Depois das declarações apaixonadas feitas pelo casal Lizzy e Darcy eis que me pergunto…
“-É uma pena que encontre para tudo uma resposta razoável e que eu tenha o bom senso de aceita-la. –reclamando do silêncio de Darcy quando as visitou com o Mr. Bingley.”
E agora respondam: Essa condição de obediência e concordância, seria um comentário machista ou apenas uma brincadeira de enamorados?
Personagens
Infográfico de Orgulho e Preconceito
Domingos – Guia do Romance parte 2
Se eu tivesse que resumir a última semana em apenas uma palavra, eu diria: faculdade-fitzwilliam-amigos-gargalhadas-planeta-da-esquisitice-sem-celular-saudades-do-fitzwilliam-convidada-para-um-baile-de-formatura-matando-filhotinhos-mr-collins-embaraço-ligações-de-telefone-garotos-garotos-garotos.
Entenderam? Bem, espero que não, porque de outra forma o resto deste post vai ser muito redundante e chato.
Primeiramente – visitando La Universidad de Fitzwilliam. Com minhas calças que elevam muito auto-estima, para corajosamente para o que seria a minha primeira visita à faculdade… e foi bastante divertido! Gostei muito da escola! Fitz agiu com bastante naturalidade (bem, a maior parte do tempo)! Houve alguns momentos que ele partiu em uma jornada individual para o Planeta da Esquisitice, onde ele se tornou muito distante e estranho, que eu não consegui saber o que ele estava pensando: não sabia se ele estava prestes a explodir ou se não estava pensando em nada importante. Mas, na maior parte do tempo, ele esteve ‘normal’ ao meu lado, aqui mesmo no Planeta Terra! Encontrei muitos de seus amigos, foi tudo muito divertido e descontraído.
A única desvantagem é que de alguma forma ele conseguiu deixar o telefone no carro de seus pais, e não recuperá-lo até sexta-feira. Isso significa, é claro, que eu passei uma semana inteira em uma espécie de dieta Fitzbilly. E foi também uma semana especial porque eu fui convidada para um baile de formatura. Não foi um convite de Fitzwilliam, mas de um dos meus amigos… que chato isso! Já suspeitava disso há algumas semanas, pois já havia percebido que um dos meus colegas de classe tinha uma quedinha por mim. Por um motivo insondável… eu não estava preocupada pois imaginava que o rapaz não iria tomar a iniciativa – pensei comigo mesma. Eu não tinha planejado ter um namorado para me acompanhar a um baile por diversos motivos – ir com os amigos parece ser mais divertido, sou péssima em dançar agarradinho, além do Fitz, é claro. Mas ficou evidente que eu não deixei isso muito claro.
Na quinta passada, meu amigo me disse que gostaria de mostrar algo. Fiquei muito envergonhada, porém o segui. Ele me levou até um cômodo onde havia um piano… e ele tocou “Cho Chang/Ginny”. Por um milésimo de segundo, eu pensei que talvez, apenas talvez, fosse só aquilo que ele desejava me mostrar. Mas… ele terminou a música e acabou me convidando para o baile. E assim, se repete a velha e gloriosa tradição: meninos errados que gostam de meninas certas. Isso é algo que se repete desde os tempos mais remotos, para não dizer pré-históricos, talvez até na época dos dinossauros, quando eles faziam bailes! 🙂
De fato, essa tradição continua até mesmo nos bailes dos romances de Austen. Desde o chatíssimo Mr. Collins (Orgulho e Preconceito) até o paquerador Herny Crawford (Mansfield Park), mais de uma heroina teve que lidar com um pretendente desagradável. Em comparação aos desastrosos de Austen, eu até que tive sorte, pois meu amigo até que é um bom partido, e eu só tive que recusar seu pedido, não um pedido de casamento! Mas isso não quer dizer que não aprendi com eles! Bem, vejamos o pedido de casamento desastroso de Mr. Collins a Lizzie Bennet – veja o vídeo abaixo:
Basicamente o cara é um desengonçado e causa arrepedios em qualquer um. Mas lembre-se, Lizzie é a heroina! Ela permanece firme e forte, até mesmo quando sua própria tenta força-la a se casar com Mr. Collins. Ela não chega a ser rude com ele (se bem que se ela fosse, quem poderia culpá-la?), mas Lizzie era determinada!
