Texto escrito por Raquel Santos Silva
É o último romance acabado de Jane Austen, que não viveu para o ver publicado, nem sequer para o intitular. Persuasão é uma obra pouco complexa, tendo como pano de fundo uma crítica à sociedade do século XIX, com uma heroína sensata e uma bonita história de amor, num jogo de persuasões e ilusões que nos leva de uma ponta à outra do romance mais depressa do que inicialmente esperávamos. E, no meio de tudo isto, sobressai Anne Elliott. É impossível não gostar dela.
Sir Walter Elliott vive com as filhas Elizabeth e Anne em Kellynch-hall, até ser obrigado a alugar a propriedade e mudar-se para Bath. No entanto, Anne decide ficar e passa uma temporada em Uppercross, com a irmã mais nova, Mary, a única já casada, onde reencontra o amor de adolescência, o agora Capitão Frederick Wentworth. Entre aventuras em Lyme e convívios em casa da família Musgrove, Anne relembra o passado e sofre por ter rejeitado Frederick, que não parece querer perdoá-la.
Sob o olhar atento de Anne, Austen caracteriza e caricatura, como é nela habitual, algumas das personagens do romance. É o caso das próprias irmãs, fúteis, mesquinhas, mais preocupadas com a condição social do que com o intelecto – sobretudo a mais velha, Elizabeth. O mesmo acontece com o pai, um baronete falido para quem importam apenas a aparência, a opinião alheia e as boas companhias.
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