Quartas – Minha história com Jane Austen: Priscila Almeida

Prezados leitores, hoje é dia da Coluna das quartas-feiras: Minha história com Jane Austen! 

Com vocês: Priscila Almeida 


Meu amor por Jane Austen começou quando  vi o trailer de Orgulho e Preconceito a Versão de 2005 com a Keira  knightley. Fiquei completamente encantada , mais infelizmente não encontrei o filme em locadoras,e como não tinha internet na época acabei deixando pra lá.Em um dia comum  entrei em uma  loja para ver os  filmes em promoção e lá estava ele , não pensei duas vezes e o levei. E  para minha alegria ,valeu  cada centavo , não pelo valor material mais pelo prazer e a alegria que a obra  me proporcionou.Fiquei perdidamente apaixonada por Mr ° Darcy , quem não ficaria :3. Depois de assistir o filme umas 5 vezes decidi comprar o  livro , e ai de paixão a primeira  vista  virou amor.Desde então fiz uma pequena coleção da Musa Jane Austen, sim sim Musa meus amigos me zoam dizem que é tipo uma Musa da Ironia pra mim , mais ela é mais que tudo isso.Não sei explicar direito mais ela traz um mundo ao qual muitas garotas gostariam de viver , mesmo com toda aquela sociedade preconceituosa conseguimos ver o contentamento nas coisas simples como os bailes, os chás da tarde, ou uma caminhada para apreciar a paisagem ou apenas aproveitar a companhia um do outro, o que raramente acontece nos dias de hoje . Sem contar o amor, a forma de conquistar uma dama, por fim fui comprando as outras obras me apaixonando por outros cavalheiros ,Edward Ferrars,George Knightley ,etc. Mais Mr° Darcy sempre terá um espaço maior no meu coração.Infelizmente Jane Austen nos deixou pouquíssimas obras, mais tudo bem eu releio elas sempre e sempre me apaixonando cada vez mais e mais .Quando as Obras acabaram e os filmes , então decidi comprar as paródias kkkkk e como não rir ao imaginar Mr Darcy lutando contra zumbis kkk ,Desde então assisto tudo relacionado a Jane Austen da um certo conforto em relação as pouquíssimas obras que ela escreveu e principalmente a obra inacabada 😦 .Meu livro favorito e meu primeiro amor por Jane Austen sempre será Orgulho e Preconceito. Eu amoo Jane Austen. Beijos galera 🙂 


Acervo da Priscila

Olha que lindos esses cabelos vermelhos! 

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Terças: Indicações de Livros – Jane Austen, game theorist

A indicação do livro de hoje é também uma entrevista com o autor Michael Chwe. A entrevista foi publicada pela Revista Época, que também me convidou para falar sobre o assunto, porém, por agendas distintas da minha, eles não conseguiram entrar em contato comigo para uma entrevista por telefone a tempo da edição ser publicada. Bem, fica para a próxima! 🙂


Com vocês Jane Austen, game theorist!

“O mundo de Austen apresenta situações tão complexas quanto as da economia ou da política”, diz Michael Chwe, professor de ciências políticas da Universidade da Califórnia


Michael Chwe, professor de ciências políticas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, assistia ao filme As patricinhas de Beverly Hills(1995), com os filhos, quando teve uma ideia. Percebeu que a história apresentava modelos clássicos da Teoria dos Jogos, formulada em 1944. Decidiu ler os seis livros de Jane Austen, escritora do século XIX cujo trabalho inspirou o filme. O resultado de sua pesquisa é o livro Jane Austen, game theorist, inédito no Brasil, no qual afirma que Austen foi um gênio da matemática.


ÉPOCA – O senhor acha importante enxergar a literatura com “olhos de matemático”?

Michael Chwe – Há muitas formas de entender a literatura, e a perspectiva da Teoria dos Jogos é uma delas. Alguns exemplos ótimos estão no livro de Tom Schelling, vencedor do prêmio Nobel em 1995. Não há muita matemática no meu livro, apenas o suficiente para ilustrar como a Teoria dos Jogos funciona. Eu acho que qualquer teórico dos jogos iria concordar que o mundo de relações e manejos sociais de Austen apresenta situações pelo menos tão complexas quanto aquelas na economia ou na política.

ÉPOCA – Como o senhor diria que a Teoria dos Jogos se apresenta nos livros de Jane Austen?


