Jasbra na Globo News – Segunda Parte

Não percam hoje às 21:30 na Globo News, a segunda parte do Programa Espaço Aberto Literatura sobre Jane Austen!
Para quem não assistiu a primeira parte, assista abaixo!

http://video.globo.com/Portal/videos/cda/player/player.swf

Jasbra na Globo News – Fotos dos Bastidores

Conforme o prometido ontem, publico hoje algumas fotos dos bastidores da gravação dos dois programas (na Livraria da Travessa) sobre Jane Austen para o Espaço Aberto Literatura da Globo News.

Livraria da Travessa Shopping Leblon
 Posicionando os microfones
 Descontração

 Adriana Zardini (obviamente sou eu), Celina Portocarrero e Claufe Rodrigues

Fiquem atentos à programação:
30/04 – Primeiro Programa
07/05 – Segundo Programa
Horários:
Sexta-feira, 21h30
Sábado, 01h30; 08h30; e 16h30
No domingo, os vídeos serão exibidos também no site da Globo News.

Espaço Aberto Literatura

Conheci esta semana o Jornalista e Escritor Claufe Rodrigues durante uma gravação para o Programa Espaço Aberto Literatura do Canal Globo News.
Abaixo, um convite do Claufe Rodrigues aos amigos e leitores do blog:
“Esta semana o Espaço Aberto Literatura exibe a entrevista que fiz com Tanussi Cardoso e Salgado Maranhão, dois amigos/poetas de longa data. Tal como eu, eles fazem parte da geração que superou os limites da poesia marginal ao mesclar elementos da rica tradição poética brasileira.

Vale a pena ver, sobretudo para entender a transição literária ocorrida naquele início dos anos 80, época do final da ditadura militar, desembocando na poesia multifacetária que é característica de nossos dias.

Participação especial de Paulo Betti, interpretando poemas de A cor da palavra, de Salgado Maranhão, e 50 poemas escolhidos pelo autor, de Tanussi Cardoso – livros que estão sendo lançados.

Lembrando ainda que, a partir de domingo, o programa pode ser visto no site da Globo News.”

Prestigiem!!

Horários:
Sexta-feira, 21h30
Sábado, 01h30; 08h30; e 16h30.

Entrevista com Susannah Carson

Há alguns dias fiz um post sobre o lançamento do livro de Susannah Carson aqui no blog, hoje apresento uma entrevista com a autora.

“A Truth Universally Acknowledged: 33 Great Writers on Why We Read Jane Austen” (“Uma Verdade Universalmente Conhecida: 33 Grandes Escritores falam sobre Porque Lemos Jane Austen”), editado por Susannah Carson: Uma Entrevista

