Aguardem um novo post com os detalhes do sorteio, ok?
Livros Inspirados nos Clássicos de Jane
Lançamento: Morte em Pemberley
The Jane Austen Academy series
Conheça um pouco mais sobre a série aqui. Ou no site da autora Cecelia Gray.
Veja abaixo o vídeo da série:
O traiçoeiro Mr. Wickham capítulos 1 e 2
O traiçoeiro Mr. Wickham
As sequências da obra de Austen
RESULTADO DO SORTEIO – Nina Benneton
“Damn stupid Bingley for dragging me here.” Darcy cursed under his breath. He swallowed his frustration and tried to improve his mood. Bingley was his best friend and, at this stage in his life, he didn’t want the bother of training another one.
Com um herói como esse já logo na primeira página, que tipo de mulher seria necessário para provocar uma profunda mudança neste personagem?
Um homem com uma necessidade patológica de estar em controle precisa de um mulher forte que vai mostrá-lo que ela é que está no controle, certo?
Errado.
As pessoas resistem muito a qualquer tipo de mudança. Ele não vai mudar só porque ela é uma mulher forte bonita, inteligente e sofisticada. Também não quise escrever sobre dois homens lutando pelo amor de uma mulher. Um bilionário filantropista, meu Mr. Darcy moderno teria conhecido muitas mulheres inteligente e bonitas, fortes e determinadas, mas nunca sucumbiu ao amor de nenhuma.
Ele precisava de alguém diferente.
Alguém que não fosse passiva, mas que também não ligasse para sua necessidade de manter o controle sobre qualquer situação ou o fato de ter necessidade de lavar suas mãos constantemente. Alguém interessante e diferente o suficiente para curá-lo com uma terapia especial e o fizesse esquecer de todas as bactérias envolvidas.
Ele precisava da quixotesca e impulsiva Dr. Elizabeth Bennet, uma médica de São Francisco, especialista em doenças contagiosas que estava trabalhando no Vietnam como voluntária.
E é por essa razão que meu herói romântico se chamou “Compulsively Mr. Darcy”.
Nina Benneton
Lançamento: Death Comes to Pemberley
Maiores detalhes sobre o livro, inclusive algumas páginas para degustação do leitor, você encontrará aqui: Amazon do Reino Unido
P. D. James é o nome literário de Phyllis Dorothy James (1920-), a “Baroness James of Holland Park”, representante vitalícia do Partido Conservador na Casa dos Lordes do Parlamento britânico. Em plena atividade aos 91 anos, ela acaba de lançar o seu mais recente romance policial, “Death Comes to Pemberly” (editora Faber & Faber). Resultado: primeiro lugar na lista de best-seller de ficção no Reino Unido. Com uma longevidade que me faz lembrar a querida amiga Agatha Christie (1890-1976), outrora merecidamente apelidada de a “dama” ou a “Rainha” do crime, P. D. James tem com “Death Comes to Pemberly” o ponto de chegada (ainda provisório, acredito) de uma belíssima carreira literária que se inicia com “Cover Her Face” (1962), onde ela nos apresenta o seu detetive, Adam Dalgliesh, da Scotland Yard. Pertencente à Royal Society of Literature e presidente da Society of Authors, P. D. James, por alguns de seus romances assim como pelo conjunto da sua obra, já ganhou inúmeros prêmios atribuídos à literatura policial, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos.Em “Death Comes to Pemberly”, P. D. James une duas de suas grandes paixões: o romance policial e a obra de Jane Austen (1775-1817), uma das maiores escritoras inglesas de todos os tempos, autora dos romances “Sense and Sensibility” (1811), “Pride and Prejudice” (1813), “Mansfield Park” (1814), “Emma” (1815), “Persuasion” (1818) e “Northanger Abbey” (1818). “Death Comes to Pemberly” põe morte e mistério no mundo de “Pride and Prejudice”. Em 1803, Mr. Darcy e Elizabeth (Bennet), principais personagens do clássico de Austen, são casados há alguns anos e têm dois filhos. Tudo vai muito bem em Pemberley, a propriedade da família no condado inglês de Derbyshire. Mas essa tranquilidade é quebrada em certo dia do outono. Após uma festa, sem convite, uma esposa aparece alegando haver sido seu marido assassinado. A partir daí a felicidade no casamento de Mr. Darcy e Elizabeth é ameaçada. A Pemberley de Austen é agora um ambiente permeado de crime e muito mistério. Uma empreitada audaciosa, pode-se dizer do novo livro de P. D. James. Embora na literatura inglesa venha se tornando cada vez mais frequente os pastiches e as paródias dos clássicos, “Death Comes to Pemberly”, seriamente, procura inserir uma estória dentro de outra estória, o que, convenhamos, não é nada fácil.De P. D. James eu já conhecia e aprovara “A Certain Justice” (1997), que gira em torno do assassinato de uma brilhante advogada criminal, Venetia Aldridge, após haver defendido, com sucesso, um jovem acusado de haver matado a própria tia. Para aqueles ligados ao Direito, sobretudo ao direito criminal, “A Certain Justice” tem um apelo especial: entre outras coisas, ele procura analisar o que se passa na mente de um criminoso, discute os dilemas morais dos advogados criminais (o que nem todos eles, é verdade, têm), assim como explica as limitações de qualquer sistema de justiça criminal. “Death Comes to Pemberly” foi, portanto, uma compra natural. E logo comecei a devorar as primeiras páginas.