Chwe – Aqui está um exemplo do livro Orgulho e Preconceito (Correção de Adriana Zardini: Emma) . Jane Fairfax não recebe uma carta de Frank Churchill, de quem está noiva secretamente. Ela chega então à conclusão de que ele simplesmente não se importa, em vez de culpar o serviço dos correios. A discussão da confiabilidade no serviço já havia sido feita anteriormente por Jane Fairfax e Mr. John Knightley. Austen sugere duas explicações para aquela situação, portanto: uma baseada no hábito e uma pensada nos interesses. Como uma teórica dos jogos, a explicação pelo interesse é a fundamental.


O livro de Michael Chwe, “Game theorist” (Foto: Reprodução)
ÉPOCA – Algumas pessoas consideram Jane Austen uma escritora além do seu tempo. O senhor concorda?
Chwe – Muitas pessoas amam Austen porque adoram o mundo da Regência Britânica (1811 a 1820). Para mim, isso não é muito sobre o que os livros realmente tratam. Os insights dela sobre interações humanas são atemporais e universais, assim como os insights da Teoria dos Jogos. Austen estava tentando explorar estratégias de pensamentos de um ponto de vista da Teoria dos Jogos, embora não ache surpreendente que os romances e jogos matemáticos compartilhem tantas semelhanças. Os insights são universais o suficiente para terem surgido em diferentes contextos históricos.


ÉPOCA – O senhor pode explicar a conexão entre boas escolhas e ser dominado pelas emoções?

Chwe – No livro Mansfield Park, Edmund Bertram dá um colar de ouro para Fanny Price, dizendo que é uma recordação do amor entre melhores amigos, e vai embora. Fanny, sem querer que a doçura dele acabe, cheia de sentimentos de dor e prazer, poderia ousar falar, mas é silenciada, pois era a melhor escolha que poderia fazer. Esse é um exemplo de como Austen mostra que as pessoas sempre podem agir para seus interesses, mesmo sobre estresse emocional. Mesmo dominada pelas emoções, o desejo de Fanny é soberano. Muitas pessoas criticam a Teoria dos Jogos e os economistas por dar mais atenção às escolhas que às emoções. Mas Austen concorda com os economistas. Seus personagens têm intensas emoções, mas agem de acordo com seus interesses.


ÉPOCA – Que tipo de lições valiosas uma pessoa interessada em manipulação e persuasão no mundo real poderia tirar dos livros de Austen?

Chwe – Uma das lições mais importantes do livro é que, mesmo nas situações mais difíceis ou até constrangedoras, é possível ser estratégico e tomar boas decisões. Em Mansfield Park, Fanny Price não tem poder e é maltratada pela família adotiva. Mesmo assim, ela mantém posições estratégicas. Olhando as estrelas pela janela com Edmund Bertram, Fanny propõe que eles observem a constelação Cassiopeia, o que só é possível se eles forem até o jardim juntos. Essa simples manipulação quase funciona. Quando o rico e o odioso Henry Crawford pede sua mão em casamento, ela recusa, mesmo que todos, inclusive Edmund, tentem persuadi-la a aceitar a proposta. E no final ela conquista Edmund. Assim, Fanny é a única heroína de Austen que toma uma decisão, opondo-se à opinião contrária de todos. Se uma garota aparentemente fraca como Fanny pode se defender sozinha e tomar as rédeas das suas próprias escolhas, então todos nós podemos.

Casos clássicos da Teoria dos Jogos em livros de Jane Austen 


Dilema do Prisioneiro
O que é? Cada pessoa pode ou não contribuir para o bem estar social, mas cada um quer no fundo uma “carona livre” no esforço do outro. Como resultado, ninguém contribui e a situação é pior a todos.
Exemplo real: Poluição nas cidades. Todos preferem um ambiente com ar limpo, mas ainda sim individualmente preferem manter um carro velho e sem manutenção que solta fumaça, por exemplo, a andar de bicicleta ou usar energia limpa. 
Em Jane Austen
Obra: Persuasão
Ano: 1818
Onde: Quando o Capitão Wentworth está visitando sua irmã no Kellynch Hall e é convidado para jantar no Upercross. Charles e Mary Musgrove também são convidados e estão ansiosos para conhecer o Capitão. Mas infelizmente o filho pequeno do casal, Charles, teve uma queda e deu um mau jeito no pescoço. Cada um pode escolher entre ir ao jantar ou cumprir suas obrigações de bons pais, apesar do desejo próprio. Depois de Charles partir para o jantar, Mary chora e questiona: “Se o papai pode ir, por que eu não poderia?”. Se Charles ficasse em casa, talvez sua mulher também o fizesse, e o filho não ficaria triste. Mas, uma vez que um deles decide sair, o outro se sente excluído e decide ir junto. Essa situação é salva por Anne Elliot, irmã de Mary, que decide ficar para cuidar do sobrinho. Anne está feliz em ter uma desculpa para não encontrar o Capitão Wentworth porque havia recusado uma proposta de casamento dele oito anos antes.


