Fotos do Encontro Regional da JASBRA-PE

Hoje é o dia de publicar as fotos – atrasadas – do Encontro Regional da JASBRA-PE e Clube do Livro da Livraria Saraiva. O livro escolhido para este encontro foi ‘O morro dos ventos uivantes’. 

 Da esquerda para a direita: Luciana, Carolina, Andressa, Viviane, Flávio e Michel
Brindes sorteados:

 Sorteio:

Luciana Darce, nos informa que o encontro foi pequeno, mas bem interessante; “O Morro dos Ventos Uivantes” é um livro um pouco polêmico, de forma que tivemos um debate rico em opiniões.


Os pernambucanos já podem se preparar para o próximo encontro do clube vai ser no dia 15 de junho, e o livro da vez será “As Aventuras de Sherlock Holmes”.

O banner e o release do encontro de Sherlock:



As Aventuras de Sherlock Holmes reúne doze contos publicados entre 1891 e 1892 na Strand Magazine – e são alguns dos casos mais peculiares da carreira do detetive, que passa do mistério acerca da Liga dos Cabeças Vermelhas (‘se você é ruivo, venha trabalhar conosco, copiando a enciclopédia e ganhando um bom salário!’) até um famoso diamante no papo de um ganso. Traga sua lupa e seu cachimbo e venha debater conosco as aventuras do mais famoso detetive de todos os tempos!

Domingos – Michel Sued – Mansfield Park e a doce e adorável Fanny Price

Hoje é dia da Coluna de Domingo: Jane Austen e os Rapazes. O objetivo é oferecer aos leitores deste blog uma visão masculina das obras de Austen.

Com vocês: Michel Sued (JASBRA-PE)

Tive o prazer de conhecer o Michel, em 2011 no III Encontro Nacional da JASBRA e reencontrá-lo este ano aqui em BH.

Mansfield Park e a doce e adorável Fanny Price

Após um dia inteiro de trabalho, enfrentava um trânsito intenso para chegar à minha casa, onde me arrumava e corria para o treino. Somente quando o corpo já despejara incontáveis gotas de suor na incansável busca pelo aprimoramento do condicionamento físico era que retornava à minha residência, tomava um banho e relaxava o corpo para então sentar-me sobre a cama e ir sofrer, a cada página, com as desventuras da doce e adorável protagonista de Mansfield Park. Essa era a minha rotina diária no período em que me demorei, sofri e me deliciei com a sucessão de acontecimentos que se passavam no interior da propriedade de Sir Thomas Bertram!
Como é fácil se deduzir a partir dessas linhas iniciais, não obstante a perplexidade que essa revelação por vezes possa causar em tantas pessoas que participam de nosso grupo, Mansfield Park se tornou o meu livro preferido do universo literário de Jane Austen, assim como Fanny Price, a heroína a quem inicialmente lancei apenas um olhar de compaixão, no decorrer da consumação das páginas, conseguiu despertar outros tantos nobres sentimentos em meu coração!
 Ao contrário do que ocorre em Orgulho & Preconceito, o mais famoso romance de Austen, em que a heroína Elizabeth Bennet movimenta o enredo por meio de suas palavras e ações, fruto de uma personalidade vivaz; em Mansfield Park, a heroína Fanny Price parece assistir passivamente a história que se passa com ela própria. Mas vejam bem: PARECE! É sempre muito oportuno ressaltar que Fanny, ainda criança, fora levada de sua humilde residência para morar com seus parentes ricos, onde sofreu toda a sorte de constrangimentos e humilhações, fazendo-a ter sempre em mente a sua condição desfavorável e de flagrante vulnerabilidade. Contudo, a doce e adorável Fanny teve pulso para se negar a participar da peça teatral que julgava inadequada, mesmo diante dos clamores e chantagens emocionais de seus parentes para que ela participasse. Além disso, por duas vezes, recusou o pedido de casamento proposto por Henry Crawford, a despeito da evidente vantagem que isso lhe propiciaria, mas que contrariava os desejos recônditos de seu coração, há muito já pertencente a seu primo Edmund.
   Parafraseando Adriana Sales Zardini, ao desviarmos o nosso olhar de Lizzy Bennet para Fanny Price, faz-se necessário “que troquemos as nossas lentes!” Não se pode esperar ou exigir um comportamento de Fanny semelhante ao de Lizzy, uma vez que a situação de cada uma das heroínas, bem como as circunstâncias que permeiam as respectivas histórias são bem distintas! Contra os implacáveis e impiedosos críticos do comportamento excessivamente tímido de Fanny Price, invoco a clássica lição de Aristóteles acerca do tratamento isonômico: “tratar igualmente os iguais, e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades!”
   De qualquer modo, em Mansfield Park é uma outra beleza do caráter humano que se põe em relevo! Curti certa vez um post do Facebook que trazia uma acepção do vocábulo resiliência – capacidade de suportar grandes sofrimentos e pressões, preservando-se o equilíbrio emocional. A meu ver, Mansfield Park é um romance que trata sobre a resiliência e a pureza de coração de sua jovem heroína. Fanny Price sabe suportar pacientemente todo desdém, humilhação e negligência, sem que isso a tornasse uma pessoa amarga e vingativa. Aos leitores é conferido o direito de inflamar o peito de indignação diante das injustiças cometidas contra a heroína ao longo da história, assim como vibrar com um ar de triunfo quando Sir Bertram se apercebe das negligências e maus-tratos para com sua sobrinha e intervém em seu favor, mas não a Fanny Price, que refuta esse sentimento de justificado triunfo e é capaz de poupar seus algozes de verdadeiras acusações.
  Por fim, sei que a defesa que faço de minha doce e querida Fanny Price não será facilmente aceita por muitas das pessoas que integram o Jane Austen Sociedade do Brasil e há de ser tema de infindáveis e acalorados debates em nossos encontros. Que assim seja! É isso que torna nossas discussões ainda mais divertidas e interessantes!

