Sanditon – Segunda Temporada

No mês de junho vamos ler e discutir o livro Sanditon e adaptação para a série de televisão (3 temporadas). Faça sua inscrição AQUI.

Via Anderson Narciso (MixDeSeries)

A maneira como Sanditon lidou com a ausência de Sidney Parker, interpretado pelo ator Theo James, foi a melhor coisa para a segunda temporada.

James partiu corações quando optou por não reprisar o papel de Sidney, o protagonista masculino de Sanditon, ao lado de Charlotte Heywood, de Rose Williams. Então, quando Sanditon ganhou renovação para as temporadas 2 e 3, graças à devoção de sua base de fãs, James imediatamente anunciou que não participaria. No estilo da saída de Regé-Jean Page da segunda temporada de Bridgerton.

James citou o “conto de fadas quebrado” entre Sidney e Charlotte como um final ideal para o romance em sua opinião. Então, a série teve que alterar seus planos criativos e seguir em frente sem seu galã principal, mas a série tomou uma sábia decisão quanto ao personagem.

Galã envolvente

A primeira temporada de Sanditon apresentou Sidney como o irmão mercurial de Tom Parker (Kris Marshall), o visionário por trás da pitoresca cidade litorânea de Sanditon, na costa sul da Inglaterra.

Sidney era um empresário de sucesso com muitos contatos em Londres e no exterior. Ele também era o zelador de Georgiana Lambe (Crystal Clarke), uma herdeira de Antigua que possuía 100.000 libras e se ressentia da forma rígida e dominadora que Sidney a vigiava. Os heróis de Jane Austen, Sidney e Charlotte entraram em confronto imediatamente, mas por baixo de sua hostilidade havia uma atração crescente.

O par se apaixonou antes que eles percebessem. Infelizmente, a cidade e Tom estavam à beira do colapso financeiro e coube a Sidney encontrar o financiamento para manter vivo o sonho de seu irmão. A trágica solução de Sidney, dessa forma, foi se casar com sua antiga paixão, Eliza Campion (Ruth Kearney), cuja família tinha dinheiro para salvar Sanditon. Claro, isso significava que Sidney e Charlotte não poderiam ficar juntos apesar do desejo de seus corações, e ambos deixaram a cidade (e um ao outro) no final da primeira temporada.

Sidney morre em Sandition

A estreia da 2ª temporada de Sanditon não perde tempo estabelecendo que Sidney Parker está morto. Ele morreu de febre amarela enquanto visitava Antígua. Além disso, o personagem morreu em 1820 quando tinha 32 anos. Charlotte, enquanto isso, tem “vinte e três anos” na segunda temporada. (via ScreenRant)

Portanto, essa é melhor solução possível para que Sanditon e seus personagens, especialmente Charlotte, possam deixar Sidney para trás. Afinal, Theo James simplesmente não voltaria para as temporadas 2 e 3, então não havia sentido em manter Sidney fora da tela, mas ainda vivo. O que daria a possibilidade de ele retornar algum dia.

Com o Mr. Parker morto de forma definitiva torna qualquer retorno do ator impossível. Mas também permite que Sanditon avance, mantendo sua memória viva e permanecendo a importância de Sidney para os personagens principais, Charlotte, Tom e Arthur (Turlough Convery), o irmão mais novo de Parker.

Como a morte de Sidney impacta a série

Como a morte de Matthew Crawley (Dan Stevens) em Downton Abbey, o fato de Sanditon matar Sidney também é uma jogada inteligente por causa de todas as possibilidades de histórias que surgem a partir dele.

Charlotte está, compreensivelmente, em um período de luto para que o público possa lamentar. Logo, a senhorita Heywood permanece assombrada pelas palavras finais que Sidney falou com ela, que ecoa para o público usando a voz de Theo James do final da primeira temporada de Sanditon.

Mas Charlotte também deve encontrar uma nova vida para si mesma em Sanditon sem Sidney. A morte do Sr. Parker também oferece possibilidades para Georgiana, que agora tem que se defender de vários pretendentes caçadores de fortunas sem a proteção de Sidney, mesmo que a Srta. Lambe se eriçou sob sua asa.

Com a saída de Sidney, Arthur também assume um novo papel e responsabilidades, substituindo Sidney como o braço direito de Tom em seus negócios. Isso cria uma nova dinâmica interessante para a família Parker e Charlotte, sua hóspede.

Inteligentemente, há também um mistério em torno de por que Sidney estava em Antígua, para começar, ao contrário de quando Lady Sybil de Downton Abbey morreu porque Jessica Brown-Findlay saiu da série. Pode estar ligado a Georgiana e sua fortuna, mas também é possível que o belo Sr. Parker estivesse na ilha para ajudar Sanditon.

Talvez ele estivesse procurando algum tipo de maneira de encontrar o dinheiro para ajudar Tom a financiar sua cidade turística para que Sidney pudesse acabar com seu casamento com Eliza e ficar com Charlotte. Ou pode haver uma razão completamente inesperada para que Sidney tenha sido atraído para Antígua.

Mesmo na morte, Sidney continua sendo de vital importância para Sanditon. E a série usou sabiamente matar seu herói principal para criar oportunidades para novas histórias intrigantes na segunda temporada de Sanditon, em vez de apenas descartar Sidney Parker de maneira deselegante.

Minicurso Emma de Jane Austen

Inscrições aqui.

MINICURSO EMMA DE JANE AUSTEN

Ministrante: Profa. Dra. Adriana Sales

PLANO DE CURSO

Ementa: Apresentar o panorama da vida e obra de Jane Austen, escritora inglesa do século 19. Analisar e discutir a obra “Emma”, segundo romance escrito por Austen, publicado após sua morte em 1816. Analisar e discutir as adaptações fílmicas de “Emma” para o cinema e a televisão.