Mas, numa dessas coincidências da vida, no mesmo dia que adquiri “Death Comes to Pemberly”, perambulando pelos sebos de Charing Cross (ao dizer isso mais uma vez, fica até parecendo que vivo por lá e nada estudo de Direito), dei de cara com uma coleção de romances de P. D. James em uma promoção imperdível. Cada qual com suas 400 páginas, todos em capa dura e novinhos. O melhor: apenas 1 libra cada. E lá foram para a minha sacola: “A Mind to Murder” (1963), “Unnatural Causes” (1967), “Death of an Expert Witness” (1977), “Innocent Blood” (1980), “A Taste for Death” (1985), “Original Sin” (1994) e “Death in Holy Orders” (2001), “The Murder Room” (2003) e “The Lighthouse” (2005).
Foi só chegar em casa e folhear esses livros que me bateu uma dúvida: deveria continuar lendo “Death Comes to Pemberly” ou deveria (re)começar minha aventura pelo mundo de P. D. James por um dos seus romances policiais tradicionais, com o detetive Adam Dalgliesh como meu guia?
Sem consultar pessoalmente minha nova amiga (P. D. James), deixei de lado “Death Comes to Pemberly” e parti para “Death in Holy Orders”. Que me desculpe a queridinha Jane Austen, mas adorei o enredo de “Death in Holy Orders”, que tem como pano de fundo uma série de assassinatos em um Seminário da Igreja Anglicana, o St. Anselm’s Theological College, localizado em um remoto ponto na costa de Suffolk, condado no estremo leste da Inglaterra. Achei “sinistro” ou, como dizem os jovens de Natal com um sentido bem positivo, “tenso”. Em tempos de Carnatal, é do que preciso. Depois, prometo, volto para descansar na “Pemberly” de Austen e James.
Notícias quentinhas do Encontro JASNA no Texas! – Parte 1/2
Para ler: Austenland
A música começara, os casais iniciando os movimentos, mas Mr. Nobley fez uma pausa para segurar o braço de Jane e sussurrar, “Jane Erstwhile, se eu nunca mais tivesse de falar com outro ser humano além de você, eu morreria um homem feliz. Gostaria que essas pessoas, a música, a comida e todas as bobagens desaparecessem e nos deixassem sozinhos. Eu nunca canso de observá-la ou escutá-la.” Ele respirou. “Pronto. Este cumprimento foi de propósito. Eu juro que nunca irei cumprimentá-la à toa novamente”.
A boca de Jane estava seca. Tudo o que ela conseguiu dizer em resposta foi: “Mas… mas certamente você não considera banir toda a comida.”
Ele considerou aquilo para então concordar com a cabeça. “Certo. A comida fica. Faremos um piquenique.”
Confesso que não estava esperando muita coisa desse livro – na verdade, ele só passou à frente na minha lista de prioridades porque vi a notícia de que seria lançado um filme ano que vem inspirado nele, e isso me deixou curiosa: uma vez que Stephanie Meyer é a produtora do filme, fiquei pensando que o Mr. Darcy dessa história talvez brilhasse no escuro.
