O texto abaixo foi originalmente publicado em inglês no blog My Jane Austen Book Club da Maria Grazia. A tradução é de Luana Musmano.
Queria tanto assistir a esse filme, e, agora, minha decepção é indescritível! Por um lado, estou feliz de ter assistido, porque tinha ouvido falar do filme, e era um dos únicos relacionados a Austen que eu ainda não havia visto. Até o adicionei à minha coleção de DVDs, mas…foi excessivo, acho: definitivamente não merece ser assistido mais de uma vez.Neste absurdo “romance” chamado Jane Austen in Manhattan (1980, EUA, 111 minutos), produzido pela Merchant Ivory, o passado encontra o presente, e egos extravagantes colidem quando duas companhias de teatro competem entre si pelo direito de montar uma jóia literária: a peça recém-descoberta de uma das autoras mais amadas da Grã-Bretanha. Ao delinear a sedução de uma garota inocente por um libertino, o filme tenta misturar a esperteza da encantadora criação oitocentista de Jane Austen às forças, ambições e costumes sexuais da Nova Iorque da década de 70. O resultado é um dos mais esquisitos e bizarros filmes a que já assisti.
As duas companhias teatrais – igualmente ansiosas por realizar a estreia mundial da peça – precisam competir pelos direitos sobre a obra, propriedade de uma fundação artística. Uma das companhias é dirigida pela tradicionalista Lilianna Zorska (Anne Baxter); a outra, por seu antigo protegido – e ex-amante – o carismático Pierre (Robert Powell), que dirige uma trupe de vanguarda. Para complicar a situação, há Ariadne (Sean Young), a jovem e bela atriz que Pierre está determinado a seduzir, e separar do marido, Victor (Kurt Johnson). Eventos modernos começam a espelhar os temas de sedução e salvação presentes na peça de Austen, enquanto Lilianna luta para deter Pierre e salvar Ariadne de suas garras.
A inspiração por trás de Jane Austen in Manhattan reside em um evento real: a venda, pela Sotheby’s de Londres, do manuscrito de uma peça da juvenilia de Jane Austen, peça esta baseada em Sir Charles Grandison, de Samuel Richardson. O manuscrito passou à produção da Merchant Ivory. A companhia o considerou leve demais para merecer uma produção própria, mas material ideal para uma “peça dentro de outra peça”.Na minha opinião, eles desperdiçaram uma boa oportunidade. A idéia da peça dentro de outra peça não era nada má. Mas eu teria ambientado a ação na casa de Jane Austen, com sua família encenando a pequena peça. Não tão original, mas uma boa oportunidade para um filme de época. James Ivory tem entre seus créditos um filme de época maravilhoso, Uma Janela Para o Amor (A Room With a View), baseado no romance de E.M. Forster. Adoro aquela adaptação! Talvez fosse isso que eu esperava dele como diretor, e não tendo encontrado um pouco daquela poesia e bela fotografia, senti-me meio traída.
Nossa, sempre quis ver este filme. Achei que a idéia duas companhias tentando montar uma obra de Jane Austen seria um mote para um belo filme. Mas sabe que a idéia bem que podia ser revisistada, ainda é tempo de se produzir algo do tipo. Apesar de tudo, ainda quero ver o filme, nem que seja só para me decepcionar.
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Ana, eu também quero ver este filme. Concordo com você que ainda há tempo de se produzir algo do tipo!
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I liked reading my thoughts in Portuguese. Thanks Adriana & Luana!
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Hi Maria, I hope we can translate more posts!
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Oi!
Nossa estou apaixonada pelo blog… estava “andando sem rumo” e acabei paranda aqui.
Amo Jane Austen!
Já estou seguindo!
Parabéns pelo blog!
http://fazparte-ni.blogspot.com/
BJS
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Obrigada Niii!
SEja bem vinda!
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