por Vic (Jane Austen World)*

Eu li essas palavras na orelha da excelente nova compilação “A Truth Universally Acknowledged: 33 Great Writers on Why We Read Jane Austen”, editada por Susannah Carson, com prefácio de Harold Bloom, “Para muitos de nós, um romance de Jane Austen é muito mais do que o epítome de uma grande leitura. É um prazer e um conforto, um desafio e uma recompensa, e talvez até uma obsessão.” Que verdade. Susannah Carson selecionou ensaios dos últimos cem anos de críticas e justapôs algumas peças de ensaístas e romancistas atuais em um livro que eu descobri ser mais satisfatório do que uma aula de mestrado sobre Jane Austen. Considero essa entrevista com Susannah uma das melhores postagens desse blog (Jane Austen World). Aproveitem!
P: Quais eram os seus critérios na escolha dos ensaios? Poderia nos dar um exemplo de um escritor cujo ensaio você tenha considerado, a princípio, mas depois decidido não incluir na coleção?
R: Foram escritos tantos ensaios excelentes sobre Jane Austen! A maioria se empenha em esclarecer algum aspecto dos romances – o que, quando, como, etc. – e esses podem ser extraordinariamente úteis. Mas também há outros ensaios que lidam com o que é, na minha opinião, a maior questão: o porquê. Não, por exemplo, como podemos entender o relacionamento de Darcy e Elizabeth nos termos de relações entre gêneros, técnica narrativa e instituições culturais, mas por que o amor deles continua a nos comover tanto? David Lodge escreveu um ensaio intitulado “Jane Austen’s Novels: Form and Structure” (Romances de Jane Austen: Forma e Estrutura). Esse é talvez o relato mais agudo e elegante sobre como os romances funcionam. Mas ele responde a questão do “como” e então eu decidi incluir seu ensaio “Reading and Rereading Emma” (“Lendo e Relendo Emma”) no lugar do primeiro, pois nesse ele trata do essencial “porquê”.
P: Você tinha uma ordem em mente quando pôs os ensaios em ordem e por quê?
R: Alguns dos ensaios são sobre um romance, alguns são sobre um casal ou um pouco dos trabalhos dela e alguns são sobre tudo o que ela escreveu desde a juvenilia até seus romances inacabados e suas cartas. No final, nós decidimos organizá-los livremente: ensaios sobre um só romance aparecem em série e são separados por dois ou três ensaios mais gerais que são reunidos por tema (como moralidade, filmes). Quando eu os reli nessa ordem, fiquei contente em descobrir que os mesmos pensamentos iriam surgir e desaparecer em pequenas ondas ao longo de todo o livro. O vitalismo de Austen, por exemplo: no início, Eudora Welty escreve que os romances de Jane Austen são sobre “a própria vida”; no meio, mais tarde, Amy Heckerling aponta que todo mundo está “OCUPADO” e Eva Brann observa que as heroínas são cheias de “vivacidade” e, no penúltimo ensaio, Virginia Woolf escuta “o som de risos”.
P: Você concorda com a observação de Benjamin Nugent de que um romance de Jane Austen é a “a suprema tagarelice de um filme francês” porque em essência nada acontece exceto uma série de conversas entre as personagens?
R: Eu concordo. O uso de diálogos por Austen é complexo – ela os utiliza para esboçar a personalidade, mas (como Diane Johnson aponta em seu ensaio) ela raramente os usa para desenvolver o enredo. E ainda assim, ao mesmo tempo, a maior parte das cenas de clímax são apenas sobre palavras – seu uso e abuso. Em Orgulho e Preconceito, é a hilária proposta mal formulada de Darcy; em Mansfield Park, é o drama relativo ao teatro, ou o debate sobre encenar ou não Votos de Amantes; em Emma, é o menosprezo de Emma pela Srta. Bates durante o piquenique em Box Hill; em Persuasão é a carta de Wentworth escrita em contraponto à conversa que ele escuta entre Anne e Harville. Então as palavras estão no centro de qualquer que seja a sua interpretação errada ou correta, qualquer que seja a lição a ser aprendida durante o romance. Descobrir como as palavras funcionam em um ambiente social é, como Ben tão astutamente aponta, parte de um eterno processo de amadurecimento.
P: James Collins fez várias declarações fortes, dizendo que Jane Austen o ajudou a esclarecer escolhas éticas e descobrir uma forma de viver sua vida com integridade. Uma das razões pelas quais ela tem credibilidade aos olhos dele é a sua total falta de sentimentalidade. C. S. Lewis comenta sobre a moralidade radical de Austen e Amy Bloom pinta uma imagem de uma mulher que vê o mundo a sua volta através de uma transparente placa de vidro. Esses autores me ajudaram a esclarecer por que eu sou tão atraída por Jane Austen. Na sua introdução você espera que o leitor formule uma resposta para a questão: por que você lê Jane Austen? Eu vou reformular a sua pergunta: qual foi a sua razão para montar esse livro e por que você é atraída por Jane Austen?