***
Para quem não conhece o poema de Michel em homenagem à Fanny, veja o post aqui


Conheça os outros posts das Colunas de Domingos.

Encontro Regional da JASBRA-PE

O post abaixo é de autoria de Luciana Darce, que nos convida para o próximo encontro de sua regional.

Será , logo depois da páscoa. 
Anotem aí: dia 07 de abril, a partir das 15 horas, na Livraria Saraiva do Shopping Recife, debateremos O Morro dos Ventos Uivantes. Paixões explosivas, fantasmas, vingança, obsessão. Irracional, violenta, passional: eis os termos mais comumente associados a esse clássico de Emily Brontë. Venha debater com o Clube do Livro se essa é realmente uma história de amor ou de ódio e mergulhar na loucura do relacionamento de Heathcliff e Catherine.

Fotos do Encontro JASBRA-PE

A Luciana Darce da JASBRA-PE nos escreve o post abaixo:

No sábado, dia 23 de fevereiro, a turma do clube do livro de Recife se reuniu para debater A Abadia de Northanger. Como de hábito, houve muita conversa, muitas idéias compartilhadas e muitos risos. E chegamos também a uma importante conclusão nesse encontro: perto do Torpe Thorpe, Mr. Collins é um poço de sabedoria e bom senso, uma criatura muito centrada e correta! 

 O grupo todo reunido! 
 Carolina Lins

 Esse momento Ah, neim!!! da Cláudia Freire foi quando ela pensou em um suposto Mr. Thorpe! 🙂

Duas meninas novatas! 
 Agora é cuidar de se preparar para o próximo encontro, logo depois da páscoa. Anotem aí: dia 07 de abril, a partir das 15 horas, na Livraria Saraiva do Shopping Recife, debateremos O Morro dos Ventos Uivantes.

Encontro do Clube do Livro JASBRA-PE

Luciana Darce, representante da JASBRA-PE, nos envia o recado abaixo:

A Abadia de Northanger é, sem sombra de dúvidas, o livro mais divertido e juvenil das obras que nos foram legadas por Jane Austen. Não à toa, afinal, embora tenha sido publicado postumamente, foi o primeiro romance que ela escreveu. Junte-se ao Clube do Livro para debater a fascinação de Miss Morland por romances góticos, a facilidade com musselinas de Mr. Tilney e uma aventura como heroína nenhuma poderia pedir…
Sábado, dia 23 de fevereiro a partir das 15 horas na Livraria Saraiva do Shopping RioMar

Declaração a Fanny Price

Clube do Livro, 16 de setembro de 2012 – Mansfield Park


O tempo, o espaço e até mesmo o plano existencial nos separam
Mas o amor transcende a tudo
E nada obstante, eu, mero leitor, em pleno Século XXI, das obras de Jane Austen
Encontro-me sob os efeitos de avassaladora paixão por Fanny Price
A doce e querida protagonista do romance Mansfield Park!
Dirão que é loucura!
Loucura? Só porque com ela danço e sinto os seus braços
Em linhas do livro que só eu mesmo vejo?
Só por jurar saber do sabor dos seus beijos?
Ora, caríssimos, o amor – esta força insolente
Que brota do âmago de nossos corações – é, de fato,
Uma loucura! Isso, entre nós, é praticamente um consenso!
Então por que me negar mergulhar nessa insanidade
E amar loucamente a minha doce e querida Fanny?
Permitam-me suspirar com seus doces olhos claros,
Sua amabilidade de gestos, sua irretocável retidão de caráter,
Sua pureza de sentimentos e seus inigualáveis sorrisos!
Deixem-me que chore por todos aqueles que não enxergam
Os óbvios encantos de seu maravilhoso ser!

