you …” Chapter XXI – Pride and Prejudice
Desejo-lhe sinceramente que o Natal em Hertfordshire seja cheio de alegrias próprias que esta estação geralmente traz, e que não lhe faltem admiradores, para que não sinta a ausência dos três que lhe privamos.
“… I remember last Christmas at a little hop at the park, he danced from eight o’clock till four, without once sitting down …” Chapter IX – Sense and Sensibility
Lembro-me de que no Natal passado, em ocasião de um pequeno baile no parque, ele dançou das oito horas da noite até as quatro da manhã, sem sentar-se nem uma vez sequer.
Como eu não poderia deixar de registrar aqui:
Muito obrigada à todos os leitores e visitantes deste blog! Feliz Natal e plenas realizações em 2009!!
E como eu não terminar esse post sem uma brincadeira, segue abaixo o meu desejo de natal:

Jane Austen para crianças

Hoje é dia de divulgar mais uma novidade sobre os livros da Jane Austen:
JANE AUSTEN PARA CRIANÇAS

Apesar de ser uma edição para crianças, a maioria das crianças brasileiras não conseguiriam ler o texto mesmo adaptado porque o livro foi escrito para um público nativo na língua. Já os adultos brasileiros que ainda estão aprendendo a língua podem ler com muita facilidade.

Veja aqui passagens dos livros! Mais informações sobre os livros no site da Real Reads, onde vocês podem participar de joguinhos para descobrir quem são os personagens dos livros.

Se você deseja comprar os livros fofinhos, compre: Jane Austen Centre e Loving Reading 4 Kids. São livros importados e custam em torno de 3,74 a 4,99 libras (dependendo do site).

A notícia boa que trago para vocês é em outubro passado eu havia contactado a ilustradora dos livros Ann Kronheimer e ela aceitou dar uma entrevista para o blog. Estou esperando passar a fase de defesa do meu mestrado para colocar a “casa” em ordem e assim fazer publicações mais frequentes no blog.

Todas as ilustrações neste post foram autorizadas pela ilustradora Ann, através de um pedido meu via e-mail.

Segue abaixo a resposta carinhosa e simpática de Mrs. Ann Kronheimer:

Dear Adriana
I am so glad you like my illustrations and, of course, I am happy to give my permission for you to use them on your blog. I have had a quick look at it and, I am ashamed to say I can’t speak Portuguese, but I gather that you are casting Stephen Fry, Lily Allen and the chap from ER as characters from Pride and Prejudice and, I must say, they look PERFECT! Good luck with your blog and, if you wish to interview me, that’d be great .. but I am not an expert on Jane Austen! I enjoyed the excuse of watching all the films and drawing girls in pretty dresses .. and, of course re-reading the books. Oh, and I have just read Claire Tomalins book about her .. so, maybe I am an Austen boffin!

Ann
Ilustração de Razão e Sensibilidade

Ilustração de Orgulho e Preconceito


Ilustrações de Mansfield Park

Ilustrações de Emma

Ilustrações de Abadia de Northanger

Ilustrações de Persuação



Livros da Jane à preço de banana

No site da Livraria Travessa vocês podem encontrar os livros da Jane Austen à preço de banana!
São edições mais simples do tipo paperback (brochura) e com preços irrestíveis que variam entre R$ 6,83 a R$ 9,90 (com frete gratuito na primeira compra). As capas também trazem bonitas pinturas. Para ir direto a cada livro, clique em cada imagem abaixo.
Eu tenho o livro do D.h Lawrence – The Rainbow e gostei da qualidade e do preço!

O achado no site é a coleção completa da Jane por R$ 29,90 incluindo Lady Susan!! No total são mais de 1400 páginas.