R: Parece haver uma suspeita sussurrada em nossa cultura de que a Leitura está morta – de que nós dificilmente lemos alguma coisa e, quando o fazemos, não estamos realmente lendo. Felizmente isso não é verdade, mas o sublime Robertson Davies estava certamente atormentado por esse medo quando ele emitiu seu apelo: “O que peço é uma multidão de células revolucionárias, cada uma composta por um ser humano inteligente e um livro de valor substancial, iniciando o imensamente sério trabalho da exploração pessoal através do prazer pessoal.”
Essa coleção de ensaios visa ajudar as pessoas a descobrir como apreciar de verdade a leitura. Existem diferentes tipos de leitura. Temos a leve leitura de um spin-off de Jane Austen e isso proporciona uma certa diversão. E então temos a rica leitura de um romance de Jane Austen e isso proporciona não apenas um prazer imediato, mas uma compreensão profunda de como nossos corações e mentes funcionam. Pensamos freqüentemente na leitura como algo separado do ato de viver, mas com a melhor literatura – com os romances de Austen – a leitura se torna tão grandiosa, se não mais grandiosa, do que as outras partes e atos da vida. Então eu leio, e eu leio Austen, não apenas porque isso me ensina a pensar, imaginar e narrar, mas também porque é uma busca criticamente importante e profundamente indulgente.
P: Conte-nos um pouco sobre você! A sua breve biografia na orelha do livro me intriga. Diferente da Jane provinciana, cuja vida foi bastante circunscrita, você é verdadeiramente uma mulher do mundo.
R: Sim! Isso mostra que a obra de Austen continua a ter alguma coisa a dizer às mulheres modernas que são tão diferentes dela em todo tipo de detalhe cotidiano. Eu comecei praticamente no mesmo lugar, entretanto; minhas primeiras memórias datam dos anos em que minha família viveu em Hockwold-cum-Wilton, um pequeno vilarejo em East Anglia. Nós voltamos para o Napa Valley quando eu ainda era pequena e eu cresci no meio rural onde eu podia caminhar pelo campo para visitar amigos. A situação mudou quando eu fui embora para a faculdade, pois me vi cada vez mais viciada em livros: primeiro filosofia, depois literatura. Enquanto eu estava escrevendo uma tese para a San Francisco State University sobre Madame de Lafayette’s La Princesse de Clèves, eu fiquei completamente apaixonada por romances franceses do século XVII. Para ler esses romances raros com todo o seu mofo original, eu me mudei para a França. Depois de um mestrado em Lyon II, eu fiz um D.E.A (ou M.Phil) em Paris III. Em Paris, eu vivi em um apartamento sobre uma chocolateria na Ile St. Louis e passei pela Notre Dame todos os dias no meu caminho para a aula na Sorbonne. Então eu me mudei para New Haven para buscar um doutorado em Yale e acabei de voltar a São Francisco para finalizar uma dissertação sobre o perigo nos romances franceses do Antigo Regime.
Como teria sido a vida de Jane Austen se ela tivesse vivido, lido e escrito nos dias de hoje? Teria ela viajado pelo mundo por sua arte ou teria ficado contente com estacionários vôos da imaginação? Teria se desenvolvido e mergulhado em estudo “sério” ou teria permanecido com suas representações de três ou quatro famílias em um pequeno vilarejo? Não importa como levamos nossas vidas, acho que é inevitável que literatas modernas de alguma forma se associem com Austen: ela foi uma pioneira tão importante e é difícil dizer onde estaríamos hoje se ela nunca tivesse escrito.
Obrigada por suas reflexões, Susannah! Foi um prazer falar com você. Para todos os leitores desse blog, postarei a minha resenha do livro logo.
Mais informações sobre Susannah no site da Random House: Susannah Carson é uma candidata ao doutorado em francês na Universidade de Yale. Seus títulos anteriores incluem um M.Phil da Sorbonne Paris III, assim como Mas da Université Lyon II e San Francisco State University. Ela ministrou palestras sobre vários tópicos da literatura inglesa e francesa em Oxford, na Universidade de Glasgow, em Yale, Harvard, Concordia e na Universidade de Boston.
O link para o site de Susannah: Why Jane Austen

