Charlotte Collins perdeu o amor de sua vida em um trágico acidente de carruagem. Bem, estou sendo exagerada ao dizer ‘amor de sua vida’, mas para dizer a verdade: seu marido, Mr. Collins, desgraçadamente perde a vida num acidente envolvendo um cavalo e uma carruagem, deixando Charlotte viúva e dona de si.
A continuação de Orgulho e Preconceito (Jane Austen) escrita por Jennifer Becton recebeu o título de Charlotte Collins, onde o foco é a querida amiga de Elizabeth Benent e sobre como sua vida mudou após a morte do marido. Encontramos Charlotte, confortavelmente instalada em uma casa e com uma renda pequena, oferecida por Lady Catherine de Bourgh (antiga patroa de seu marido), que tenta de todos os modos meter o bedelho na vida de Charlotte. Lady Catherine logo percebe que sua filha mais nova, Maria, está ficando velha e prestes a se tornar uma solteirona. Charlotte, então, decide ajudar Maria, apresentando-a à sociedade e ajudando-a a conseguir um marido. Porém, Maria é muito diferente de Charlotte: impetuosa, paqueradora e fala pelos cotovelos, muitas vezes agindo impropriamente.
‘There were rules of behavior that must be followed without question. Appearances meant everything for a woman who hoped to gain the protection of a husband…
… A woman must be an artist, a seamstress and a great reader, and this she must do with an air of gentleness and decorum. She must behave comme il faut even if she wished a thousand times a day to do otherwise. It simply had to be done in the name of keeping oneself from falling low in society and being forced to accept charity from those formerly called equals.’
O pensamento de Charlotte, no início do livro, é bastante decidido. Mas ao longo da história, Charlotte vê-se envolvida em um escândalo: um cavalheiro da localidade (um americano) acaba colocando a reputação de Charlotte em jogo. A pobre fica devastada, sua reputação arruinada devido às inúmeras fofocas. Aos poucos, os ideais de casamentos sem amor acabam se desfalecendo e Charlotte almeja um amor para si mesma, mas será que é muito tarde?
“O livro de Becton traz de volta o universo de Austen e me senti como se estivesse assistindo a um filme: ricas descrições, ótimos personagens e escritos com genuíno sentimento. Eu recomendaria este livro a qualquer purista”, diz Kelly! Kelly dá 5 estrelas para o livro.