Caça ao Cervo 

O que é? Cada pessoa quer participar, mas ninguém quer ser a única participando. Todos precisam da segurança que outros vão participar também. Assim, seria mais fácil chegar a um acordo, já que há vantagem para os envolvidos. 
Exemplo real: Unir-se a uma insurreição política. Se você é o único que quer participar, provavelmente vai levar um tiro, mas, se todos se juntarem à causa, o regime pode cair.
Em Jane Austen
Obra: Orgulho e preconceito

Ano: 1813

Onde: Quando Elizabeth Bennet visita Netherfield, o Sr. Darcy a convida para dançar, mas ela recusa, pensando que ele queria humilhá-la (ele havia dito anteriormente ao Mr. Bingley: “Ela é tolerável, mas não tem beleza suficiente para tentar-me”). Ou seja, a princípio, ela não gostava do senhor Darcy, por achar que ele não gostava dela, como confessou a Charlotte Lucas.

Jogo do Covarde

O que é? Cada pessoa pode confrontar ou se acovardar. A melhor situação é quando um dos envolvidos continua e o outro desiste. Mas se ambos decidem se armarem, o resultado é sempre um desastre.
Exemplo real: Armamento de mísseis em Cuba. Nesse jogo, é uma vantagem mover primeiro e se armar antes que outro tenha a chance de fazê-lo. Uma vez que você está armado, o outro vai ter que desistir antes que aconteça uma catástrofe. 
Em Jane Austen
Obra: Razão e sensibilidade

Ano: 1811

Onde: Elinor Dashwood gosta de Edward Ferraris, mas não reconhece suas intenções verdadeiras. Porém, quando Elinor conhece Lucy Steele, esta conta que está noiva dele em segredo há quatro anos. Então, Elinor diz a si mesma que só poderia ter sido por ciúmes a confissão. Em outras palavras, é melhor Lucy clamar por Edward para Elinor desistir, do que ambas causarem uma situação desconfortável.  


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E vocês, prezados leitores, 
o que acham da teoria de Michael Chwe?

Segundas – Charlotte Lucas e Lizzie Bennet

 Hoje é dia da Coluna das segundas-feiras: Discussões sobre Orgulho e PreconceitoA sugestão da discussão é da Flávia Oliveira (JASBRA-MG):

Trecho da discussão 

“ – Noiva de Mr. Collins? Minha cara Charlotte, não é possível! ”

O que vocês acham que Lizzie quis realmente dizer à Charlotte?


Conheça aqui as outras perguntas da nossa discussão sobre Orgulho e Preconceito

Domingos – Gabriel Shimura – Orgulho e Preconceito e Música

Hoje é dia da Coluna de Domingo: Jane Austen e os Rapazes. O objetivo é oferecer aos leitores deste blog uma visão masculina das obras de Austen.

Com vocês: Gabriel Shimura

Gabriel é de Brasília, estudante do Ensino Médio, Músico talentoso. Tive o prazer de conhecê-lo na ocasião de um sorteio do blog, onde ele foi um dos vencedores da bolsa da JASBRA. 


Orgulho e Preconceito e Música

 A característica que mais me cativou no filme Orgulho e Preconceito foi a música, pois ela muito se assemelhava à dos grandes mestres. Um exemplo é a que toca no início, cujo nome é “Dawn”. Quem já ouviu Chopin antes, sem a menor dúvida a assemelhou à alguma dele.
 Todas as músicas tocadas nos bailes tem uma ponta de Purcell nelas, o que foi uma grande adição, pois dá um ar ainda mais inglês ao filme. “A Postcard to Henry Purcell” foi a música tocada na dança de Elizabeth e Darcy no baile de Netherfield. Como o nome já sugere, ela é um arranjo de uma das mais belas obras do compositor inglês Henry Purcell, que é o segundo movimento da Suíte Abdelazer : 



  Mais tarde, esse tema é reproduzido, na partida dos Bingley e do Sr. Darcy de Netherfield, quando os empregados cobrem os móveis com panos.
  A Suíte Abdelazer, ou The Moor’s Revange foi uma música incidental (a clássica “música de fundo”. Música feita para acompanhar peças de teatro, filmes, etc.) composta por Henry Purcell no séc. XVII, para uma peça do mesmo nome, que foi uma adaptação de outra peça, “Lust’s Dominion”.
  O interessante foi quem escreveu a peça. Seu nome é Aphra Behn, a primeira escritora teatral profissional inglesa. Tal dama merece um grande reconhecimento, pois, em um período onde mulheres não possuíam tantos direitos, tornou-se famosa e influente. Dario Marianelli fez um excelente trabalho em ligar duas grandes escritoras em uma obra só.

