Hoje é dia da Coluna de Domingo: Jane Austen e os Rapazes. O objetivo é oferecer aos leitores deste blog uma visão masculina das obras de Austen.
Com vocês: Gabriel Shimura
Gabriel é de Brasília, estudante do Ensino Médio, Músico talentoso. Tive o prazer de conhecê-lo na ocasião de um sorteio do blog, onde ele foi um dos vencedores da bolsa da JASBRA.
Orgulho e Preconceito e Música
A característica que mais me cativou no filme Orgulho e Preconceito foi a música, pois ela muito se assemelhava à dos grandes mestres. Um exemplo é a que toca no início, cujo nome é “Dawn”. Quem já ouviu Chopin antes, sem a menor dúvida a assemelhou à alguma dele.
Todas as músicas tocadas nos bailes tem uma ponta de Purcell nelas, o que foi uma grande adição, pois dá um ar ainda mais inglês ao filme. “A Postcard to Henry Purcell” foi a música tocada na dança de Elizabeth e Darcy no baile de Netherfield. Como o nome já sugere, ela é um arranjo de uma das mais belas obras do compositor inglês Henry Purcell, que é o segundo movimento da Suíte Abdelazer :
Mais tarde, esse tema é reproduzido, na partida dos Bingley e do Sr. Darcy de Netherfield, quando os empregados cobrem os móveis com panos.
A Suíte Abdelazer, ou The Moor’s Revange foi uma música incidental (a clássica “música de fundo”. Música feita para acompanhar peças de teatro, filmes, etc.) composta por Henry Purcell no séc. XVII, para uma peça do mesmo nome, que foi uma adaptação de outra peça, “Lust’s Dominion”.
O interessante foi quem escreveu a peça. Seu nome é Aphra Behn, a primeira escritora teatral profissional inglesa. Tal dama merece um grande reconhecimento, pois, em um período onde mulheres não possuíam tantos direitos, tornou-se famosa e influente. Dario Marianelli fez um excelente trabalho em ligar duas grandes escritoras em uma obra só.
Aphra Behn, por Peter Lely
Veja que bonita essa edição de Razão e Sensibilidade e o comentário de Gabriel: Porque Razão e Sensibilidade é coisa de homem!
Conheça os outros posts das Colunas de Domingos.



De fato, é isso que os livros de Austen não podem nos dar de jeito nenhum: a audição das músicas dos bailes que ocorrem nas histórias. Grande contribuição das adaptações para TV/cinema.
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Realmente a trilha sonora dessa adaptação é perfeita!!!
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Muito legal ler essa perspectiva diferente! E também aprender um pouco mais de música e de história!
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Bem interessante essa perspectiva “diferente”. E achei tão lindas essas edições!
Ah, e falando em diferente, vocês viram a matéria “Jane é um gênio. Da Matemática” na Época dessa semana? Fala como a nossa Jane (olha a intimidade, rs) foi uma precursora da Teoria dos Jogos. Achei interessante.
bjs!
Thaís
http://umaconversasobrelivros.blogspot.com.br/
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Vi sim essa matéria,tb achei interessante!
E essa trilha é linda!
E sim Alan,concordo,as adaptações completam nossos desejos e necessidades sobre os livros,a música é uma delas,grande contribuição sim!
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Gente, vamos pedir umas dicas musicais para o Gabriel para o próximo Encontro Nacional!
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Amei a coluna. Ótima para acabar com o preconceito de que “Jane Austen é coisa de mulher”. E realmente, as músicas em Orgulho e Preconceito são mais que lindas!
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Espero poder manter essa coluna!
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Também espero que sempre existam homens disponíveis para fazer essa coluna,ela é legal demais,conhecer a visão masculina sobre os livros que a gente tanto ama,é muito interessante,e cada homem foca em um detalhe,ou então suprime todos os detalhes e foca somente na paisagem maior… Claro que opinião é bem particular,seja de homem ou mulher,mas confesso que me apaixonei por essa coluna.
bjsss
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