RESENHA

Jane Austen is without question, one of England’s most enduring and skilled novelists. With her wit, social precision, and unerring ability to create some of literature’s most charismatic and believable heroines, she mesmerises her readers as much today as when her novels were first published. Whether it is her sharp, ironic gaze at the Gothic genre invoked by the adventures of Catherine Morland in “Northanger Abbey”; the diffident and much put-upon Fanny Price struggling to cope with her emotions in “Mansfield Park”; her delightfully paced comedy of manners and the machinations of the sisters Elinor and Marianne in “Sense and Sensibility”; the quiet strength of Anne Elliot in “Persuasion” succeeding in a world designed to subjugate her very existence; and “Emma” – ‘a heroine whom no one but myself will like’ teased Austen – yet another irresistible character on fire with imagination and foresight. Indeed not unlike her renowned creator. Jane Austen is as sure-footed in her steps through society’s whirlpools of convention and prosaic mores as she is in her sometimes restrained but ever precise and enduring prose.

Os Dois Livros Inacabados da Jane Austen


Esses dois livros foram publicados postumamente pelo sobrinho de Jane, H. Austen-Leigh em 1871 no livro chamado: A Memoir of Jane Austen.

A história de The Watsons se desdobra em um ambiente familiar onde a heroína descobre que suas oportunidades de casamento estão cercadas pela pobreza e orgulho.

Por outro lado, Sandition se arrista em um território bem diferente. A história acontence em um balnéario à beira mar, e tem como personagens: hipocondríacos e especuladores. Nos sugerindo que o trabalho de Jane Austen poderia ter tomando outras direções, surpresas inesperadas.

Como sugere a editora Dover, essas histórias são de interessantes devido aos registros literário e às curiosidades. São de alta qualidade e oferece uma leitura prazerosa tanto para estudo quanto por prazer!

Segue abaixo uma seleção dos dois livros:
Sandition – Chapter 1
A GENTLEMAN AND A LADY travelling from Tunbridge towards that part of the Sussex coast which lies between Hastings and Eastbourne, being induced by business to quit the high road and attempt a very rough lane, were overturned in toiling up its long a scent, half rock, half sand.
The accident happened just beyond the only gentleman’s house near the lane a house which their driver, on being first required to take that direction, had conceived to be necessarily their object and had with most unwilling looks been constrained to pass by.
He had grumbled and shaken his shoulders and pitied and cut his horses so sharply that he might have been open to the suspicion of overturning them on purpose (especially as the carriage was not his master’s own) if the road had not indisputably become worse than before, as soon as the premises of the said house were left behind expressing with a most portentous countenance that, beyond it, no wheels but cart wheels could safely proceed.
The severity of the fall was broken by their slow pace and the narrowness of the lane; and the gentleman having scrambled out and helped out his companion, they neither of them at first felt more than shaken and bruised. But the gentleman had, in the course of the extrication, sprained his foot; and soon becoming sensible of it, was obliged in a few moments to cut short both his remonstrances to the driver and his congratulations to his wife and himself and sit down on the bank, unable to stand.
“There is something wrong here,” said he, putting his hand to his anle. “But never mind, my dear,” looking up at her with a smile, “it could not have happened, you know, in a better place Good out of evil. The very thing perhaps to be wished for. We shall soon get relief. There, I fancy, lies my cure,” pointing to the neat-looking end of a cottage, which was seen romantically situated among wood on a high eminence at some little distance “Does not that promise to Be the very place?”
***
The Watsons — Part 1
The first winter assembly in the town of D. in Surrey was to be held on Tuesday, October 13th and it was generally expected to be a very good one. A long list of county families was confidently run over as sure of attending, and sanguine hopes were entertained that the Osbornes themselves would be there. The Edwards’ invitation to the Watsons followed, of course. The Edwards were people of fortune, who lived in the town and kept their coach. The Watsons inhabited a village about three miles distant, were poor, and had no close carriage; and ever since there had been balls in the place, the former were accustomed to invite the latter to dress, dine, and sleep at their house on every monthly return throughout the winter. On the present occasion, as only two of Mr. Watson’s children were at home, and one was always necessary as companion to himself, for he was sickly and had lost his wife, one only could profit by the kindness of their friends. Miss Emma Watson, who was very recently returned to her family from the care of an aunt who had brought her up, was to make her first public appearance in the neighbourhood, and her eldest sister, whose delight in a ball was not lessened by a ten years’ enjoyment, had some merit in cheerfully undertaking to drive her and all her finery in the old chair to D. on the important morning.
As they splashed along the dirty lane, Miss Watson thus instructed and cautioned her inexperienced sister: —

Lady Susan (1871)

Esta edição da Editora Dover, teve sua primeira publicação em 2005, teve como emabasamento o trabalho publicado por J. E. Austen Leigh (sobrinho de Austen) “Em Memória de Jane Austen” (1871). Lady Susan foi escrito aproximadamente em 1805, mas foi publicado pela primeira vez em 1871.

