O romance Epistolar esteve bastante presente no séc. XVIII e início do séc. XIX. Jane Austen começou a escrever seus primeiros esboços em formas de cartas e utilizou-as como parte essencial em suas obras. Por ela, comenta-se, informa-se, explica-se, interpreta-se, elogia-se, ofende-se, apresenta-se, cobra-se, enfim, conjuga-se a infinidade de verbos que exprimem a riqueza contida no amplo arco que vai da trivialidade ou nobreza da vida (LEMOS, pág. 7).
De fato, as cartas em todos os romances de Austen possuem um papel fundamental para o desenrolar da trama. Em Orgulho e Preconceito, publicado em 1813, há uma das mais reveladoras já escritas, em que se põe em cheque tudo o que a protagonista Elizabeth Bennet acreditava até ali. Foi escrita por Mr. Darcy, na qual ele refuta as acusações feitas pela mesma e se deixa conhecer mais do seu caráter.
Em Persuasão, seu último romance completo, publicado, postumamente, em 1818, há uma das mais belas cartas de amor. O Cap. Wentworth na sua redescoberta do amor que ainda sentia por Anne Elliot, deixa o orgulho de lado e declara a sua devoção a protagonista.
Na convergência entre os enredos dos romances é possível observar naquela época era comum trocar qualquer tipo de informação, sendo muitas situações resolvidas ou esclarecidas por meio delas.
E foi assim, com esse resumo que eu e a Bianca Barros da Jasbra/AM apresentamos a nossa comunicação no I Seminário de Leituras de Jane Austen no séc. XXI. Um evento lindo que movimentou os amantes da escritora aqui nos trópicos e mostrou que ela tem força para conseguir mais e mais adeptos e pessoas apaixonadas pelas suas obras.
Por Bruna Chagas
Representante da JASBRA/AM





