Apresentando Maria Grazia – Parte 1

This is a bilingual post – Este é um post bilíngue

As Maria Grazia (My Jane Austen Book Club Blog) invited me to write a post in her blog, now it’s my turn to invite her to write here at JASBRA’s blog. My post was published last week and today is Maria’s post for you! Please, welcome Maria, an italian fan of Jane Austen! This is the first part, the second part will be posted tomorrow.
Retribuindo o convite feito por Maria Grazia (My Jane Austen Book Club Blog), eu a convidei para escrever posts aqui no blog da JASBRA. Meu post foi publicado na semana passada e hoje é a vez de apresentar Maria para vocês! Por favor, deem as boas vindas a esta italiana apaixonada por Jane Austen! Esta é a primeira parte, a segunda será publicada amanhã.
Bio – Maria Grazia Spila
Teacher of English as a foreign Language and English Literature (since 1988)
Living in Subiaco (Rome) Italy, married with 2 teenage sons
Maria Grazia Spila é professora de Inglês como língua estrangeira e de literatura inglesa (desde 1998). Mora em Subiaco (Roma/Itália), é casada e tem dois filhos adolescentes.
Blogs:
Facebook: Fly High
Twitter:
SMaryG

 
 

Me and Jane Austen – Eu e Jane Austen

 

When I was 14 I hungrily read everything I found in my relatives’ libraries : classics, children’s books, modern romances, history books, essays. I had been reading books since I was 8 and I still remember my first one was L. May Alcott’s Little Women. What I can’t forget is when I happened to read Pride and Prejudice. One of my aunts had given it to me saying, “Maybe you’ll find it a little boring”. Boring? I can still see my “little me” identifying herself with Elizabeth and experiencing her proud contempt for Mr Darcy, sympathy for Wickham, then her regret for her wrong first impressions, her acknowledging her affection and esteem for Mr Darcy little by little and, finally, her having the chance to marry him. It was so exciting!
 
Quando eu tinha 14 anos eu devorava qualquer tipo de livro que encontrava na biblioteca dos meus pais: clássicos, livros infantis, romances modernos, livros de história, artigos. Eu tenho lido livros desde os 8 anos de idade e ainda me lembro do meu primeiro livro: Little Women de L. May Alcott’s (Traduzido aqui no Brasil como ‘Mulherzinhas’). O que não posso deixar de me lembrar foi quando li Orgulho e Preconceito. Uma de minhas tias me deu o livro e dizendo: “Talvez você o ache um pouco entendiante”. Entediante? Eu ainda posso me ver, tão jovem, me identificando com Elizabeth e vivenciando seu orgulho em relação ao Mr. Darcy, sua simpatia por Wickham, seu arrependimento por ter tido falsas impressões, e em seguida, aos poucos,  o reconhecimento de seu afeto e estima por Mr. Darcy, até que finalmente, ela teve a chance de se casar com ele. Foi muito excitante!
 
Maria no lago Canterno – Itália

Then I met Jane Austen again at university. But the approach was completely different, it was even a bit disappointing at first. I almost didn’t recognize the lovely novel I had read 4 or 5 years before: social satire, female social role, no sentimentalism, irony, witty style, round characters, context, the Regency, literary sources … why did they want me to juxtapose all that to one of my favourite stories? But that’s what academic studies usually do to our favourite tales … I had to cope with the hard task and, finally, I even got to appreciate Jane Austen more and more. My adult outlook to her work made me go on and read her Sense and Sensibility, then Emma, Northanger Abbey, Mansfield Park and last but not least, Persuasion (now my favourite one).
Eu reecontrei Jane Austen novamente na universidade. Porém, a abordagem foi completamente diferente, e até mesmo um pouco decepcionante. I quase não reconheci o adorável romance que eu havia lido há 4 ou 5 anos: crítica social, o papel social da mulher, não ao sentimentalismo, ironia, estilo espirituoso, personagens, contexto, a Regência, fontes literárias… Porquê eles queriam que eu fizesse uma justaposição de uma das minhas histórias favoritas? Bem… é isso o que os estudos acadêmicos fazem com nossas histórias favoritas… I tive que lidar com a difícil tarefa e, finalmente, comecei a apreciar Jane Austen cada vez mais. Meu olhar adulto para o seu trabalho me conduziu à leitura de Razão e Sensibildiade, Emma, A Abadia de Northanger, Mansfield Park e por não último, mas não o último Persuasão (que é o meu favorito).