Conteúdo programático e cronograma: (Atenção para o novo calendário) – aulas às segundas

Aulas 1 e 2 (07 de novembro)

  • Introdução e cronograma do curso
  • Principais características de Emma (personagens, enredo, status social, etc.)

Aulas 3 e 4  (14 de novembro)

  • Análise do livro Emma

Aulas 5 e 6 (21 de novembro)

  • Análise da adaptação para a televisão (1972 e 1995)

Aulas 7 e 8 (28 de novembro)

  • Análise da adaptação para o cinema (1996)
  • Análise da adaptação para o televisão (2009)

Aulas 9 e 10 (05 de dezembro)

  • Análise da adaptação para o cinema (2020)

Aulas 11 e 12 (12 de dezembro)

  • Análise das adaptações “As patricinhas de Bervelly Hills”, “Aisha e “Emma Approved”.

Aulas 13 e 14 (19 de dezembro)

  • Conclusões sobre a transposição do livro para as telas
  • Discussão sobre as adaptações

Metodologia: Aulas síncronas às SEGUNDAS dos meses de novembro a dezembro de 2022. Dias: 07, 14, 21 e 28 ; 05, 12 e 19  (dezembro) de 19:00 às 21:00 (via Google Meet), com exposição e discussão do conteúdo programático. Leituras compartilhadas através do Google Classroom da turma. Acesso aos textos e materiais do curso, antes das aulas síncronas, para leitura prévia. As aulas ficarão gravadas para acesso assíncrono, caso o participante não possa estar on-line no horário e dias combinados.

Avaliação: Frequência e participação nas discussões e atividades propostas no curso.

Ministrante: Adriana Sales é Doutora em Estudos Linguísticos pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, estudo sobre a produção textual dos fãs de Jane Austen. É especialista em Jane Austen pela Universidade de Oxford (2010). Atualmente é professora de inglês e suas literaturas no Ensino Médio e Graduação em Letras do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). É fundadora e presidente da Jane Austen Sociedade do Brasil desde 2008.  Tradutora de Mansfield Park (2009), Razão e Sensibilidade (2010) e Emma (2012).

E-mail: janeaustensociedadedobrasil@gmail.com 

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/44023205974506

Lady Susan: heroína ou vilã?

E vocês, o que acham? Lady Susan é uma personagem intrigante, criada na juventude de #janeausten ❤️ Quer conhecer mais sobre a obra? Quer dizer sobre a adaptação para o cinema “Amor e Amizade”? Vem com a gente! Link com informações e inscrições na bio. 
#janeaustenbrasil #ladysusan #janeaustensociedadedobrasil #janeaustensocietyofbrazil #jasbra

Opinião sobre Persuasão (2022)- Jane Austen Brasil

O filme tem uma fotografia linda, tanto de exteriores quanto de ambientes fechados. Mostra a cidade de Bath em todo seu esplendor, com sua arquitetura típica, o Royal Crescent, as ruas, os cafés, o apartamento luxuoso onde os Elliot se hospedam.

Dakota Johnson faz uma Anne Elliot contida e carinhosa, e Cosmo Jarvis faz um elegante Capitão Wentworth. No entanto, Anne com sua voz em off explica demais ao invés de deixar o enredo mostrar as características das personagens, o que retira da narrativa a sutileza e a ironia de nossa grande autora Jane Austen. O Capitão expõe demais seus sentimentos, tanto nas atitudes quanto na fala, o que não é típico da personagem do romance: ele é muito mais contido, como Ciaran Hinds atua na versão da BBC no final do século XX. Nessa versão, o espectador percebe com muito mais clareza as mudanças que se passam em Anne durante o desenrolar da história, tanto no seu crescimento emocional passando da mocinha tímida e desprezada para uma adulta segura de si, como na sua transformação de jovenzinha feiosa e em uma linda jovem, como inclusive o pai comenta em sua volta para  Bath depois do incidente em Lyme, tanto no romance quanto na versão Amanda Root. Richard Grant faz um bom Sir Walter Elliot,  mas mesmo assim menos imponente do que o da versão anterior.  

Tenho observado nas últimas produções da Netflix a necessidade que os diretores das séries e dos filmes têm insistido em mesclar raças em suas histórias, como vimos na série Brigertons, em que o Duque é um afro descendente, como sua protetora, Lady Danbury, assim como a sociedade londrina é toda mesclada. Em Persuasion o mesmo acontece, nas personagens de Lady Russel e do Capitão Benick, assim como a sociedade em geral que desfila pelo filme. Há de se elogiar a tentativa de igualar a sociedade em relação a raças e gentes, mas em se tratando de histórias de época – Persuasion acontece durante, ou logo depois das guerras napoleônicas no século XIX – essa tentativa tira a autenticidade da história sendo contada. Melhor tentativa foi o filme Orfeu do Carnaval, que reproduziu no cinema brasileiro a história de Orfeu e Eurídice de um casal pobre das favelas cariocas.

Contudo, é um filme bonito de se ver, uma história de amor duradouro, ambiente limpo e agradável, personagens bonitos. Jane Austen só forneceu o plot e o pano de fundo.  

Rational Creatures – websérie baseada em Persuasão de Jane Austen

A Moira Bianchi acabou de publicar suas impressões sobre a Websérie Rational Creatures, inspirada em Persuasão de Jane Austen! É um post bem completo e com spoilers! Thank you so much Moira!

Para quem desejar conhecer o projeto antes de ler as impressões da Moira, segue abaixo os links:

Youtube – #rationalcreatures

Twitter – https://twitter.com/rationalseries

Instagram –  https://www.instagram.com/rationalseries/