Os comentários a seguir encontram-se na contra capa do livro ao lado, publicação da Editora Dover, traduzido pela autora deste blog: Bonita, coquete, e viúva há pouco tempo, Lady Susan Vernon busca um novo e vantajoso matrimônio para si, e ao mesmo tempo tenta empurrar sua filha para um casamento sendo que ela detesta este homem. Ela enche sua agenda de compromissos com convites para visitas estendidas com os parentes e conhecidos por uma série de manobras astuciosas, de modo a alcançar de seu plano principal. Conforme o enredo se desdobra, os personagens são revelado e a expectativa se constrói – tudo por cartas trocadas entre Lady Susan, sua família, amigos, e inimigos. Descrito por seus rivais como a “uma grande coquete da Inglaterra”, amplamente dotada de uma cativante “decepção”, Susan prova ser uma figura notável, destituída de qualquer qualidade redentora cujas intrigas e maquinações a conduzem em última instância a resultados desastrosos. Lady Susan é um magnífico romance (freqüentemente provocativo) sobre os costumes and modos da época da Regência na Inglaterra, que se tornou um dos favoritos entre os leitores de Jane Austen. Os entusiastas de Austen e estudantes de literatura inglesa se encantarão em sua graça e expressão elegante.

ATENÇÃO
Esta obra de Jane Austen é de domínio público e encontra-se disponível para download:

Versão em Inglês

Versão em áudio

Mansfield Park (1814)

Aos 12 anos de idade a jovem Fanny passa a morar de favor em Mansfield Park, a casa do esposo de sua tia, Sir Thomas Bertram. Inteligente e estudiosa, ela logo se torna amiga de seu primo Edmund, o filho mais novo de seus tios, apesar de ser sempre destratada por seu tio e pelas suas primas fúteis. Com o passar do tempo Fanny se torna uma bela mulher, que acaba chamando a atenção de Henry Crawford, jovem que se tornou recentemente seu vizinho juntamente com sua irmã, Mary. Notando o interesse de Henry por Fanny, os tios dela logo promovem um encontro entre os dois para logo depois se sentirem revoltados com o desprezo que a jovem demonstra pelo seu novo vizinho.

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ATENÇÃO

Esta obra de Jane Austen é de domínio público e encontra-se disponível para download:
Versão em Inglës
Versão em áudio

Persuasão (1817)