Então, caros amigos, eu também recusei o convite do meu amigo. Me senti como se tivesse assassinado um filhotinho de cachorro com uma pá. Até que ele aguentou firme. Mas as coisas pioraram, eu, ele e mais um outro colega tínhamos planos para o sábado… me senti bastante desconfortável. Mas, o final de semana passou, tudo terminou bem e pude respirar aliviada. O meu amigo parece se recuperar muito bem, enquanto eu ouço aquela música que ele tocou umas 7 ou 8 vezes por dia. Eu acabo sempre tentando me convencer que fiz exatamente o que Lizzie teria feito, o que me faz sentir um pouco melhor. Para concluir, ontem, finalmente eu e Fitzwilliam nos falamos ao telefone. E advinhem só! Ele parece ter recuperado a alegria, o que me fez sentir nas nuvens.
Segundas – A hora e a vez de Mr. Collins!
“Sou muito sensível às dificuldades das minhas primas, minha cara senhora, e muito poderia dizer sobre o assunto, se não temesse ser precipitado. Mas posso assegurar às jovens que vim disposto a admirá-las. No momento, não direi mais nada; talvez quando nos conhecermos melhor…Vamos estudar um pouco essa fala do Mrs. Collins, o tão amado personagem de minha amiga Olga. O que essas palavras dizem da personalidade do personagem?-Sou muito sensível às dificuldades das minhas primas, minha cara senhora, e muito poderia dizer sobre o assunto, se não temesse ser precipitado. Mas posso assegurar às jovens que vim disposto a admirá-las. No momento, não direi mais nada; talvez quando nos conhecermos melhor…”
Qual é o seu Austen name? – Sorteio!
PRIMEIRO NOME – Escolha o nome do seu queijo favorito:
Cheddar: Charles/Catherine
Mozzarella: Fitzwilliam/Marianne
Swiss: George/Elizabeth
Colby: Frank/Isabella
Gouda: Philip/Georgiana
Parmesan: Robert/Emma
American: William/Louisa
Monterey Jack: Thomas/Lydia
Other/None: John/Mary
Pluto: Henry/Charlotte
Vulcan: Edmund/Susan
Tatooine: Frederick/Eliza
Gallifrey: James/Jane
Raxacoricofallapatorius: Christopher/Maria
Mars: Brandon/Henrietta
Cybertron: Tom/Margaret
Krypton: Edward/Augusta
Other: Walter/Harriet
SOBRENOME – Escolha o nome que corresponde ao mês de nascimento do seu melhor amigo
January: Woodhouse
February: Tilney
March: Morland
April: Bennet
May: Knightley
June: Price
July: Elliot
August: Darcy
September: Dashwood
October: Bertram
November: Thorpe
December: Bingley
Relações entre os personagens em Orgulho e Preconceito
Árvore genealógica de Orgulho e Preconceito
Vejam abaixo que interessante! Eu encontrei na Wikipedia.org e apenas há uma referência de propriedade da imagem “by Shakko” (clique na imagem para ampliá-la).
Divagações sobre Mr. Darcy
Mr. Darcy, a princípio, fora quase com relutância que lhe admitira uma certa beleza; no baile olhara para ela sem admiração, e na vez seguinte olhou-a apenas para criticar, Porém, mal ele se certificara a si e aos amigos da quase inexistência de um traço bonito naquele rosto, quando começou a achá-la invulgarmente inteligente pela bonita expressão de seus olhos negros. Embora seu olho crítico tivesse detectado mais de uma falha de simetria na forma de seu corpo, era forçado a reconhecer-lhe uma figura pura e agradável; e, apesar de considerar seus modos muito aquém dos do mundo elegante, cativaram-no por sua graciosidade simples.
