Razão e Sensibilidade – adaptado

Eu já tinha visto essa adaptação de Razão e Sensibilidade, escrita por Douglas Tufano e Renata Tufano Ho, mas acabei me esquecendo de publicar aqui no blog.

O livro tem 120 páginas, foi publicado pela Ediotra Paulus e custa R$ 15,00 no Submarino. O livro é da mesma linha editorial de Orgulho e Preconceito – também publicado aqui no blog, adaptado por João Pedro Roriz (fiz uma entrevista com ele em outubro de 2009, veja aqui).

Resenha no site Submarino:

Razão e Sensibilidade está focado nos relacionamentos de Elinor e Marianne Dashwood, duas filhas do segundo casamento do Sr. Dashwood. Elas têm uma jovem irmã, Margaret, e um meio-irmão mais velho, John. Quando seu pai morre, a propriedade da família passa para John, o único filho homem, e as mulheres Dashwood se veem em circunstâncias adversas. 
O contraste entre as irmãs, mostrando Elinor mais racional e Marianne mais emotiva e passional, é resolvido quando cada uma encontra, à sua maneira, a felicidade. Ao longo da história, Elinor e Marianne buscam o equilíbrio entre a razão e a sensibilidade na vida e no amor. 

Vai peder a promoção da bolsa 200 anos de Orgulho e Preconceito?

Aproveitem a super promoção: a bolsa do bicentenário de Orgulho e Preconceito por 25,00 reais (frete incluso)! Para conhecer melhor os produtos, clique aqui. Estoque limitado, então corre lá!

Os chaveiros estão por R$ 10,00 reais (4, sendo que 2 de cada modelo).
Os broches estão por R$ 10 reais (4, sendo que 2 de cada modelo).

Os pedidos devem ser feitos diretamente pelo email adriana@jasbra.com.br

A bolsa da JASBRA em uma praia na França – Plage du Havre, Normandie – Thanks Claire Saim!

Celebrando os 200 anos de Orgulho e Preconceito na Itália

A amiga Chiara Marcatilli acabou de me enviar um convite para o 3o Encontro para as italianas celebrarem os 200 anos de Orgulho e Preconceito! 
Veja abaixo o cronograma de atividades:
Programma3rdmeetingausten13 from Adriana Zardini

Para maiores detalhes visite o blog de Chiara: http://www.clubjaneausten.it/

Notícias do Jane Austen Festival em Bath – parte 1

O amigo Tim Bullamore (Jane Austen’s Regency World Magazine) acabou de me enviar notícias fresquinhas do Jane Austen Festival em Bath!!

Stand da Revista Jane Austen’s Regency World

Desfile pelas ruas de Bath! 

Hoje lá em Bath, haverá a leitura de capítulos de Orgulho e Preconceito. Tim me contou que ele ficou responsável por ler o capítulo 22: 
Trecho acima: Orgulho e Preconceito, tradução de Roberto Leal Ferreira – novo projeto gráfico da Martin Claret , das edições que eu ajudei a compor: capas, resumos de contra-capa, etc.

Canecas em comemoração do Bicentenário de Orgulho e Preconceito

O Jane Austen Centre está vendendo canecas comemorativas – Bicentenário de Orgulho e Preconceito!

Vejam maiores detalhes aqui.

Um bolo inusitado!

  Dia 27/07 foi uma data muito especial para uma jovem de Maceió: Yasmin Sarmento completou 17 aninhos e para celebrar essa data resolveu se inspirar em Jane Austen e suas obras!
  Ela me disse que sua paixão por Austen começou há 2 anos atrás quando se deparou com o filme Orgulho e Preconceito (2005), passando num canal de tv por assinatura. A partir daí começou sua busca incansável pelas obras de Jane e tudo mais relacionado a elas. E com isso (e também depois de perturbar todas as suas amigas só falando sobre Jane e como achava que nasceu na época errada) acabou descobrindo o Blog e nosso grupo do Facebook. O que posso dizer é que você está no lugar CERTO! Acredito que a grande maioria dos fãs de AUSTEN  pensam e sentem a mesma coisa e pode ter certeza que aqui NUNCA nos cansamos de falar e buscar sempre mais sobre JANE!! Então bem-vinda à família Jane Austen Brasil!
  Voltando ao aniversário, Yasmin resolveu fazer uma festa pode se dizer temática, pois apesar do tempo ter sido curto, sua festa teve direito a bolo “LIVRO”, isso mesmo, um bolo em forma do livro Orgulho e Preconceito, toalhas, flores que remetiam as lembranças da época, e claro que ela também se inspirou no guarda-roupa e cabelos a la mocinhas de Austen!!!
  Segue as fotos:

                                                           

E aí, o que vocês acharam? Confesso que bateu uma vontade de participar desse aniversário!!! Acho que tentaria bolar um plano para sequestrar essa linda obra de arte comestível!!!  🙂

Domingos – Gabriel Shimura – Orgulho e Preconceito e Música

Hoje é dia da Coluna de Domingo: Jane Austen e os Rapazes. O objetivo é oferecer aos leitores deste blog uma visão masculina das obras de Austen.