Resumo: Último romance completo escrito por Jane Austen, “Persuasão” foi publicado postumamente em 1818, e adaptado várias vezes para o cinema e televisão.O enredo gira em torno dos encontros e desencontros entre Anne Elliot e Frederick Wentworth, que, apesar de apaixonados, são separados pelos infortúnios de sua juventude e opiniões contrárias de pessoas próximas, voltando a se reencontrar oito anos depois. Wentworth, agora rico e bem estabelecido, está determinado a se casar, porém traz em seu coração as marcas de uma dor profunda e não cicatrizada pelo tempo. Anne, livre das amarras de uma visão outrora limitada por preconceitos alheios, percebe o erro que cometeu ao seguir os conselhos de sua amiga Lady Russell, e que suas chances de felicidade podem estar perdidas para sempre.A trama é simples, porém bem elaborada: toda sagacidade e humor irônico da autora estão presentes na obra. Reviralvoltas, revelações de caráter, enganos e erros, nos são apresentados de forma refinada, de forma a nos retratar, página por página, um quadro fiel e extremamente detalhado da sociedade britânica da época.”Persuasão” destaca-se em dois pontos:- A heroína não se apresenta em plena juventude, o que mostra o amadurecimento da própria autora e seu amplo conhecimento sobre a complexidade do comportamento humano;- Através do personagem do Capitão Frederick Wentworth notamos a valorização do homem de iniciativa, que através de seus próprios méritos, e não através da herança, consegue influência e status social.Logicamente, sempre haverão de existir comparações com sua obra-prima “Orgulho e Preconceito”, mas alguns o listam em segundo lugar na ordem de preferência entre os escritos da autora.
O que quero aqui salientar, não como crítica pois acredito que a mesma acaba por destruir as obras privando-as de seu objetivo maior que é o entretenimento, é como Jane permanece atual, com uma narrativa que nos atinge como um “sopro de ar fresco”, tornando mais leve a nossa alma, nos entregando algo que merece ser delicadamente saboreado.
Trecho do Livro:”Já não consigo mais permanecer em silêncio. Tenho de lhe falar pelos meios ao meu alcance. Anne trespassa-me a alma. Sinto-me entre a agonia e a esperança. Não me diga que é muito tarde, que sentimentos tão preciosos morreram para sempre. Declaro-me novamente a si com um coração que é ainda mais seu do que quando o despedaçou há oito anos e meio. Não diga que o homem esquece mais depressa que a mulher, que o amor dele morre mais cedo. Eu não amei ninguém se não a si. Posso ter sido injusto. Posso ter sido fraco e rancoroso. Mas nunca inconstante.Vim a Bath unicamente por sua causa. Os meus pensamentos e planos são todos para si. Não reparou nisso? Não se apercebeu dos meus desejos? Se eu tivesse conseguido ler os seus sentimentos, como creio que deve ter decifrado os meus, não teria esperado estes dez dias. Mal consigo escrever. A todo momento ouço algo que me emociona. Anne baixa a voz, mas eu consigo ouvir os tons dessa voz, mesmo quando os outros não conseguem. Criatura muito boa, muito pura! Faz-nos, de fato, justiça, ao acreditar que os homens são capazes de um verdadeiro afeto e uma verdadeira constância. Creia que esta é fervorosa e firme em F. W. (Frederick Wentworth).Tenho de ir, inseguro quanto ao meu futuro; mas voltarei, ou seguirei o seu grupo, logo que possível. Uma palavra, um olhar será o suficiente para decidir se irei a casa do seu pai esta noite, ou nunca.”

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ATENÇÃO


Esta obra de Jane Austen é de domínio público e encontra-se disponível para download:

Versão em áudio: Opção 01 e Opção 02

Abadia de Northanger (1817)