Michel Sued

Clube do Livro JASBRA/PE – Mansfield Park

Antes de mais nada, eu gostaria de pedir desculpas à turma do Clube do Livro JASBRA/PE pela (imensa) demora em vim postar as fotos e o relato de nosso último encontro… estive realmente mais enrolada que carretel de linha (inclusive ajudando a organizar detalhes do encontro nacional – novidades em breve!) e por isso não pude me sentar antes para escrever essas linhas…

Mas estou aqui agora e vamos tratar do que interessa, não é mesmo?

Nos encontramos no dia 16 de setembro, na Saraiva, para debater Mansfield Park. Como sempre, foi uma reunião bem animada, mas dessa vez, outros talentos se revelaram em nosso meio. Para abri o encontro, nosso amigo Michel declamou todo seu amor pela personagem Fanny Price.

E essa declaração foi devidamente filmada.


Com a permissão do Michel, vou postar o poema à parte, com todo o destaque que merece, mais tarde (os papéis estão em casa e em casa estou sem conexão…). Seja como for, depois de um início tão emocionante, começamos os trabalhos…

E que bom debate! Confesso que fiz as vezes de advogada do diabo (ou Mrs. Norris, como disseram ao final…), mas foi bom ver o pessoal defendendo tão veementemente a senhorita Price. Mansfield Park não costuma ser um favorito entre os leitores de Austen, mas o fato é que rendeu uma ótima e rica discussão, com muitos excelentes pontos levantados, tanto do caráter do elenco de personagens do livro até o contexto de muitas das situações levantadas ao longo da história – incluindo aí a sempre polêmica menção ao regime escravocrata, inclusive na forma como essa pequena passagem do livro ganhou realce na adaptação Palácio das Ilusões.

Agora, aqui que estão me pedindo desde sempre… FOTOS!

Nossa próxima reunião do Clube deve ser em dezembro. A data ainda não está fechada, mas por escolha da maioria presente, ficou decidido que vamos ler Muito Barulho por Nada, de Shakespeare (e eu que nem queria há tempos fazer um debate do bardo!). Ano que vem a agenda terá A Abadia de Northanger e Persuasão, nessa ordem (e um terceiro livro ainda a decidir, mas deixemos isso para ano que vem, né?)

Sendo assim… já podem começar a ler e se preparar para nossa próxima farra!

Clube do Livro JASBRA/PE: Mansfield Park

Passando para lembrar que nosso próximo encontro em Recife será para debater Mansfield Park. Dia 16 de setembro, à partir das 14h, na Livraria Saraiva do Shopping Recife. Nos encontramos lá!

A Tea With the Darcys

A partir do final de junho/julho, começamos já a contagem regressiva para o aniversário de 200 anos de publicação de Orgulho e Preconceito, em janeiro! Para iniciar o contador, teremos encontros regionais para debater (e, em alguns casos re-debater) o mais famoso título de Austen.
Cá no Recife, o encontro será no dia 30 de junho, à partir das 14:30h, no Café São Braz, lá no Paço Alfândega. Quem estiver por aqui, venha participar! Com alguma sorte convenço meu irmão a ir presidir a mesa, como o Mr. Darce torto XD

E já fica avisado que setembro será a leitura de Mansfield Park no nosso Clube de Leitura. Então, tratem de organizar a agenda e começar a ler 😉

Clube do Livro de Abril – JASBRA/PE: Emma

No dia 01 de abril (não foi mentira!), tivemos mais um de nossos encontros do Clube do Livro aqui de Recife, dessa feita para discutir Emma. Foi um excelente debate, como sempre, com muitos rostos novos e muitas boas idéias. A turma estava afiada e descascamos, em mais de três horas de conversa (sempre perdemos noção do tempo…) desde nossas primeiras impressões ao nos depararmos com a heroína da história, até nossas cenas favoritas da história.


Curiosamente, todos concordamos que uma das melhores cenas da história era aquela em que Mr. Knightley chama a atenção de Emma por sua atitude com Miss Bates – aquele momento em que Emma percebe seus erros e começa a se responsabilizar por eles.

Também nos deliciamos com a ironia por trás da figura de Frank Churchill – a idéia de que o rapaz fosse uma crítica nem tão velada ao primeiro gentleman da História, o príncipe-regente, a quem Austen teve de dedicar o livro. Será coincidência que o verdadeiro cavalheiro da história, Mr. Knightley, tenha por primeiro nome George? Nós achamos que não 😉


Após nosso tradicional sorteio de mimos cortesia da Angélica Cirne, tivemos o Coelho Secreto. Muito chocolate, muitos abraços, muito amor! Ê, turminha boa!


Próximo encontro já ficou decidido: setembro vamos comemorar a primavera em Mansfield Park. Antes disso, a quem interessar, dia 15 de abril vamos nos reunir para debater literatura vitoriana: nos 100 anos de morte de Bram Stoker, é tempo de reler Drácula.

Nesse meio tempo, só posso agradecer pela excelente companhia e esperar contando os dias pela próxima vez!