Ao contrário de muitos fãs fanáticos de Austen, Orgulho e Preconceito não é meu romance favorito da autora (eu continuo adorando-o, mas não é meu favorito). Como já discutimos amplamente em algum lugar lá pelo Coruja, meu coração pertence ao Capitão Wentworth… Eu tenho uma certa birra com Darcy por conta daquela primeira declaração. A verdade é que naquele momento, ele não é muito diferente de Mr. Collins – tanto Darcy quanto Collins se aproximam de Elizabeth com a certeza absoluta de que seu pedido será aceito. Afinal, que outras perspectivas ela tem? Não apenas eles tomam o pedido formal como apenas uma norma de etiqueta a ser cumprida como ambos não questionam se Lizzie gosta ou não deles. Sério, prestem atenção na cena em Rosings. Darcy fala…
“Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente”

Ele não se pergunta se Lizzie pode amá-lo. Em vez disso, impõe os seus sentimentos e não duvido que ele não se importaria, nesse momento, se ela tivesse aceitado se casar com ele simplesmente porque ele é um bom partido. Talvez por isso o reencontro dos dois em Pemberley tenha tanto impacto, porque daquela feita é óbvio o quanto ele deseja o afeto e aprovação dela. Ele não tem, a princípio, esperança de que ela de repente decida que está loucamente apaixonada por ele (e creio que mesmo o orgulho e o medo aja aqui um pouco para segurá-lo diante da possibilidade de uma nova rejeição), mas isso não o impede de procurar a boa opinião dela.

E esse é o grande ponto do Darcy, essa mudança pela qual ele passa, não necessariamente para conquistar a garota (mas também por isso), mas porque ele é capaz de enxergar e admitir seus erros e é absurdamente difícil fazer isso. É difícil assumir que você errou, que você não agiu da melhor maneira possível. E ele não apenas assume isso como busca por todos os meios possíveis, se não consertar, ao menos tentar fazê-lo. Mais até do que o que ele faz pela Lizzie, surpreende-me a coragem que ele teve de assumir para Bingley o papel dele na separação do amigo e de Jane Bennet. Aqui ele corre um risco muito grande, de perder a amizade de Bingley (uma coisa real, em contraste com a possibilidade abstrata de algum afeto da parte de Elizabeth) e mesmo assim ele assume sua culpa. Particularmente, eu acho isso fantástico. Aliás, esse é o fator principal para que eu goste tanto do Wentworth – a capacidade de admitir que estava errado e saber pedir desculpas. A diferença entre os dois é que o capitão foi profundamente magoado no passado pela Anne, enquanto Darcy começa achando que é o rei da cocada preta (o que ele é, mas não precisa ser um cretino sobre isso). Enfim… mesmo quando é um cretino, Mr. Darcy é ainda incrivelmente passional e talvez por isso a gente acabe… ‘ignorando’ certas atitudes dele. E, claro, uma vez que você pense como vai ser a relação dele com a Lizzie após o final do livro – quando você imagina o cuidado, o carinho e também a paixão que ele dedica à mulher, é difícil dizer que estando no lugar dela, teríamos também dito não àquele primeiro pedido. Eu acredito que eu diria não, mas quando você está lendo pela segunda, terceira, décima vez o romance e sabe exatamente o que o homem será capaz de fazer por ela mais tarde, talvez não seja possível dissociar as imagens de Darcy pré e pós Rosings. E vocês? Quais são suas divagações sobre Mr. Darcy?
The Jane Austen Academy series
Conheça um pouco mais sobre a série aqui. Ou no site da autora Cecelia Gray.
Veja abaixo o vídeo da série:
Morri de amores pelo Mr. Tilney
Cai de amores por ele! 🙂
Vejam como é fofinho até sem chapéu!
Obviamente o bonequinho acima foi inspirado no Henry Tilney interpretado por J. J. Fields (2007):
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