Com vocês: Gabriel Shimura

Gabriel é de Brasília, estudante do Ensino Médio, Músico talentoso. Tive o prazer de conhecê-lo na ocasião de um sorteio do blog, onde ele foi um dos vencedores da bolsa da JASBRA. 


Orgulho e Preconceito e Música

 A característica que mais me cativou no filme Orgulho e Preconceito foi a música, pois ela muito se assemelhava à dos grandes mestres. Um exemplo é a que toca no início, cujo nome é “Dawn”. Quem já ouviu Chopin antes, sem a menor dúvida a assemelhou à alguma dele.
 Todas as músicas tocadas nos bailes tem uma ponta de Purcell nelas, o que foi uma grande adição, pois dá um ar ainda mais inglês ao filme. “A Postcard to Henry Purcell” foi a música tocada na dança de Elizabeth e Darcy no baile de Netherfield. Como o nome já sugere, ela é um arranjo de uma das mais belas obras do compositor inglês Henry Purcell, que é o segundo movimento da Suíte Abdelazer : 



  Mais tarde, esse tema é reproduzido, na partida dos Bingley e do Sr. Darcy de Netherfield, quando os empregados cobrem os móveis com panos.
  A Suíte Abdelazer, ou The Moor’s Revange foi uma música incidental (a clássica “música de fundo”. Música feita para acompanhar peças de teatro, filmes, etc.) composta por Henry Purcell no séc. XVII, para uma peça do mesmo nome, que foi uma adaptação de outra peça, “Lust’s Dominion”.
  O interessante foi quem escreveu a peça. Seu nome é Aphra Behn, a primeira escritora teatral profissional inglesa. Tal dama merece um grande reconhecimento, pois, em um período onde mulheres não possuíam tantos direitos, tornou-se famosa e influente. Dario Marianelli fez um excelente trabalho em ligar duas grandes escritoras em uma obra só.

Aphra Behn, por Peter Lely

Veja que bonita essa edição de Razão e Sensibilidade e o comentário de Gabriel: Porque Razão e Sensibilidade é coisa de homem! 



Conheça os outros posts das Colunas de Domingos.

Encontro JASBRA-SP

Márcia Belloube representante da JASBRA-SP nos avisa do encontro de sua regional no próximo sábado:  

“São 200 anos encantando os corações… Cada nova leitura ou releitura um fato novo, uma nova visão ou um novo motivo para se apaixonar pelo casal mais balado da Literatura Inglesa… Venha participar desta celebração! Você será nossa convidada de honra. Sairava Megastore do Shopping Pátio Paulista – dia 11/05 às 15hs. Mr Darcy e Lizzie Bennet esperam por vocês!”


Domingos – Guilherme de Paula – Jane Austen e a Filosofia

Estou inaugurando uma nova coluna aos domingos: Jane Austen e os Rapazes. O objetivo é oferecer aos leitores deste blog uma visão masculina das obras de Austen.

Com vocês: Guilherme de Paula

Guilherme é mineiro, e tive o prazer de conhecê-lo durante o IV Encontro Nacional da JASBRA.
Jane Austen e a Filosofia 
uma perspectiva de Orgulho e Preconceito
Filosofia e literatura são muito próximas. Uma é arte, e a outra se ocupa de, dentre outras coisas, investigar o que é a arte. As duas utilizam a palavra como matéria prima. Na filosofia, a palavra lapidada pode servir como arma, enquanto na literatura, a palavra lapidada reluz e poderá ser apreciada. Trabalhando as palavras, por excelência a filosofia implica o diálogo, enquanto a literatura pode ser um exercício solitário, algo de si para si. Claro que essas definições não possuem nada de rígido, podendo, não raramente, possuir pontos de interseção.
Lançando um olhar retrospectivo, percebemos que a filosofia foi muito importante para o movimento feminista. Alguns filósofos emblemáticos são Mary Wollstonecraft no sec XVIII,John Stuart Mill no sec XIX, Simone de Beauvoir no sec XX, e Judith Butler no sec XXI. É a aplicação da palavra como arma, típica dos filósofos. Mas será que é exclusiva deles? É possível também fazer o mesmo utilizando como meio a literatura? Na tentativa de estabelecer uma relação entre essas duas formas de lapidar as palavras, esse texto estabelecerá um paralelo entre a escritora Jane Austen e a filósofa Mary Wollstonecraft, para mostrar que a literatura também pode ser uma forma de desafiar o status quo (quando não é um ato solitário).
Mary Wollstonecraft escreveu, em 1792, A Vindication of the Rights of Woman, um texto em que ela defende a educação das mulheres como forma de moldá-las. Se elas recebessem uma educação da forma como os homens recebiam, elas poderiam ser mais do que enfeites dentro de uma sociedade. “Eu tenho uma profunda convicção de que as mulheres não são fracas e miseráveis (naturalmente), mas forçadas a se tornarem assim, especialmente por um falso sistema de educação, que é o resultado de livros escritos por homens que estavam mais ansiosos por formarem amantes seduzidas do que mulheres racionais”, escreve ela. Essa é uma posição legítima e muito corajosa, principalmente em uma época em que muitos usavam a própria filosofia para manter as mulheres em sua condição de inferioridade. Rousseau, por exemplo, escreve em seu famoso Emílio que as mulheres têm de ser passivas e fracas e são feitas somente para agradar aos homens. Outro exemplo é Kant, que escreve em seu texto Observações Sobre o Sentimento do Belo e do Sublime, que as mulheres têm de ser belas e se preocuparem somente com o que é belo, preservando suas qualidades de doçura e benevolência, pois elas possuem uma racionalidade fraca, muito inferior àquela dos homens. Já os homens devem se preocupar com o sublime, atentando para seus princípios e seus deveres, pois sua racionalidade é desenvolvida. Wollstonecraft, Rousseau e Kant estão muito próximos. Os textos mencionados anteriormente mencionados são de 1792, 1762 e 1764, respectivamente. Percebemos que a filosofia se constrói na dialética, se apresentando como um campo de batalhas em que o objetivo é obter uma conclusão, que poderá ser ulteriormente refutada. Daí a impossibilidade de se construir filosofia sozinho. Um interlocutor é necessário. Mas onde Jane Austen se encaixa nisso tudo?