Aphra Behn, por Peter Lely

Veja que bonita essa edição de Razão e Sensibilidade e o comentário de Gabriel: Porque Razão e Sensibilidade é coisa de homem! 



Conheça os outros posts das Colunas de Domingos.

Sábados – Por onde anda a bolsa da JASBRA?

Hoje é dia da Coluna O Mundo de Jane Austen, não é mesmo? Dessa vez vamos começar uma brincadeira! A pergunta é: por onde anda o seu kit jasbra? Você, prezado leitor, que adquiriu algum item do kit da JASBRA nesses últimos anos poderá participar enviando uma imagem do produto, com ou sem você, nas situações mais inusitadas ou comportadas! Fica à sua escolha, ok?

Para participar dessa brincadeira basta enviar um email com foto e detalhes para: adriana@jasbra.com.br

Sextas – Jane Austen Irônica: Emma e Harriet

Hoje é dia da Coluna das sextas-feiras: Jane Austen Irônica!

Conheça aqui os outros posts desta coluna Jane Austen Irônica.


Caso queira participar
envie-nos suas ideias: adriana@jasbra.com.br 

Quintas – Cartas para Madame Austen

Hoje é dia da Coluna das quintas-feiras: Cartas para Madame Austen! 

Na edição de hoje temos duas personagens bem diferentes: Charlotte Lucas e Mary Crawford! 


Envie suas cartas aqui! Totalmente confidencial!

Leia aqui as outras publicações desta coluna.


Quartas – Minha história com Jane Austen: Bianca Barros

Prezados leitores, hoje é dia da Coluna das quartas-feiras: Minha história com Jane Austen! 
Com vocês: Bianca Barros (JASBRA-AM)




Tem dia melhor pra falar de uma mulher que nos inspira mesmo depois de 200 anos? Todo dia é dia de Austen! 
Bem, a minha história com Jane Austen começou em meados de 2009, quando assistir a adaptação para o cinema de 2005 de Orgulho e Preconceito. Achei o filme a coisa mais linda do mundo. A partir dai, ganhei o livro (que está no centro da foto) e a paixão foi crescendo. Os outros 5 romances foram sendo somados a coleção, algumas fanfics e compilações dos 6 e mais outras histórias, séries e adaptações. Hoje, eu tenho o maior orgulho de ser associada a Jane Austen na minha faculdade. Claro, que eu não sou a maior conhecedora sobre ela, mas é muito bom saber que as pessoas ao seu redor já me olham quando o nome da Jane é mencionado. Amo e defendo mesmo!!! Que mulher mais incrível!! De novo, parabéns a toda nós pelo nosso dia =)

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Terças: Indicações de livros – Miss Jane Austen’s Guide to Modern Life’s Dilemmas

Você está cheia de dúvidas sobre a vida, amor, felicidade e até sobre qual roupa usar? Então leia o livro “Miss Jane Austen’s Guide to Modern Life’s Dilemmas” escrito por Rebecca Smith. A autora do livro é uma sobrinha distante de Jane Austen, e com a ajuda dos clássicos escritos pela tia famosa, Rebecca escreveu um livro sobre situações do nosso cotidiano. Seria mais ou menos um guia que pretende responder a pergunta: O que Jane Austen faria? 

Rebecca Smith (fonte: Jane Austen House Museum)


Você poderá conhecer um pouco mais sobre o livro no arquivo abaixo.


Leia a resenha do site The Celebrite Café.

À venda na Amazon por 12,70 dólares.
Em formato ebook na Livraria Cultura por 24,99 reais.
Na loja iTunes por 9,99 dólares.

Comentários dos leitores na página do GoogleBooks.

Segundas – Mrs. Bennet faz distinção entre as filhas?

Hoje é dia de lhes apresentar a Coluna das segundas-feiras: Discussões sobre Orgulho e Preconceito



Que tal discutirmos a relação entre a Mrs. Bennet e suas filhas? 
Ela trata Elizabeth bem diferente da maneira como trata Lydia? 


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