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Entrevista traduzida e gentilmente cedida por Mariana Fonseca
Vic do Jane Austen World também permitiu a tradução e publicação aqui no blog.
Vic from Jane Austen World gave us permission to translate the interview and publish it here.
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Post relacionado

Entrevista com João Pedro Roriz

Como prometi, aqui está a entrevista com João Pedro Roriz – autor de Orgulho e Preconceito, versão adaptada para a Editora Paulus.
1) Como conheceu a obra de Austen?
Jane Austen sempre me cativou por utilizar a ironia com perfeição. O retrato de uma época perdida no tempo também é algo interessante, pois sempre fui apaixonado por história. Mas ao mesmo tempo, sempre ouvi dizer que sua literatura era em algumas passagens um pouco imatura… o motivo talvez seja a idade em que Austen começou a escrever. Algo notável! Não devemos olhar a literatura de Jane pela forma e sim pelo conteúdo. Conheci Austen quando lia textos elizabetanos e fiquei curioso pelo texto daquela jovem que para alguns críticos equiparava-se a Shakespeare. Exageros a parte, me encantei com os elementos humanos de seus personagens e o poder de observação da escritora. Algumas passagens são sim ansiosas, mas existem muitas qualidades literárias impressionantes para uma escritora de 17 anos.
2) Quantos livros da Austen você já leu?
Confesso que até agora só me interessei em ler o Orgulho e Preconceito. Os outros livros dela não me cativaram tanto quanto esse (que foi o primeiro que li dela). Você leu outros livros de Austen? Se sim, quais?
3) Nessa adaptação de Orgulho e Preconceito você conseguiu sintetizar o livro original em 150 páginas, como foi isso?
Foi um desafio e tanto. A primeira versão desta adaptção tinha 240 pg., mas o editor pediu para sintetizar mais e o livro acabou com 150pg.. Eu simplifiquei a linguagem, juntei duas ou três cenas de cada vez nos mesmos ambientes, extirpei todas as gorduras, momentos de solilóquios dos personagens, etc. Outro elemento de simplificação do texto foi a mudança no tipo de narração do texto: Jane Austen era uma menina quando escreveu a primeira versão de Orgulho e Preconceito. Com isso, as opiniões da autora sempre se confundiam com as opiniões da protagonista Elizabet Bennett. O que fiz foi trazer a narrativa para a primeira pessoa. Isso contruibuiu para a compreensão das passagens e faciltou a leitura dos jovens. Apesar destas mudanças, o livro manteve o tom irônico e cerimonioso, os retratos históricos e sociais e, ainda o mais importante, a personalidade dos personagens e os elementos discritivos.
4) Você gosta das histórias de Austen?
Sempre escutei que os livros de Austen falam sobre o gênero feminino e imaginei que se tratassem de “histórias de mulherzinhas”. Mas eu me enganei. Ainda na adolescencia percebi que o retrato de seu tempo ia além da própria Inglaterra do Séc. XVIII. Os temas são atuais, pois ainda vivemos em castas, ditados por uma ordem político-financeira. As oligarquias ainda estão no poder e, neste sentido, vale a pena avaliar os ritos sociais, as pompas, as formas de diversão de uma civilização abastada e culta, suas hipocrisias, desmandos e paixões.
5) Se identifica com algum personagem?
Eu não sei porque, mas desde que escrevi a adaptação de Orgulho e Preconceito me tornei íntimo daquela família Bennett. Queria continuar lendo suas histórias, seus conflitos, suas lutas… Eu sou um sujeito meio platônico e me apaixonei de cara pela Lydia, a mais jovem e espivetada de todas. Vai ver que tenho uma atração por mulheres perdidas, vá entender…
6) Nos fale um pouco sobre sua atuação profissional.
Sou escritor e jornalista, ator, professor e gestor cultural da Universidade Castelo Branco. Tenho 4 livros publicado e estou com mais três no prelo pela Paulus Editora. Sou apresentador e produtor de um programa de rádio, faço palestras no Brasil todo, enfim…você me conhece melhor através do blog http://www.jproriz.blogspot.com/
7) Quais os nomes dos seus livros já publicados?
Poesia Teatral (Ibis Libris, 2006), Liras Dramáticas (Vianapole, 2007), Gorrinho uma loucura cronica (Paulus, 2009), Orgulho e Preconceito (Paulus 2009). NO PRELO: Chica da Silva (Paulus 2010), Almanaque do Jovem Cidadão (Paulus, 2010), Eros e Psique (Paulus 2010).
8) Gostaria de deixar uma mensagem para os fãs de Austen?
Quero agradecer por terem me dado a surpresa de gostarem de minha adaptação. Escrevi a adaptação a pedido da Paulus focando o público infanto-juvenil, mas me surpreendi com o número de leitores adultos do livro. Nós sabemos que um adaptação nunca poderá se igualar com o original no que se refere à qualidade, mas espero que esta obra possa contruibuir para o sucesso das obras de Austen no Brasil
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Ao visitar o orkut de João Pedro vi algumas fotos dele como o índio Parati na mini-série A Muralha (2000). Aqui vai uma descrição feita por João:
A minissérie A Muralha foi uma produção histórica da Rede Globo, do ano 2000, feita em comemoração pelos 500 anos de descoberta do Brasil. Por esse motivo, aceitei o convite de viver na pele de um índio, o verdadeiro representante do País do Cruzeiro. Meu prersonagem PARATI era um índio já “civilizado” pelos brancos, amigo do protagonista, o bandeirante DOM BRÁS (vivido por Mauro Mendonça). Parati é um personagem maravilhoso do livro A Muralha de Dinah Silveira de Queiroz. Indico esta leitura. A Muralha foi uma das minhas raras aparições na TV, mas é tão cheia de simbolismos e cenas marcantes que as pessoas até hoje comentam comigo. Foi uma experiência genial, mais como escritor do que como ator, pois eu tinha 17 anos , mesmo trabalhando como ator, sempre fui muito observador e por isso tive ali meus primeiros contatos com uma literatura educativa e ao mesmo tempo comercial.