Jane Austen, em 1797, escreveu seus rascunhos para a obra Primeiras Impressões, que futuramente foi nomeada Orgulho e Preconceito.  A obra é uma ilustração dessa dicotomia “machismo x feminismo” vivida na filosofia. Austen mostra com detalhes como era a condição da mulher, que tinha de, dentre outras coisas, lidar com casamentos arranjados, casar para ter uma posição ou ver as propriedades da família herdadas somente pelos homens. Elizabeth Bennet pode ser vista como uma heroína, que desafia o contexto opressor em que vive, recusa arranjos de casamento e não desiste de se casar com quem ela escolhe para si, Fitzwilliam Darcy. Austen também nos mostra a sofrível condição de outras personagens, como a mãe de Elizabeth (Mrs Bennet), que, durante todo o livro vive as agruras de ter tido cinco filhas mulheres e nenhum homem para herdar as propriedades. A impressão que se tem é que ela é uma tola e histérica. Mas se fizermos uma análise para além das aparências, perceberemos que como deveria ser desesperador criar cinco filhas numa família que não possuíam status, numa sociedade em que a mulher ascendia socialmente somente através de casamentos. Além disso, Mrs Bennet era ridicularizada pelo marido e pelas próprias filhas. Há ainda muitas mulheres em condições terríveis no livro. Um dos casos mais exemplares é o de Charlotte Lucas. Essa mulher é apresentada por Austen já com vinte e sete anos e temerosa de se tornar um fardo para sua família. Beleza não devia ser o seu forte. Essa somatória de circunstâncias a leva a se casar com William Collins, homem ridicularizado por todos e rejeitado por Ellizabeth. É como se a autora estivesse denunciando a condição da mulher, constantemente subjugada e aparentemente sem saídas. A literatura de Austen pode ser lida como um grito, que se faz ouvir através da fina ironia que amarra a história. Se Wollstonecraft gritou para o mundo que a educação estragava as mulheres, Austen o fez através de uma alegoria. Uma se valeu da filosofia, enquanto a outra se valeu da literatura, e as duas se valeram da palavra.
Há muito tempo se sabe que a palavra tem poder. A palavra enfeitiça. Os Maoris, os primitivos Neozelandeses, enfeitiçavam seu povo com a palavra. Relatos antropológicos mostram que as pessoas matavam umas às outras apenas enfeitiçando. Podemos trazer essas noções para nosso tempo, imaginando quantos homens e mulheres não leram as obras de Austen e Wollstonecraft, e se sentiram enfeitiçados, de forma positiva, para contestaram o status quo. É a palavra sendo usada de formas distintas na filosofia e na literatura para corroborar o feminismo. Devemos ter essas questões em mente ao ler obras como essas e nos transportar no tempo, enxergando o contexto da época, e não somente realizando uma leitura anacrônica dos fatos.  Assim, perceberemos que filosofia e literatura muitas vezes se misturam sim, as duas possuindo muitos pontos de interseção.


Conheça os outros posts da Coluna de Domingos: Guia do Romance.  

Sábados – Uma rosa em homenagem a Orgulho e Preconceito

Como alguns de vocês leitores já devem ter visto o meu post na nossa página no facebook, descobri ao ler o blog da Laurel Ann (AustenProse) que a empresa especializada em flores lá no Reino Unido – Harkness – acaba de lançar uma flor em homenagem ao bicentenário de Orgulho e Preconceito! Eu achei linda, e vocês? Vejam os detalhes abaixo: 

Pride and Prejudice
  • Family: Floribunda
  • Star Rating: 5
  • Scent Rating: 4
  • Flower Diameter: 8cm
  • Petals: 35
  • Flowers Per Cluster: 7-11
  • Plant Size: H90cm x W60cm
  • Colour: Pale Peach