Maria em sua cidade favorita, com o marido e o filho Valério
My love for period drama and adaptations (not only of Jane Austen‘s works) only started after watching Sense and Sensibility 1996. Living in Italy, missed BBC 1995 cult adaptation of Pride and Prejudice and I only saw it after P&P 2005 with Matthew MacFadyen and Keira Knightley! I even watched it after Bridget Jones’s diary! (*blushes*)
Meu amor pelos filmes e séreis de época (não apenas baseados nos trabalhos de Jane Austen) começou logo após eu assistir Razão e Sensibilidade (1996). Já que moro na Itália, eu perdi a adaptação de Orgulho e Preconceito de 1995, e só pude assistí-la após ter visto o filme Orgulho e Preconceito (2005) com Matthew MacFadyen and Keira Knightley! Eu até assisti O diário e Bridget Jones antes de assistir a adaptação da BBC! (*ficando corada*)

*Aguardem até amanhã, pois publicarei a segunda parte do post de Maria Grazia!
 

Grazie per tutti Maria!

JASBRA no Blog Italiano Jane Austen Book Club

Fui convidada a escrever um post sobre o início da JASBRA para o blog da Maria Grazia: My Jane Austen Book Club. O blog é escrito por uma italiana (professora de inglês). Conheci Maria há algum tempo e agora que descobrimos que temos a mesma profissão, estamos trocando algumas dicas e ideais para lecionar inglês como língua estrangeira.
Leia o post aqui.
Here is the post in english.

Parabéns Elizabeth Gaskell!

Para celebrar o aniversário de 200 anos de nascimento da escritoa Elizabeth Gaskell, a Laurel Ann do AustenProse, decidiu organizar uma postagem coletiva! Achei a ideia fabulosa!
Para quem não conhece a Elizabeth Gaskell (29 September 1810 – 12 November 1865), ela é autora de diversos romances do século 19. Os mais conhecido aqui no Brasil, talvez seja North and South por causa da série de Tv (2004).
Os livros publicados:
Mary Barton (1848)

Cranford (1851–3)
Ruth (1853)
North and South (1854–5)
Sylvia’s Lovers (1863)

Wives and Daughters: An Everyday Story (1865)

Elizabeth Gaskell
– Leia uma resenha da série North and South no Fly High (Maria Grazia).
– Leia uma biografia de Elizabeth Gaskell no Jane Austen’s World (Vic Sanborn).
– Leia uma resenha do livro North and South no AustenProse (Laurel Ann).
– Neste post de Laurel Ann você poderá ver a lista dos blogs participantes e também poderá ler mais resenhas e biografia da escritora.
Os livros de Gaskell podem ser encontrados em formato digital no Projeto Gutenberg.
Mais informações sobre a escritora podem ser obtidas na The Gaskell Society.
Mais informações sobre Northa and South – O Musical, você poderá ler aqui.
North and South (Musical) Mr. Thorton and Miss Hale (Margaret)
***
Minha experiência com Elizabeth Gaskell não é tão vasta quanto a que tenho com Jane Austen. Porém, após assistir a série North and South, eu me apaixonei pela história e fui atrás de obras da escritora. Eu também já assisti a série Wives and Daughters, gostei muito!
No semestre passado, eu adotei North and South (Penguin Readers) com meus alunos do segundo ano do Ensino Médio (CEFET-MG). Foi interessante porque alguns puderam utilizar elementos da história e Gaskell em um trabalho sobre revolução industrial para as aulas de história. O livro adotado no CEFET-MG não é a versão integral da obra, é um versão resumida para alunos de inglês do nível intermediário. Infelizmente no Ensino Médio não há como utilizarmos as obras completas, até mesmo pelo nível de proficiência dos alunos. Mas, considero o meu trabalho como uma desafio pois não é comum jovens da idade dos meus alunos lerem literatura clássica em língua estrangeira.
Eu tenho quatro livros de Gaskell em inglês (3 da editora Wordsworth e 1 da editora Dover): Wives and Daughters, North and South, Cranford and other stories.
Editora Wordsworth
Cranford e outras histórias
Cranford
DVD North and South (BBC)
Em português, eu tenho dois livros apenas e um DVD (Editora Logon):
Livros em português
Edição Portuguesa da Editora Portugália de Margaret Brown (1943)
Edição brasileira de Cranford, Editora José Olympio (1946), traduzido por Raquel de Queiroz.