Confissões de uma adolescente

Corrigindo… à pedido de Irena, segue abaixo dois links para contato com ela:
Que Jane Austen conquista todos que a lêem isso não temos dúvida, não é verdade?
Há alguns dias eu conheci a jovem Irena Freitas na internet e por compartilharmos o mesmo gosto por Austen, acabamos ficando amigas! Para minha surpresa, Irena desenha Austen em seu moleskine ou onde mais lhe der na cabeça! Eu conheci os desenhos de Irena no Flickr e resolvi publicar no blog a arte de uma jovem que também é apaixonada por Jane Austen! Irena gentilmente concedeu a entrevista abaixo e o direito de usar suas imagens aqui no blog. Detalhes sobre os desenhos abaixo. Nesta pequena entrevista, Irena demonstrou ser uma jovem muito esclarecida e apaixonada pelo que faz!
Perfil:
Irena Freitas tem 17 anos, mora em Manaus/AM e pretende cursar jornalismo na UFAM.

Jane Austen tomando chá com Napoleão. Esta ilustração originalmente foi desenhada em papel e depois transferida para o computador onde Irena pintou.

Perguntas:

Como conheceu Jane Austen?

Na verdade é uma história meio longa. Eu já tinha ouvido falar nela e nas suas principais obras, e até já tinha assistido uns filmes baseados nos livros (mesmo que meio que sem saber). Mas só foi no início de 2006, quando assisti a última versão para o cinema de “Orgulho & Preconceito” que realmente tive vontade de ler um livro dela. Li e gostei, porém foi só isso. No final do mesmo ano lembro que a minha professora de Inglês na época pediu para que nós escolhêssemos alguma pessoa influente de alguma forma na língua inglesa para nós fazermos uma pequena apresentação oral sobre ela. Desse modo, escolhi a Jane Austen, sem nenhum motivo aparente. Mas então quando fui fazer uma pesquisa sobre a vida e obras de Jane Austen algo que me chamou a atenção: ela tinha mania de escrever atrás de uma porta que rangia e não deixava ninguém vê-la escrevendo os livros. E eu simplesmente achei aquela a coisa mais engraçada do mundo, porque sempre julguei que eu era única pessoa do universo que tinha aquela mania. Depois daquilo eu meio que quis saber tudo sobre Jane Austen, e minha “pequena apresentação” para aula de Inglês durou duas horas e meia e deixei todo mundo da sala com vontade de ler Jane Austen também.


Já leu os livros dela? Quais?
Já li todos os livros, inclusive os trabalhos menores, tanto em português quanto em inglês. Devo ter mil cópias diferentes de cada livro espalhado pelo meu quarto! 🙂

Qual (is) o(s) seu(s) favorito(s)?
Nem sei dizer! Gosto de vários de maneira diferente, mas acho que meus favoritos são “Emma”, “Orgulho & Preconceito” e “Persuasão”.

Qual foi o motivo que te levou a desenhar Jane? Você se inspirou em quem/imagem?
Eu tenho essa tendência de desenhar pessoas célebres que já morreram, J! Mas acho que o que me levou a desenhar a Jane foi o fato de toda hora eu mentalmente me imaginar tendo altas conversas com ela ou coisas do tipo (meio obsessivo, eu sei).
Você já fez curso na área de desenho?
Uma vez, aos nove anos, eu tentei. Mas a aula me encheu o saco logo no primeiro mês. Nunca consegui criar disciplina para essas coisas.

O que você diria para os jovens da sua idade que ainda não conhecem a obra de Jane?
Eu acho que as pessoas deveriam para de encarar Jane Austen só como algum tipo de clássico da literatura inglesa. Porque, apesar de todos os seus livros se passarem no século XIX, os temas que eles abordam e, principalmente, a forma que ela aborda esses temas é muito atual, mesmo que isso seja algo meio piegas a se dizer. Se tirarmos todo essa tecnologia a verdade é que do século XIX pra esse novo milênio pouquíssima coisa mudou quando se trata de relacionamentos, e sobre isso Jane Austen soube falar melhor do que ninguém. Não é pra menos que suas obras ainda sejam tão populares atualmente.
* Detalhes sobre as figuras:
Figura 1 (Jane deitada), desenho feito no journal de Irena.
Figura 2 (Jane e um coração), este desenho foi feito sobre uma cópia xérox do livro Orgulho e Preconceito.
Figura 3 (Jane em preto e branco), desenho feito no moleskine.
Figura 4 (Jane em moldura oval), outro desenho feito no moleskine de Irena.