Resumo: Esta historia maliciosa e delicada convida o leitor a refletir sobre a utilidade de ler romances. Com agradável senso de humor, a autora zomba dos romances góticos e seus exageros beirando o ridículo, e introduz a sua história em um cenário cotidiano e plausível, nem por isso menos terno. Jane Austen faz a critica social de seu tempo e também a análise moral de seus personagens. A heroína, Catherine Morland, deixa-se arrebatar pela imaginação viciada em leituras sobre crimes misteriosos em castelos assombrados. Catherine é a quarta filha entre dez irmãos, residente em Hertfordshir. Seus pais, não sendo pobres, não têm como prever de um bom dote tão numerosa prole. Alem disso, Catherine não se destacava em beleza nem em inteligência – em suma, uma garota normal. Aos dezessete anos, Catherine vai com sua amiga Sally para Bath, estação de águas, por seis semanas. Lá se hospedam com a Sra. Allen, que acompanha as moças aos bailes e passeios da temporada. Em seu primeiro baile, Catherine conhece Henry Tilney, simpático cavalheiro de vinte e cinco anos. A Sra. Allen encontra a Sra. Thorpe e suas filhas, uma das quais, Isabella, torna-se amiga de Catherine, enquanto seu filho, John, deseja ser seu namorado. Isabella é namoradeira e envolve-se com diversos rapazes, entre os quais o irmão de Catherine, James e o irmão mais velho de Henry, Frederick, para grande espanto de Catherine. John Thorpe é muito desagradável e de varias maneiras indelicadas frustra os encontros de Catherine com Eleanor Tilney, por quem a moça nutre uma amizade sincera, e não por ser ela apenas a irmã mais moça de seu eleito. É Eleanor quem convida Catherine a hospedar-se por algum tempo na abadia de Northanger, propriedade da família Tilney. Catherine aceita o convite com prazer, inclusive por querer ver-se longe dos Thorpe. Na abadia, é flagrada em atitudes ridículas à procura de mistérios e pistas criminosas, até dar-se contas de que está em uma propriedade antiga, não em um castelo mal assombrado. James escreve para a irmã, contando que Isabella o abandonara e estava de casamento marcado com Frederick. Eleanora e Henry ficam muito surpresos e não acreditam na notícia. Henry retira-se por uns dias para sua residência em Woodston, onde o pai deverá aparecer em breve com as duas moças. O general Tilney, que a princípio parece estar bem impressionado com a amiga dos filhos, insinua algumas modificações a serem feitas na propriedade para a futura esposa de Henry, e dá a entender que gostaria de ter Catherine como nora. Isabella escreve a Catherine, desejando seu auxilio para reaproximar-se de James, agora que Frederick se afastou. Catherine fica chocada com a audácia de Isabella e a ignora. Pouco tempo depois, Catherine é surpreendida por um criado que a faz partir às pressas, de madrugada, sob o olhar constrangido de Eleanor, que não consegue desculpar o comportamento do pai. O general, que pensara que Catherine era uma rica herdeira, praticamente a expulsa ao descobrir seu erro. Henry, ao saber do ocorrido, desafia o pai e parte para Hertfordshire solicitar a mão de Catherine em casamento, mas os pais da moça acabam sensatamente aconselhando o casal a esperarem pelo consentimento do general. Eleanor casa-se com um rico visconde e usa sua influência para defender a causa do irmão. Descobre-se que John Thorpe havia caluniado a família de Catherine, pintando-a como miserável e caça-dotes, e quando o general descobre a verdade faz as pazes com os namorados, que, enfim, casam-se, e ‘os obstáculos, longe de prejudicar sua felicidade, asseguraram-na, fazendo-os se conhecer melhor, fortificando-os no amor’.

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O resumo acima pertence ao site:

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Versão em Inglës
Versão em áudio

Emma (1815)

Resumo: Uma deliciosa história sobre os valores e os costumes da época vitoriana em uma pequena cidade da Inglaterra. Solteira, jovem e rica, Emma Woodhouse é a mais jovem de duas irmãs, e mora com seu pai em Hartfield. A irmã mais velha, Isabella, é esposa de John Knightley, irmão mais moço de George Knightley, vizinho e muito amigo de Emma. A preceptora de Emma, Miss Taylor, casa-se com um viúvo, o Sr. Weston, pai do jovem Frank Churchill. Emma sente-se responsável pelo casamento, e resolve servir de casamenteira para sua amiga Harriet, filha natural de um nobre desconhecido. Embora a moça goste de um fazendeiro local, Robert Martin, e esteja em vias de receber uma proposta de casamento da parte dele, Emma resolve aproximar Harriet de melhores partidos, primeiramente com Mrs. Elton, o pastor local; em seguida com Frank Churchill.
Mas Elton está interessado em enriquecer através do casamento, e Frank esconde um romance com outra jovem do local, Jane Faifax. Enquanto se envolve com as vidas alheias, Emma se descuida da sua própria e não se apercebe de que está amorosamente atraída pelo Sr. Knightley até o momento em que Harriet confessa sua admiração pelo jovem, admiração que ela julga ter motivos para pensar que é mútua. Pobre Emma! Tarde demais percebe que não quer viver para sempre solteira ao lado do pai amoroso, e sim que deseja, ela também, as alegrias do amor. Felizmente, todos os mal entendidos são desfeitos, as tramas reveladas, e tudo acaba bem entre Harriet e Robert, Frank e Jane e, é claro, Emma e George.
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