Jane Austen in Manhattan – uma resenha

O texto abaixo foi originalmente publicado em inglês no blog My Jane Austen Book Club da Maria Grazia. A tradução é de Luana Musmano.

Queria tanto assistir a esse filme, e, agora, minha decepção é indescritível! Por um lado, estou feliz de ter assistido, porque tinha ouvido falar do filme, e era um dos únicos relacionados a Austen que eu ainda não havia visto. Até o adicionei à minha coleção de DVDs, mas…foi excessivo, acho: definitivamente não merece ser assistido mais de uma vez.

Neste absurdo “romance” chamado Jane Austen in Manhattan (1980, EUA, 111 minutos), produzido pela Merchant Ivory, o passado encontra o presente, e egos extravagantes colidem quando duas companhias de teatro competem entre si pelo direito de montar uma jóia literária: a peça recém-descoberta de uma das autoras mais amadas da Grã-Bretanha. Ao delinear a sedução de uma garota inocente por um libertino, o filme tenta misturar a esperteza da encantadora criação oitocentista de Jane Austen às forças, ambições e costumes sexuais da Nova Iorque da década de 70. O resultado é um dos mais esquisitos e bizarros filmes a que já assisti.

As duas companhias teatrais – igualmente ansiosas por realizar a estreia mundial da peça – precisam competir pelos direitos sobre a obra, propriedade de uma fundação artística. Uma das companhias é dirigida pela tradicionalista Lilianna Zorska (Anne Baxter); a outra, por seu antigo protegido – e ex-amante – o carismático Pierre (Robert Powell), que dirige uma trupe de vanguarda. Para complicar a situação, há Ariadne (Sean Young), a jovem e bela atriz que Pierre está determinado a seduzir, e separar do marido, Victor (Kurt Johnson). Eventos modernos começam a espelhar os temas de sedução e salvação presentes na peça de Austen, enquanto Lilianna luta para deter Pierre e salvar Ariadne de suas garras.

A inspiração por trás de Jane Austen in Manhattan reside em um evento real: a venda, pela Sotheby’s de Londres, do manuscrito de uma peça da juvenilia de Jane Austen, peça esta baseada em Sir Charles Grandison, de Samuel Richardson. O manuscrito passou à produção da Merchant Ivory. A companhia o considerou leve demais para merecer uma produção própria, mas material ideal para uma “peça dentro de outra peça”.

Na minha opinião, eles desperdiçaram uma boa oportunidade. A idéia da peça dentro de outra peça não era nada má. Mas eu teria ambientado a ação na casa de Jane Austen, com sua família encenando a pequena peça. Não tão original, mas uma boa oportunidade para um filme de época. James Ivory tem entre seus créditos um filme de época maravilhoso, Uma Janela Para o Amor (A Room With a View), baseado no romance de E.M. Forster. Adoro aquela adaptação! Talvez fosse isso que eu esperava dele como diretor, e não tendo encontrado um pouco daquela poesia e bela fotografia, senti-me meio traída.

My Jane Austen Book Club

Eu conheço a Maria Grazia há mais de um ano, mas acabei descobrindo que nunca indiquei seu blog sobre Jane Austen aqui no blog da JASBRA! Mi dispiace Maria!
Maria é uma professora de Inglês que mora em uma cidadezinha há 50 minutos de Roma. Isso mesmo! Maria é italiana! Como estou cada vez mais, estreitando os laços com a Itália (minha cidadania está para sair), acaba que por coincidência ou não, estou conhecendo cada vez mais fãs de Jane Austen na Itália.
Bem, vamos ao que interessa! O blog de Maria se chama My Jane Austen Book Club, está escrito em inglês! Acesse aqui o blog My Jane Austen Club.