Ainda assim, a forma como comecei esse volume é interessante… eu estava lendo Assombrações do Recife Velho de Gilberto Freyre e, embora o livro fosse maravilhoso, chegou um certo ponto em que me toquei de que (1)todo mundo tinha ido dormir, (2)uma tempestade furiosa lá fora estava fazendo janelas e portas balançarem criando barulhos estranhos e, (3)de uma forma geral, a qualquer minuto apareceria uma alma penada como as que assombravam os casarões que Freyre descrevia.
Destarte, antes que minha imaginação hiperativa produzisse algum fantasma ou eu entrasse num surto histérico ou coisa parecida, larguei Freyre e peguei o próximo livro da pilha junto à minha cabeceira. Minha idéia era começar a ler alguma coisa açucarada e bobinha que me relaxasse o suficiente para que o Boca de Ouro não aparecesse em meus sonhos.
Devia ser umas dez da noite quando comecei o livro… e a cada página virada eu dizia ‘só mais uma depois vou dormir’ ou ‘ainda é cedo, mais um capítulo’ e quando vi eram quatro da manhã: em duas horas eu tinha de estar pronta para sair para o escritório, mas eu não estava nem aí, sorrindo com um sorriso besta de quem foi para o sétimo céu e voltou.
Pois é… Austenland é o tipo de livro que faz você perder completamente a noção da hora e não larga até terminar – e quando termina quer começar tudo de novo enquanto arruma as malas para passar uma temporada no bendito resort também.
Ok, então… Jane Hayes tem um vício: Mr. Darcy. Mas não qualquer Mr. Darcy e sim o interpretado por Colin Firth na série de 95. Toda vez que Lizzie e Darcy trocam aquele olhar por cima do piano, depois que ela socorre Georgiana, Jane derrete-se em seu sofá.
Essa obsessão, contudo, chegou a um ponto que Jane continuamente se sabota em seus relacionamentos – os homens que encontra em sua vida real estão aquém de sua própria intensidade romântica e têm o grande, enorme defeito de não serem Mr. Darcy.
Jane reconhece isso e está disposta a mudar e deixar de lado todos os seus sonhos austenianos para trás e embarcar na ‘realidade’, quando recebe um inesperado legado no testamento da tia-avó: uma viagem de três semanas para um resort inglês no qual os hóspedes mergulham completamente num mundo criado pelos livros de Austen.
Não estou brincando, é uma imersão total MESMO.
Agora, antes que vocês comecem a fazer fila e perguntar onde providenciar as reservas, tentem se lembrar das inúmeras restrições às mulheres da época – e que Jane percebe muito bem ao longo de sua estadia em Austenland.
Você começa tendo de entregar todos os aparatos tecnológicos e roupas modernas que possui, incluindo aí as roupas de baixo. É obrigado a aprender um tanto de etiqueta da época e depois despachado para o seio de uma família de atores, que dali por diante representará sua própria família.
Assim, Jane vai passar três semanas com os tios ingleses que estão hospedando Miss Charming, Coronel Andrews e Mr. Nobley. Para completar, temos um jardineiro bonitão chamado Theodore (nome verdadeiro: Martin) e uma penca de situações farsescas emulando cenas de todos romances de Austen.
Como não podia deixar de ser, no momento em que Jane jura que vai desistir dos homens em geral – e daqueles que usam casaca, em particular – ela passa a ser disputada pelo jardineiro e por Mr. Nobley, que faz as vezes de Mr. Darcy à perfeição.
Mas onde termina fantasia e começa a realidade? Como você pode acreditar em sentimentos surgidos enquanto estava atuando? E, afinal de contas, você estava realmente atuando o tempo inteiro?
Austenland é uma história leve, gostosa de ler, que em nenhum momento subestima a capacidade de seu leitor. Surpreendeu-me da melhor forma possível. Considerando que vai ter filme, eu não duvidaria da possibilidade de vermos esse título sair em português por aqui. Seria uma excelente pedida.
* Lu Darce (JASBRA-PE) está no momento se empanturrando de chocolate para compensar sua frustração com o fato de que não conseguiu fazer reservas em algum resort paradisíaco para viver as aventuras literárias de que tanto gosta. Ela nem fazia tanta questão que fosse em Austenland, ficando bem feliz se a despachassem para Nova Zelândia, a fim de visitar Valfenda. Essa e outras frustrações, vocês podem encontrar no Coruja em Teto de Zinco Quente.














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